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GIOVANNA ANTONELLI

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Vol. 1 No 1 2023

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Fotos: Richard Machado  Produção executiva: Anna Guirro  Editor chefe: Antonnio Italiano  Estilo: Glauro Simões Beleza: Sylvia Dimaki  Modelo: Amira Pinheiro - Way Model  Assistente de foto: Seam M

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88 Giovanna Antonelli A fascinante jornada de uma artia versátil78 Quiet Luxury120 NYC10 Rita Lee & Roberto de Carvalho: sinfonia eterna de Amor e Música107 Paulo Ferreira Licenciamento de marcas24 Música-Moda-Dança Tríade de inuências e rebatimentos118 Cartier Quando o tempo voa28 Ari Seth Cohen E o Movimento Advanced Style: celebrando a elegância do envelhecimento e a revolução na moda128 Samuel da Paz O Garoto Florido Transformando o cenário com criatividade, inclusão e suentabilidade156 Mônica Palomares Explorando o Encanto de Hollywood e da Califórnia, uma conversa exclusiva com a Guia da Carlifórnia168 Passos audaciosos Em direção ao cosmos eão moldando o século XXI de maneira notável172 Moda brasileira Signicativa relevância no cenário global e o impao do apoio entre marcas34 Fabiana Queiroga Explorando arte, design e ciência para ampliar nossa percepção42 Widor Santiago "Eu toco para transformar"134 Flávia Millen Entre a brasilidade e a Europa, uma jornada de inuência e arte162 Nany Mota Da superação à excelência no pós-operatório142 Tulio Xenofonte Conta os segredos de sua carreira e sucesso52 Karla Osorio Transformando Brasília em um Centro Global da Arte Contemporânea58 Swarovski Lança linha Metamorphosis por Steven Meisel64 Guerlain Lança e-commerce70 Copacabana Palace Celebra 100 anos com glamour e emoçãoNA CAPAEDITORIALARTE E CULTURANO MERCADOPOTÊNCIA CRIATIVAARQUITETURA & URBANISMOBRASILEIROSPELO MUNDOMARCOU DÉCADAMODABELEZACOLECIONÁVELVAMMAGAZINESET / OUT 20234

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arte_anuncio_bazaar_final_aprovado.indd 1arte_anuncio_bazaar_final_aprovado.indd 1 16/03/2023 16:2916/03/2023 16:29

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Cosmopolita, mãe de três talentosos jovens que conquistam o mundo, empresária visionária e esposa de um empreendedor de sucesso internacio-nal. A arte está em seu DNA, seja na moda, música, joalheria, ou na arte mais sublime de todas, a da fe-licidade. Poliglota, viajante, e com uma essência vir-giniana inconfundível, Mena Magellan já respirou a cultura de diferentes continentes, tornando-se uma pessoa que não só traz em si uma conuência de ex-periências e sensações como as impregna em quem a conhece de perto. Com este novo capítulo de sua vida, ela nos recorda que a reinvenção é uma escolha diária. Uma escolha de descobrir e redescobrir caixas de talentos e paixões que caram escondidas à espera do momento certo para se revelarem. Mena não apenas viveu, mas tam-bém sentiu, em cada capítulo de sua vida, desde os gibis e fotonovelas de sua infância até os profundos livros de losoa e arte de sua juventude, o anseio de despertar nas pessoas o mesmo deslumbramento e respeito pela vida.Vivendo atualmente entre Brasil, EUA e Europa, traz consigo o frescor da inovação e a sabedoria da tradição. A VAM, sob sua perspectiva criativa, será um lugar onde curiosidade e cultura se entrelaçam, e onde vozes vibrantes de todas as idades ecoam em harmonia. Um espaço onde cada leitor, seja qual for sua origem ou paixão, encontrará um pedaço de si. Seja bem-vinda à nova era da VAM, Mena! Uma era de ressignicação, de olhares apaixonados, onde a ju-ventude e a experiência se encontram em uma dança sedutora. Ao lado de Antonnio Italiano, ela promete criar páginas que serão verdadeiras obras de arte, re-exo da humanidade em sua mais pura essência.Preparem-se, amantes da arte e da vida, a revista VAM está apenas começando sua nova jornada, e com Mena e Antonnio à frente, o céu é o limite. Cada edi-ção será uma experiência, uma viagem, um convite à reexão e ao deslumbramento. Sejam bem-vindos a este novo capítulo. E, como ela mesma diria, ”Sejam todos bem-vindos à tapeçaria da era em que vivemos". ApresentandoMena MagellanMena MagellanCtasdos EditoresVAM6

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Em 2019, um jovem visionário, mais conhecido no mundo da mídia como Antonnio Italiano, deu vida a um projeto audacioso: a VAM. Não apenas mais uma revista, mas uma Virtual Analytic Magazine que rompeu padrões. Desde então, a VAM Magazine vem se estabelecendo como uma voz a mais no cenário cul-tural, tornando-se palco para as vozes mais ressonan-tes de nossa época. Artistas renomados, prossionais de vanguarda e modelos emblemáticos já adornavam suas capas, resultando em um portfólio invejável de mais de 54 personalidades marcantes. Cada edição da VAM é um mergulho no universo das Artes, Cultura, Lifestyle, Corpo & Mente, Negócios e Carreiras. Hoje, em 2023, com a entrada de nossa sócia e diretora cria-tiva, embarcamos juntos numa nova era da informa-ção. A VAM já não é mais apenas uma revista. É um movimento. É uma conversa. É o ponto de encontro para os consumidores, do luxo ao básico, do VIP ao popular, pessoas curiosas e sedentas por novidades e informação de qualidade sem deixar de ser sedutora, divertida e elegante. É modernidade e descontração, seriedade e emoção. Além do formato digital, que já ecoou nos cantos mais populares do ambiente online, como o primeiro lugar nos Trends Topics do Twitter Brasil, a revista VAM estenderá sua marca e inuência com edições físicas especiais. Tão especiais que serão publicadas digitalmente em três idiomas. Mas não busque comprá-las em bancas - elas são joias raras distribuídas de mão em mão, conectando assessorias, jornalistas, artistas e empresários em uma teia de co-laborações exclusivas. Junte-se a nós nessa jornada de descoberta e inspiração. Porque a VAM é mais do que palavras em páginas - é o pulso da nossa era.ApresentandoAntonnio ItalianoGerson Ruoso Junior, conhecido como Antonnio Italiano7

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Fotos: Richard Machado  Produção executiva: Anna Guirro  Editor chefe: Antonnio Italiano  Estilo: Glauro Simões Beleza: Sylvia Dimaki  Modelo: Amira Pinheiro - Way Model  Assistente de foto: Seam M9

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Rita Lee &Roberto de CvalhoUma sinfonia eterna de Amor e MúsicaMatéria por: VAM PersonaFotos: Jairo GoldflusAgradecimentos especiais: Amir Slama10

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te e cultaVAMNos confins do vasto universo da música, existem parcerias que transcendem as eras, tornando-se lendas imortais e comoventes. Suas vidas se entrelaçaram como as notas de uma bela canção escrita pelo próprio destino, e juntos eles deram vida a uma sinfonia que não é apenas uma expressão de amor, mas também um testemunho eterno de criatividade, inovação e beleza indescritível. No centro desse espetáculo musical, brilhou intensamente a apaixonante união de Rita Lee e Roberto de Carvalho. 11

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A química entre Rita Lee e Roberto de Carvalho era palpável, como se o uni-verso conspirasse para fundir suas vozes e corações em uma união inquebrantável. Esse primeiro encontro não foi apenas o início de uma parceria musical notável, mas também o prelúdio de uma história de amor que desaaria todas as adversidades. O encontro que mudou o curso da música e do amor 13

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As músicas que eles criaram não eram meras composições; eram poesias apaixonadas que ecoavam pro-fundamente em nossas almas. "Amor e Sexo," "Mutante," "Agora Só Falta Você" são apenas algumas das joias preciosas que emanaram de suas almas criativas. Suas letras eram romances entrelaça-dos em melodias inesquecíveis, que não apenas encantaram corações, mas tam-bém elevaram espíritos, inspirando-nos a sonhar e a amar com uma intensidade renovada. Músicas que encantaram corações e elevaram espíritos14

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Rita e Roberto eram almas gêmeas musicais, navegando juntos em ma-res desconhecidos da criatividade. Eles desaaram fronteiras e rótulos, mistu-rando estilos e experimentando novos sons. Sua ousadia em explorar territórios inexplorados marcou uma era, deixan-do uma impressão indelével na história da música brasileira. Cada álbum que criaram juntos era uma jornada de auto-descoberta, uma exploração das possibi-lidades ilimitadas da música. Eles eram mestres em transformar emoções e senti-mentos profundos em canções que ecoa-vam na alma de quem as ouvia. Uma simbiose criativa que definiu uma era e a música brasileira19

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A importância de Rita Lee e Roberto de Car-valho para a música brasileira é incalculá-vel. Eles não apenas moldaram o cenário musical de sua época, mas também inspiraram gerações de artistas a explorar novos horizontes criativos e a abraçar a autenticidade. Sua música trans-cendeu fronteiras, conquistando o mundo com sua paixão, inovação e talento excepcionais. Hoje, enquanto celebramos Rita Lee e Roberto de Carvalho, não estamos apenas relembrando suas músicas, mas também a história de amor que deu vida a cada acorde e verso. Seu legado musical é eterno, um farol brilhante que ilumina os corações dos amantes da música e dos apai-xonados em todo o mundo. Eles nos presente-aram com uma dádiva preciosa - canções que transcendem o tempo e continuam a tocar os corações das gerações presentes e futuras. Em cada acorde e em cada verso de suas can-ções, sentimos a intensidade desse amor. Sua música e seu amor continuarão a encantar, ins-pirar e tocar profundamente nossos corações. Seu legado é uma sinfonia de amor e música que permanecerá como um tributo à beleza indes-critível da paixão compartilhada e à inuência duradoura que possuem na música brasileira. Um legado que continua a encantar e inspirar a música brasileira23

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Segundo a antropologia, a emissão de sons, as batidas de palmas e o estalar dos dedos proporcionando rit-mos e movimentos antecederam à própria fala, isto ainda nos primevos momentos pré-históricos. Rituais envol-vendo músicas, danças e trajes especícos sempre estive-ram presentes em praticamente todos os povos, épocas e culturas. Com o passar dos tempos as mudanças come-çaram a acontecer, sendo então, conceitos e fundamen-tos formatados e adaptados aos seus próprios períodos e grupos sociais; difundindo, assim, uma grande variedade de estilos musicais, de danças e de indumentárias. Trajes folclóricos, acompanhados de suas músicas e danças de praticamente todas as culturas, como é o caso do nos-so carnaval e suas fantasias, são verdadeiros códigos de identidades nacionais. Trata-se de uma bela associação de comportamento, ritmos e formas vestimentares.Falar de moda é falar de modo. Falar de dança é correlacionar algo com o universo da música. Música, dança e moda formam uma tríade que dá sam-ba e, ao mesmo tempo, também dá pano pra manga.O universo da moda tem suas linguagens próprias e premissas que o identicam como tal e, também, tem suas interfaces com outras áreas especícas. Uma das possíveis aproximações é com as roupas especícas para algumas atividades como, por exemplo, a atividade do trabalho urbano; a prática esportiva; mas também com a música e a dança. Palco e passarela se complementam, independentemente dos gurinos.Diversos são os momentos ao longo do percurso histó-rico deste possível amálgama, especialmente quando mú-sica-dança inuenciam o comportamento e a visualidade da moda.MúsiDça Moda Matéria por: João BragaFotos: Fernando Silveira(João), Gary Barnes (casal dançando)Tríade de influências e rebatimentoste e culta24VAM

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Ainda no século XVIII, as danças da corte francesa eram o minueto e a quadrilha. Dançavam em las devido às enormes ancas laterais das roupas femininas, o cha-mado “panier”, feito em armações curvilíneas de vime para serem usados nas laterais dos quadris e, quanto maior fosse, maior seria o prestígio da dama que o usas-se. Era um verdadeiro determinador de status social. Por serem normalmente grandes, não havia como dançar abraçados e rodopiando pelo salão, pois, por ser moda, todas usavam estes elementos internamente às roupas à altura dos quadris e, portanto, seria um verdadeiro atro-pelamento de “paniers” nos bailes. Sem falar nos outros exageros visuais que com-punham a “toilette” femi-nina: penteados grandes e elaborados, maquiagem excessiva, elementos deco-rativos nas roupas etc. Daí, temos o rebatimento des-tas danças e roupas para a nossa quadrilha, trazida pela corte portuguesa, com todos os excessos associa-dos e adaptados à realida-de caipira; e que também é dançada em las. Vale também lembrar que as roupas da corte francesa, tanto as femininas quanto as masculinas, destes mes-mos períodos do Barroco e do Rococó inuenciaram originalmente as roupas dos mestres-sala e porta--bandeiras das escolas de samba brasileiras. Uma verdadeira associação mú-sica-dança-moda.Saltando para a segunda metade do século XIX, com a difusão da valsa, no período de moda então denominado de “Era Vitoriana”, este novo ritmo e a sua consequente dança, alterou o volume das saias, que eram usadas com internas armações metálicas em aros circulares e concên-tricos (à semelhança dos volumes das saias das baianas de escola de samba), modicando, então com a valsa, num signicativo deslocamento para trás, passando os aros circulares a serem ovalados, cando mais próximos às pernas frontalmente e com os volumes curvilíneos na parte traseira dos vestidos na altura das saias; culminan-do, posteriormente, com o “devant droit” ( frente reta), cujo visual feminino, em perl, cava bem reto à frente e o volume obtido pelo uso de uma anquinha acentuava o traseiro da usuária. Sendo assim, com estes volumes da parte inferior das roupas, deslocados para trás do corpo feminino, estas poderiam, então, abraçar mais proxima-mente seus parceiros para melhor dançar a valsa. Com o volume circular anterior, não seria possível, pois ao abra-çarem seus parceiros de dança, os aros circulares se le-vantariam na parte de trás e apareceriam as pernas das respectivas donzelas no salão.No início do século XX, entre os anos 1900 e 1910, o “Ballet Russo” de Serguei Diaguilev (1872-1929), em Paris, e seus gurinos com temática de referência oriental, in-uenciou a criação do con-ceito de “Orientalismo” na moda, fundamentado pelo costureiro francês Paul Poiret (1879-1944); que, na realidade, tangenciava mais ao exotismo, pois “O Magníco” (como Poiret era apelidado) misturava diversas referências orien-tais, mesclando identida-des da Índia, China, Japão, Turquia e povos árabes. Lançou a “moda sultana”, especialmente sugerindo a “calça odalisca” (típica das dançarinas orientais) para as mulheres. Não chegou a ter grande aceitação.Nos anos 1920, com a voga das danças do foxtro-te e do charleston, quando as mulheres, ao dançarem, jogavam suas pernas fre-neticamente para frente e para trás, as saias e os ves-tidos se encurtaram à altura dos joelhos para que pudesse haver o melhor movimento das pernas femininas; assim como também viraram moda as alcinhas no peito do pé dos sapatos ou mesmo contornando as canelas, para que eles não escapulissem dos pés nos intensos movimentos das respectivas danças.Nesta mesma década, no ano de 1922, o pintor, es-cultor, coreógrafo e dançarino Oskar Schlemmer (1888-1943), apresentou o “Ballet Triádico” da Bauhaus, em Stuttgart, na Alemanha, unindo as vanguardas artísticas de gurino e dança aos conceitos estéticos de forma e cor então vigentes nos fundamentos da Escola Bauhaus. Entre os anos 1910 e 1920, a artista ucraniana Sonia De-25

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launay (1885-1979), radicada em Paris, com seus fun-damentos orstas de intensas combinações das cores complementares diretas, ou seja, a combinação do constraste simultâneo de cores do químico francês Michel-Eugène Chevreul (1786-1889), com motivos geometrizados estampa-dos, lançou seus tecidos e vestidos “simultâneos”, os vendendo nas cidades de Paris, Londres e Rio de Janeiro, como atesta o seu cartão de visitas. Com este contato com a então capi-tal do Brasil, Sonia dese-nhou um gurino para o carnaval carioca de 1928, numa verdadeira explosão de formas inusitadas e co-res vibrantes.A partir dos anos 1940, pós término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a relação música-dança-mo-da cou bem mais próxima e intensa devido à linguagem de moda associada aos ícones da música, especialmente no universo mais jovial.Nos anos 1950 e 1960, o rock e o twist, difundidos pelos “e Beatles” e Elvis Presley (1935-1977), com suas res-pectivas roupas de palco e cabelos diferenciados ganharam o gosto do comportamento entre os jovens e, por extensão, ganharam a moda e as ruas. Calças compridas mais curtas e justas e paletós e, também, as jaquetas de couro pretas para eles e saias rodadas para elas, davam vida aos salões de baile nos quais os jovens rodopiavam sem limites. Na década de 1960, aqui no Brasil, Rita Lee (nascida em 1947) e “Os Mutantes” apresentavam-se em shows na feira UD (Utilidades Domésticas), em São Paulo, muito difundindo comportamento jovem e moda, associados ao rock nacio-nal. Também tivemos a explosão da “Jovem Guarda” com Roberto Carlos (nascido em 1941), Erasmo Carlos (1941-2022) e Wanderléa (nascida em 1944) propagando, espe-cialmente, o uso do brim e do jeans.Já nos anos 1970, Janis Joplin (1943-1970) e Jimi Hen-drix (1942-1970) inuenciaram a moda dos hippies com seus visuais despreocupados e informais assim como os cabelos grandes e despenteados, além do jeans. A atriz do teatro norte-americano, Marsha Hunt (nascida em 1946), com o musical “Hair” (lançado em 1968) inuenciou o penteado de cabelo “Black Power”, que foi grande moda nos anos 1970, difundido posteriormente, em especial, pela militante política Angela Davis (nascida em 1944). Ainda no mesmo decênio, houve a inuência de Elton John (nascido em 1947) e David Bowie (1947-2016) no comportamento visu-al da moda “glam/glitter”; assim como os grupos mu-sicais “e Clash” e “Sex Pistols” ajudaram a forma-tar, ditar e difundir a moda punk com sua diversidade de roupas pretas rasgadas e tacheadas.Os grupos “Kiss” e “AC/DC”, além dos roqueiros Alice Cooper (nascido em 1948) e Ozzy Osbourne (nascido em 1948), difun-diram a moda dos metalei-ros com suas roupas pretas e correntes penduradas à cintura. As bandas “Bee Gees” e “ABBA” e o ator John Travolta (nascido em 1954) dominaram o momento “disco”, tanto em música quan-to em moda glamorosa e modo. E o nosso rebatimento maior foi com a novela “Dancin’ Days” (Rede Globo - 1978): meias de lurex usadas com sandálias de salto alto, muito brilho, muito glamour e muitas danças nas discote-cas, embaladas especialmente pelo grupo “As Frenéticas”.Já nos anos 1980, os grupos “Siouxsie and the Banshees”, “e Smiths” e “e Cure”, difundiram suas músicas e a moda do intenso uso da cor preta que cou associada aos góticos, perceptíveis nas maquiagens e nos cabelos pre-tos despenteados. Os mesmos anos 1980 trazem à tona as Tribos Urbanas de Moda, já existentes com alguns Diversos são os momentos ao longo do percurso histórico deste possível amálgama (música-dança-moda), especialmente quando música-dança influenciam o comportamento e a visualidade da moda.Tim Gouw26

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grupos e agora evidenciadas neste decênio. Não é regra, mas normalmente estas tribos estavam associadas a um líder da música ou a grupo musical. Os ídolos da Pop Mu-sic Michael Jackson (1958-2009), Madonna (nascida em 1958), usando criações de Jean-Paul Gaultier (nascido em 1952) e Cyndi Lauper (nascida em 1953) com suas dan-ças e roupas foram idolatrados e copiados pelos seus res-pectivos fãs, tornando-se verdadeiros ícones fashion dos anos 1980. Por aqui, além da inuência da música e moda internacionais, o ritmo da lambada favoreceu até mesmo um tipo de saia bem curta e rodada associada a um short também curtinho, a “saia lambada”, para as moças adep-tas ao estilo.Os anos 1990 nos trouxeram a música “techno” que ge-rou a especíca moda dos “night clubs” com cores acidu-ladas e acentuada excentricidade. As “drag-queens”, espe-cialmente por intermédio de RuPaul (nascido em 1960), com danças performáticas ao ritmo “techno”, além dos exagerados visuais de roupas e perucas, viraram moda e presença marcante nos eventos em geral.Também tivemos os “grunges” com suas roupas largas, camisas de anela xadrez e sobreposição de peças por inuência do grupo “Nirvana” e seu fundador, vocalista e guitarrista Kurt Cobain (1967-1994). A “street dance” teve e tem sua importância nesta interface música-dança-mo-da com sua linguagem própria de moda em cores e, espe-cialmente, formas bem mais largas inicialmente e, agora, paradoxalmente, com formas mais justas, para seus pra-ticantes terem melhor possibilidade de performance dos movimentos radicais em suas danças. E por aqui, Carla Perez, a partir de 1995, da banda “É o Tchan”, difundiu o uso dos minúsculos shorts em danças sensuais.Bem mais na atualidade, já no século XXI, tanto Lady Gaga (nascida em 1986) quanto Anitta (nascida em 1993), entre outras, tornaram-se referências do amálgama músi-ca-dança-moda, sem esquecer das calças bem justas dos bailarinos clássicos terem virado os contemporâneos “le-ggings” da moda urbana e/ou “tness”. E, em último mo-mento, Harry Styles (nascido em 1994), que arrasta multi-dões com suas músicas, danças e moda agênero.O percurso e diálogo desta tríade associação de músi-ca, dança e moda é grande, criativo e sempre atualizado a cada Zeitgeist. Aos mais interessados no assunto, ca a indicação do brilhante lme “O Baile”, de Ettore Scola (1931-2016). Linda e sensível produção cinematográca de 1983, na qual os exímios artistas e dançarinos inter-pretam evidenciando músicas, danças e moda marcantes no intervalo de tempo entre o nal dos anos 1920 ao início dos anos 1980.Anna ShvetsAnastasia Shuraeva27

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Ari Seth Cohen e o movimento Advced StyleMatéria por: Denise FaertesFotos: Ary Cohen e Denise FaertesO fotógrafo e escritor Ari Seth Cohen é o criador do projeto Advanced Style, que tem por objetivo "cap-turar a elegância indumentária dos idosos". Em suas pró-prias palavras, trata-se de apresentar "pessoas que vivem plena e criativamente, tirando o máximo proveito da vida, e que envelhecem graciosamente e que jamais param de crescer ou desaar a si próprias."Ari sempre teve interesse em roupas e estilo, além de uma anidade vitalícia com os mais velhos. Sua avó Blu-ma, que em vida foi bibliotecária, foi sua melhor amiga na juventude. Sua energia e atitude perante a vida ainda hoje o inspiram. Essa experiência o levou a questionar, desde sempre, a ausência de rostos maduros na mídia quando o assunto é estilo de vida e moda. "Eu percebia a falta de pessoas mais velhas em campanhas de moda e sites de es-tilo", lembra ele, antes de emendar: “E queria mostrar que é possível ser elegante, criativo e vital em qualquer idade."Aos 35 anos, Ari está longe de merecer gurar como mo-delo em seu Advanced Style, mas já ostenta uma década de conquistas prossionais. Seu primeiro livro, publicado em 2012, vendeu mais de 150.000 cópias em todo o mun-do e foi logo sucedido por outro livrinho para colorir, na mesma temática. Autor de um blog que arrancou elogios do New York Times e de revistas como New Yorker, Vogue e Forbes, Cohen também assinou a campanha fotográca dos óculos de sol Karen Walker em 2013 e uma campa-nha digital para a Coach, além de editoriais de moda para Vogue Austrália, Grey Magazine e a alemã RollingStone. Recentemente, Ari Cohen levou seus cativantes persona-gens ao telão no documentário Advanced Style, dirigido por Lina Plioplyte. Dois anos mais tarde, Vanessa Fried-man, diretora de moda do New York Times, reconheceu a colaboração de Cohen na criação do movimento recente que tem levado a indústria da moda a acolher modelos da maior idade. Antes de criar o Advanced Style, Cohen passou anos trabalhando na produção e gestão de varejo de moda. Atualmente, divide seu tempo entre Nova York e Los Angeles. Não deixe de conferir o último lançamento editorial de Ari Seth Cohen: Advanced Style.Celebrando a elegância do envelhecimento e a revolução na Modate e culta28VAM

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Apresentar pessoas que vivem plena e criativamente, tirando o máximo proveito da vida, e que envelhecem graciosamente e que jamais param de crescer ou desafiar a si próprias."VAM: Denise, como começou a sua relação com o Ari Seth Cohen?Eu sempre fui fã do Ari. Quando estava me forman-do em Design de Moda no Instituto Europeu de De-sign (IED-RJ) em 2017 (adoro o IED!), após traba-lhar por muitos anos como engenheira, escrevi um e-mail para o Advanced Style, dizendo que eu era fã (de carteirinha!) do trabalho dele, e que gosta-ria muito de participar do Advanced Style Fashion Movement! Já adorava o modo de se vestir - irreve-rente, libertário, colorido, divertido e diverso - das pessoas que o Ari se interessava em fotografar. Eu me identicava demais com elas! Ele não me res-pondeu durante 3 anos (eu ainda não tinha 60 anos quando escrevi para ele!). Num belo dia, em 2019, recebi um e-mail do Ari, dizendo que ele viria para o Brasil, a convite do Facebook, para dar uma pa-lestra em São Paulo. E que ele pretendia fotografar a Constanza Pascolato, e que depois disto, gostaria de me fotografar no Rio de Janeiro. Eu quei sur-presa e felicíssima! Fizemos fotos lindas e vídeos divertidos! Foi maravilhoso! Desde de então, man-temos contato e somos amigos! Eu amo o Ari!Denise Fartes, participante do Advanced Style Fashion Moviment30

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VAM: Porque vê sentido no movimento? E como você se posiciona nele? Como aconteceu esse con-vite?Eu me identico totalmente com a proposta de traba-lho do Ari! Acho que as pessoas devem se vestir como quiserem, com aquilo que acham que as faz belas, e, de preferência, que provoquem nas outras pessoas uma reação divertida! É uma proposta libertária, inclusiva, totalmente sem preconceito! Ari, ao notar a ausência de rostos mais maduros nas mídias e campanhas dos segmentos de moda e estilo de vida, dedicou-se a mos-trar, de maneira inovadora, que é possível vestir-se de maneira criativa, elegante e vibrante em qualquer ida-de!O trabalho dele é um grande sucesso! Além de ter sido publicado nas grandes revistas e jornais interna-cionais, ele publicou vários livros e teve um documen-tário maravilhoso lançado. A diretora de moda do New York Times, Vanessa Friedman, atribuiu a Ari Cohen o crédito pelo movimento de inclusão de modelos mais maduras na indústria da moda. Além disso, ele foi o pri-meiro a fotografar pessoas/ casais de idosos, e pessoas/casais idosos da comunidade LGBTQI+, grupos estes, que até hoje não são tão bem representados na mídia.É importante que as pessoas percebam que é possí-vel envelhecer sentindo-se bonitas, gostando dos seus próprios corpos, rugas e cicatrizes, que contam histó-rias, se cuidando e se divertindo, lidando com a vida de maneira positiva!Movimentar-se sempre, buscando novos desaos é fundamental! Muitas das pessoas que integram o Ad-vanced Style movement são pessoas que produzem os seus próprios looks, a partir de peças que já existem, transformando- as de acordo com os seus talentos e habilidades naquilo que desejam, de maneira super criativa! Um Upcycling super criativo! As roupas que usam tornam-se verdadeiros ‘statements’! Acho isto tudo maravilhoso! Prossionalmente, posso dizer que a nossa marca; minha, da minha lha Rebecca Faertes (designer gráca e artista visual), e do meu marido Gil Haguenauer (designer e cenógrafo) - a Fruto do Conde - se encaixa totalmente na proposta que discutimos! A Fruto do Conde propõe-se a fazer roupas conceituais, autorais, atemporais, personalizadas - ‘arte móvel’ - e espera que os nossos clientes (que tornam-se nossos amigos!) se identiquem com o nosso trabalho, pois ele é feito a partir da busca de conceitos inovadores, com liberdade, criatividade, amor, cuidado, e preten-de atingir públicos diversos.31

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É preciso saber valorizar e apreciar a beleza que o envelhecimento traz, além da experiência, da sabedoria e das capacidades intelectual, artística e criativa, que são mantidas."32

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VAM: Na sua percepção como designer e estudante em Milão. Qual a importância para o Brasil falar sobre esse movimento?Estou cursando um Mestrado em Fashion Design, na Ra-es Istituto Moda e Design, em Milão, Itália. Fiquei feliz de ter ganho uma bolsa de estudos! A minha turma é com-posta por mim, 65 anos, e por outros estudantes de 20 a 32 anos de idade! Sinto-me totalmente à vontade! (Risos!) Tem sido uma experiência maravilhosa e um grande desa-o, visto que o curso é bem demandante! Estou adorando! Aprendendo muitas coisas e me renovando incessante-mente. Tenho mudado o meu olhar, uma vez que estou mo-rando na terra da arte e do design! Sem dúvida! Creio que levarei muitas novidades para incorporar ao meu trabalho.Acho fundamental que tal movimento cresça no Bra-sil. Considero algumas cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, mais livres e menos conservadoras quanto ao modo de vestir, quando comparadas a outras cidades do mundo. Quanto à questão do ageismo, embora haja ini-ciativas de inclusão, no segmento moda, de modelos mais maduras, creio que há um longo caminho a percorrer para que modiquemos a maneira com que olhamos o envelhecimento, de um modo geral. É uma questão cultu-ral. A população brasileira abaixo de 40 anos correspon-de, em média, a 60% da total. É preciso saber valorizar e apreciar a beleza que o envelhecimento traz, além da experiência, da sabedoria e das capacidades intelectual, artística e criativa, que são mantidas. Lembremos que vá-rias funções que exigem uma das maiores responsabilida-des no mundo, como, por exemplo, aquelas exercidas por Presidentes da República, são ocupadas por pessoas que têm mais de 70 anos.Isto exige muita vitalidade! Quantos artistas, intelectu-ais, escritores, prossionais em geral, são extremamente produtivos, como é o caso do Noam Chomsky e foi o do Zygmunt Bauman, que aos mais de 90 anos escrevia vá-rios livros por ano! E Caetano Veloso? Gilberto Gil, den-tre outros? A inteligência e a criatividade permanecem! É preciso entender que as pessoas mais maduras continu-am a ser produtivas, criativas e tendo o que dizer! A inclu-são na moda também é uma bela via! Fortalecer esse mo-vimento na moda seria ótimo! Viva as nossas cicatrizes e rugas! Elas contam histórias!33

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FiaQueiro Explondo te, design e ciência pa pli noa percepçãoO trabalho da artista e designer Fabiana Quei-roga tem se destacado por trânsitos plurais; arte, design e losoa. Fabiana mostra a multiplicidade de apreensões que tais campos de conhecimento oferecem para a reinvenção de si mesma. A artista passa a construir com seu olhar exercícios fronteiriços de constru-ções híbridas em que tecnologia e artesania fun-dem-se para materializar relações de guração e abstração, design e natureza, particular e coletivo, dentro e fora, ambiência e estrutura; forças co-mumente apresentadas como oposições, mas que Queiroga manipula como junções.E por que não dizer entre cultura e natureza? Suas obras e objetos, com referências visuais no design e na natureza, reúnem capacidades de in-terlocução do corpo feminino que ora transita do doméstico aos espaços públicos, ora da natureza à articialidade da representação, de uma mulher contemporânea e sensível cujos afazeres relacio-nam habilidades cotidianas e capacidade de pro-gramação, assim como ambiências deslocadas pelo feminino e sua memória afetiva. Suas esculturas e pinturas em especial da série Elo e Botânica mos-tram o eminentemente humano entre a articiali-dade e a natureza. Composições formais e orgâni-cas de matérias e virtualidades, como simulacros de natureza e articialidade, assim como do cons-truído e do natural.Suas obras, híbridas e delicadas, diluem as bar-reiras entre os conhecimentos de arte e ciência, design e estrutura. Explora o olhar sensível da vida cotidiana e transforma em arte, e vem ganhando espaço no território Brasileiro e em casas de cole-cionadores estrangeiros. Leia a seguir a entrevista completa com Fabiana Queiroga.te e cultaMatéria por: Mena MagellanFotos: Ateliê Fabiana Queiroga 34VAM

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A arte convida o espectador a questionar-se sempre, muitas vezes por empatia e outras por estranheza. A arte convida a observar, a pausa do pensamento. Um ato que a cada dia fica mais raro, pois estamos a cada dia com um foco menor e um olhar mais raso."36

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VAM: Fabiana, você é formada em artes visuais, de-sign gráco e arte contemporânea. Na sua opinião, a arte é capaz de ampliar o olhar? Por quê?Acho que a arte tem um poder enorme na vida das pes-soas, em todos os sentidos. Uma casa com arte e de-sign é uma casa com história, revigora. A arte convida o espectador a questionar-se sempre, muitas vezes por empatia e outras por estranheza. A arte convida a ob-servar, a pausa do pensamento. Um ato que a cada dia ca mais raro, pois estamos a cada dia com um foco menor e um olhar mais raso.VAM: Como você enxerga o aumento da busca de pe-ças de designers brasileiros dentro e fora do Brasil?O design brasileiro está crescente nos últimos 10 anos, e espero que continue. Rs Bom, brincadeiras à parte acho que as pessoas estão vendo a importância de uma peça pensada com função e com estética apurada. Isso fortalece o elo entre designer e indústria e gera uma educação visual e as raízes da nossa cultura, as pessoas começam a ser curadores do que consomem.37

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Unir o método do fazer ancestral com as possibilidades tecnológicas, traz um movimento ímpar, e um grande aprendizado no processo de construção da peça."VAM: Em suas obras, você faz a fusão entre tecno-logia e artesania. como você enxerga essa junção e qual é o impacto que ela traz para suas criações?Acho essa possibilidade maravilhosa, unir o método do fazer ancestral com as possibilidades tecnológicas, traz um movimento ímpar, e um grande aprendizado no processo de construção da peça.VAM: Como você utiliza a guração e a abstração em suas obras para explorar a relação entre design e natureza, particular e coletivo, dentro e fora?Considero a criação como uma forma de ler o mun-do, esse processo é uma síntese da minha leitura, que aprimorei criando musculatura ao olhar.38

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VAM: Poderia falar um pouco mais sobre a série "Elo" e "Botânica" e como ela representa o eminentemente hu-mano entre a articialidade e a natureza? As duas são um complemento, uma simbiose, realmente um ELO entre o corpo humano e o espaço, essa conexão com o ancestral e natural. Fala da memória do corpo no espaço e dos rizomas dessa memória.VAM: Como você percebe a diluição das barreiras entre os conhecimentos de arte e ciência, design e estrutura, em suas obras híbridas e delicadas? Qual é o impacto dessa abordagem na experiência do espectador? Ciência e arte é losoa? Percebo que esse lugar de observar leva às camadas do auto-conhecimento, tento provocar isso nesse segmento que per-meia a arte e o design, transpor e expor essas barreiras e suas fragilidades. Contem-me, você espectador e leitor, o que vo-cês sentem, empatia ou estranheza? O que te toca de alguma forma passa uma mensagem. Um elo entre o corpo humano e o espaço, essa conexão com o ancestral e natural. Fala da memória do corpo no espaço e dos rizomas dessa memória."41

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"Eu tocopa tnsform"Assim resume Widor Santiago sua paixão pela música e o som inconfundível de seu saxofone. Estas palavras, simples em sua essência, abrem as portas para um mergulho profundo na vida e na arte deste ilustre músico.Widor StiagoAo longo de mais de duas décadas, Widor acompa-nhou o lendário Milton Nascimento em uma jornada musical que tocou os corações de milhões. Suas me-mórias desse período são repletas de momentos espe-ciais e reexões sobre a importância de compartilhar a música como uma forma de amor e serviço aos outros. Além disso, Widor nos oferece insights sobre os desaos e recompensas de uma carreira na música, destacando a dualidade entre a arte e a prossão. Sua visão honesta revela que, apesar das diculdades, a música é uma fon-te inesgotável de satisfação e paixão.E o futuro? Widor compartilha seus planos para con-tinuar expandindo seu impacto musical, ensinando, produzindo novas músicas e se envolvendo em ações lantrópicas. Sua missão é clara: compartilhar o conhe-cimento e a beleza da música com o mundo.te e cultaWidor Santiago é muito mais do que um saxofo-nista renomado. Sua jornada musical é um conto inspirador de autodescoberta, perseverança e impacto global. Através de uma conversa exclusiva, convidamos você a conhecer o homem por trás do saxofone, enten-der sua paixão avassaladora pela música e descobrir como ele se tornou uma gura reverenciada no mundo do jazz contemporâneo.Nesta entrevista, Widor nos leva a uma viagem por sua infância, onde o amor pela música se entrelaçou com o destino. Sua jornada autodidata, desde os pri-meiros acordes até as grandes performances em mais de 50 países, é uma história de dedicação inabalável e um lembrete de como a música pode transcender fronteiras e unir culturas. Mas a música de Widor vai além das no-tas e dos palcos. Ele compartilha sua visão íntima sobre a profunda conexão entre a emoção e o som, revelando momentos em que a música o levou a um estado de pro-funda reexão e contemplação.Matéria por: Deivid Joras Foto: Widor Santiago - acervo pessoal42VAM

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Embora muitos o considerem um dos maiores saxo-fonistas do mundo, Widor Santiago permanece modes-to, atribuindo o sucesso à jornada em si, não aos lou-ros. Ele encerra a entrevista com uma reexão sobre a recente turnê de despedida com Milton Nascimento, um momento de despedida e de profunda gratidão por uma carreira musical extraordinária. Este é Widor Santiago, mais do que um músico, um artista apaixonado que usa sua música para transformar vidas e inspirar o mundo.43

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(...) já no primeiro dia em que peguei no saxofone eu consegui tocar uma música. E aquilo me pareceu fácil, sem grandes complicações. Pouco depois eu já comecei a tentar improvisar algumas notas. Eu nem sabia o que era improviso. Mas auditivamente eu sabia que aquilo existia. "VAM: Autodidata, começou aos sete anos. Como isso aconteceu?Eu costumo dizer que as pessoas podem nascer com o dom, com a vocação, ou com os dois juntos. Os que nascem com o dom podem desenvolvê-lo ou não. Mas quem nasce a vocação além do dom, não tem jeito! Vai ter que desenvolver. Eu acho que esse foi o meu caso. Eu praticamente não tive escolha. Um belo dia, um amigo do meu pai, companheiro dele na banda de música da cidade em que morávamos, basicamente o convenceu de que eu, um garoto de apenas sete anos, tinha que entrar na banda também. Eu lá fui eu, tocar caixa. Só que pouco depois eu pus a mão em um saxofone, e já no primeiro dia em que peguei no saxofone eu consegui tocar uma músi-ca. E aquilo me pareceu fácil, sem grandes complicações. Pouco depois eu já comecei a tentar improvisar algumas notas. Eu nem sabia o que era improviso. Mas auditiva-mente eu sabia que aquilo existia. Antes disso, quando eu ainda era criancinha, minha irmã mais velha me colocava para ouvir no rádio, na BBC de Londres, programas de jazz. Meu também pai tinha um conjunto que tocava em bailes, e todo dia tinha ensaio lá em casa. Isso me permitiu conviver com músicos, durante esses ensaios, e eu com apenas três anos de idade já ia pra bateria e cava tentando explorar aquilo. Meu pai me en-corajava a acompanhar o ritmo, em cima dos tamboretes, enquanto ele soprava o saxofone. Com essa coisa do rit-mo, tudo foi se desenvolvendo em mim com pouca idade. E foi assim que aos sete anos fui parar na banda para tocar caixa, um instrumento de percussão.Quanto a ser autodidata, na verdade é preciso enten-der bem o que isso quer dizer. É impossível ser totalmen-te autodidata em um contexto que requer tanto estudo e orientação. Ser autodidata seria como reinventar a roda. Quando eu percebi que não existiam escolas de formação em música onde eu estava —e é claro que hoje já existem—, eu decidi traçar o meu próprio caminho de desenvolvimento. Busquei nas escolas americanas de jazz os métodos que já existiam e foi com eles que eu comecei a estudar. Eu também passei pela Escola de Música de Brasília, mais tarde, onde z alguns cursos de verão. Mas na verdade, grande parte do meu apren-dizado veio pelo estudo dos métodos americanos, sen-tado no estacionamento da escola, ouvindo e repetindo as lições, incessantemente. Ou seja, fui autodidata no sentido de não ter frequentado uma escola convencio-nal. Mas o aprendizado veio, indiretamente, por meio de outros mestres. Assim como hoje muitos aprendem pela internet, eu aprendi usando métodos impressos. Darck Fonseca44

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VAM: Quem foram os músicos que te inspiraram no iní-cio da carreira e quais são os atuais? No começo da minha carreira fui muito inspirado pelo Vitor Assis Brasil, porque o Vitor era um ícone do jazz no saxofone. Um cara que morou em Nova Iorque onde estudou e que fez escola nos Estados Unidos. Um jazzista de verdade. Também fui muito inuenciado por um saxofonista chamado Lenny Pickett, da banda “Tower of Power” que tocava Soul Music, no nal dos anos 70. Eu também o adorava . Mas à medida que vamos estudando vamos conhecendo outros. Vamos co-nhecendo o universo todo. Alguns eu depois pude conhecer, tocar junto. Olha, é muita gente, e se eu começar aqui a lem-brar de todos, vai ser um desle que não cabe nesta entre-vista (risos). Esses mentores ensinam tudo pra gente e nos encorajam muito. Mas o saxofonista por quem tenho mais admiração foi Michael Brecker, realmente um dos maiores ídolos da minha geração. Era o ícone máximo, enorme. E eu estudei muito em cima dos métodos e os solos dele. Mas os meus ídolos infelizmente já se foram. Nos deixaram muito cedo, e eu sinto muita saudade deles. Hoje em dia tem dois saxofonistas que eu considero muito bons. O Chad LB e o Chris Potter. Esses dois, hoje, são os caras que estão coman-dando o cenário internacional. Mas não basta ser só bom músico. Para inspirar, também tem que ser também uma pessoa bacana, de convívio bom. Fui autodidata no sentido de não ter frequentado uma escola convencional. Mas o aprendizado veio, indiretamente, por meio de outros mestres. "Darck FonsecaDarck Fonseca45

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absolutamente lotados. Mesmo debaixo da chuva. Podia estar chovendo, mas as pessoas cavam lá, de guarda--chuva, até o m. Participar de algo grandioso assim re-presenta muito pra mim. E eu digo com sinceridade, não é por vaidade. É pelo sentimento de saber que você é parte de um processo de transformação. A gente vê nos shows muitas pessoas emocionadas, que saem dali tocadas, e eu sei que aquilo é de uma grandeza enorme, de um alcance espiritual imenso. Isso é algo que sempre me interessou. Fazer parte dis-so, para mim, foi uma bênção na minha vida. É algo que eu busquei como forma de servir aos outros, mas na ver-dade, no fundo, sou eu o maior beneciado. Isso gera em mim uma gratidão profunda. Quanto a algo que gostaria que ele soubesse, é uma coi-sa que ele sempre soube (risos). Eu sempre tive uma rela-ção de muito amor e muito respeito por ele, porque eu sei que a gura humana ali por trás do artista, é maravilhosa! Foram tantos momentos marcantes, em 20 anos, que re-almente é difícil destacar um deles sem parar pra pensar um pouco. Mas eu me lembro de muitos momentos em que camos só eu e ele, conversando por horas, vários as-suntos, temas de vida, sobre as grandes questões da vida: o que somos, de onde viemos, por que estamos aqui, e para onde vamos. Era muito legal! O nosso entendimento era bastante interessante nesse sentido. VAM: O mestre Milton Nascimento usou seu sopro por 20 anos recentemente vocês zeram a turnê de despe-dida dos Palcos. O que você gostaria que o Milton sou-besse? Existe o momento mais marcante desses anos todos juntos?Tocar 20 anos com o mesmo artista signica que você gosta muito dele e que você se encontrou bastante na sua vida tocando com esse artista. Signica que o que ele diz em suas músicas representa muito para você. E é assim a minha relação com o Milton. Eu sempre quis tocar com alguém que na poesia da sua música, e na beleza da sua composição, produzisse uma arte capaz de realmente tocar o coração das pessoas. E a única forma de tocar o coração das pessoas é através do amor, mas o amor ver-dadeiro, além do mero amor romântico, o amor pela vida, pelas coisas, por aquilo que você faz, por aquilo que você vê, participa, pelas pessoas e situações que encontra pelo caminho, enm. O Milton sempre cantou esse amor. E tocar com um músico do calibre do Milton, embora eu não estivesse to-cando a música que eu mesmo faço, que é o desejo na-tural de qualquer músico instrumental, de explorar o seu próprio instrumento, me possibilitou acesso a pessoas e situações a que sozinho eu jamais teria acesso. Nos mais de 20 anos em que me apresentei com o Mil-ton Nascimento nunca tocamos em uma praça pública, um estádio ou uma casa de shows que não estivessem (...) é assim a minha relação com o Milton. Eu sempre quis tocar com alguém que na poesia da sua música, e na beleza da sua composição, produzisse uma arte capaz de realmente tocar o coração das pessoas. E a única forma de tocar o coração das pessoas é através do amor, mas o amor verdadeiro, além do mero amor romântico, o amor pela vida, pelas coisas, por aquilo que você faz, por aquilo que você vê, participa, pelas pessoas e situações que encontra pelo caminho, enfim. "Darck Fonseca46

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VAM: Para um artista trabalhar com sua Arte signica?Signica sacrifício. E é uma palavra bastante boa (risos). Porque o que ocorre é o seguinte: Existe a arte, e existe prossão dentro dessa arte. Se você faz arte de forma amadora, em que a sua sobrevivência não depende dessa arte, você vai car só com a parte gostosa do negócio. Mas se você pretende trabalhar com a arte, fazer dela uma ati-vidade prossional, existencial, aí é tudo diferente. Por-que muitas vezes você terá que fazer arte em cima do que os outros criam, para poder sobreviver. E isso acontece em qualquer tipo de arte. Ser músico prossional ou ser artista são coisas diferentes. E às vezes é preciso fazer as duas coisas andarem juntas. Você precisa saber ser pros-sional para reconhecer seus recursos, e não pode deixar de fazer a sua arte como ela se manifesta dentro de você. E à medida que você se torna mais focado nisso, você se sacrica porque nem sempre aquilo que realmente gosta de fazer é tido como arte popular. A arte popular dá muito dinheiro, mas se a sua arte é mais profunda, o seu espaço ca mais restrito. Então, trabalhar com arte signica, sim, sacrifício e satisfação. Porque na verdade você vai ter sa-tisfação e ‘ralação’ (risos). Mas provavelmente será mais feliz do que se não tivesse feito nada disso.VAM: Mais de 30 países no circuito jazzístico: Cada país uma nova visita, ou cada país uma nova despedida... Até a virada do ano 2000 eu contava mais de 30 países em que havia tocado. Mas depois, nos mais de vinte anos de turnês por Estados Unidos e Europa com Milton Nasci-mento, o número de países passou dos 50. E aí eu parei de contar (risos). Eu já havia feito turnês pelo mundo como instrumentista. Com a queda do muro de Berlim, a poste-rior dissolução da União Soviética e a fragmentação dos Bálcãs, as novas nações que pintaram no mapa —como Re-pública Tcheca, Eslováquia, Sérvia, Polônia, Estônia, Lituâ-nia— abraçaram o jazz como expressão da independência recém-conquistada. Festivais de jazz, grandes e pequenos, começaram a brotar no Leste Europeu e aos poucos foram se integrando ao cenário internacional. Isso aumentou muito as oportunidades. O jazz era a música da liberdade! Já existia também o circuito tradicional, de países em que todo mundo toca e onde ocorrem os festivais mais tradicionais, como França, Itália, Alemanha. Nesses sem-pre houve muitos lugares para tocar. Esses países sempre zeram parte de roteiro seguido por bandas que saíam do Brasil. Outro polo importante é a Ásia, apesar de ser a região onde me apresentei menos. Devo ter ido ao Japão umas quatro ou cinco vezes. É uma parte do mundo que eu sonho em explorar um pouco mais. Agora, quanto a encontro e despedida, a última turnê que zemos com o Milton, em 2022, culminou com um show lindo no Mineirão. Na verdade, as duas últimas turnês foram grandes despedidas. E nas vezes em que o acompanhávamos a um novo país pela primeira vez, era sempre um encontro e uma despedida (risos). Os encon-tros e despedidas ocorrem sim, com frequência. Mas com a graça de Deus ainda pretendo voltar a esses países. Ain-da dá tempo (risos).A arte popular dá muito dinheiro, mas se a sua arte é mais profunda, o seu espaço fica mais restrito. Então, trabalhar com arte significa, sim, sacrifício e satisfação." Darck Fonseca47

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VAM: Consideramos você um dos maiores saxo-fonistas do mundo. Você se considera também? E por quê?Não! Realmente não me considero um dos maiores saxofonistas do mundo, de jeito nenhum. Isso seria muito para o tipo de ego que eu tenho. Não penso nessas coisas dessa forma não. Na minha forma de pensar, não creio que as coisas devam ser vistas des-sa forma. Eu acho que o que leva as pessoas a serem algo são as oportunidades que elas encontram. Pen-sa bem. As pessoas nascem com um dom, desenvol-vem alguma coisa e dependendo das oportunidades podem ir longe ou não. Mas eu estou adepto daque-la losoa de que o sucesso não se mede pede altu-ra que você chega, mas sim pelo caminho que você percorre. Eu vejo por esse lado. Tenho grandes sa-xofonistas que são “os caras”, os verdadeiros ícones. Longe de mim pensar assim de mim mesmo.Realmente não me considero um dos maiores saxofonistas do mundo, de jeito nenhum. (...) Eu acho que o que leva as pessoas a serem algo são as oportunidades que elas encontram."Darck Fonseca48

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VAM: Conte algum fato inusitado da turnê “Última Sessão de Música” com o Milton Nascimento?Na verdade, o inusitado, depois de tantos anos em turnê, especialmente ao nos aproximarmos dos últimos shows, foi a despedida em si. É a única coisa que sabíamos que viria, mas quando aconteceu, ainda sentimos como uma surpresa. Uma estranha, triste sensação... [faz uma lon-ga pausa].Nos 20 anos que me apresentei com Milton, toquei pra-ticamente na mesma banda. Ocasionalmente, uma pes-soa ou outra mudava, mas o núcleo permanecia o mesmo. A percepção de que estávamos nos despedindo nos atin-giu durante um dos shows que zemos em Los Angeles, onde fomos acompanhados na plateia por vários músicos famosos, como Herbie Hancock, Sergio Mendes, Stanley Clark, e muitos outros artistas de jazz de renome inter-nacional. Quando o show terminou, quando deixamos o palco com a adrenalina ainda alta, nós, os músicos da banda, nos entreolhamos de uma maneira diferente, com um clima diferente, como se estivéssemos dizendo um ao outro... "Uh-oh, acabou. Acho que nunca teremos outro como este!" No fundo, acho que foi quando realmente nos despedimos um do outro. Foi uma emoção diferente e um tanto incomum para todos nós.VAM: Quais são seus planos para o futuro? Bom, não pode haver futuro sem que haja trabalho no presente. No futuro quero expandir o trabalho que faço com a minha banda, entrar com muita vontade em fes-tivais de músicas instrumentais, lançar um álbum novo com muitas músicas que estão prontas, em fase de pré--produção, pré-lançamento. Quero dar muitas aulas tam-bém. Ensinar é uma das coisas que considero mais im-portantes. A única forma de formarmos novos músicos é passando adiante tudo aquilo que sabemos. Quero passar absolutamente tudo que sei. Procuro trabalhar também com lantropia, porque quem recebe muito deve repartir aquilo que recebeu. Isso é perfeitamente possível. Pegar o que existe hoje e conseguir concretizar, ir concretizando, conforme o tempo vai chegando.Quero dar muitas aulas também. Ensinar é uma das coisas que considero mais importantes. A única forma de formarmos novos músicos é passando adiante tudo aquilo que sabemos. Quero passar absolutamente tudo que sei. "“Última Sessão de Música” de Milton Nascimento49

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VAM: Tocou e gravou com artistas da MPB como Ânge-la Rorô, Baby do Brasil, Cazuza, Djavan, Erasmo Car-los, Emílio Santiago, João Bosco, Milton Nascimento entre outros ícones eternos do Brasil. O que o emocio-na com essas lembranças? Este tema é dos temas mais profundos. Há músicas capa-zes de impressionar, e há músicas capazes de emocionar. E a única forma de você gerar essa impressão ou emoção na plateia, é você próprio, como artista, sentir profunda-mente aquilo que está fazendo. Tudo é energia, e se eu quero um sentimento, eu preciso primeiro vivê-lo, impri-mi-lo em cada nota que sai do meu instrumento. Nesse sentido o músico é como um ator. Mas um ator que repre-senta um papel a partir dos sentimentos impressos nas notas e ondas sonoras. A vibração do som é muito linda. A coisa bate muito forte, às vezes. E em algum momento, enquanto estou tocando, a emoção pode aorar sim. De-pende muito de como você enfrenta o sentimento do que tocar. Como eu disse mais cedo, é um tema muito pro-fundo. Somos todos humanos, todos temos experiências e situações de vida distintas. Trazemos muita coisa guar-dada em nosso subconsciente. No curso da vida, veremos coisas que nos chocarão ou nos deixarão perplexos. Mas com o tempo a gente aprende a dosar a emoção, porque a música é como uma viagem, mas quem pode car vendo a paisagem tranquilamente, é o passageiro. O músico é o piloto, que pode ocasionalmente contemplar a paisagem, mas o olhar tem que estar sempre na pista. Há músicas capazes de impressionar, e há músicas capazes de emocionar. E a única forma de você gerar essa impressão ou emoção na plateia, é você próprio, como artista, sentir profundamente aquilo que está fazendo."VAM: Você usa muito a expressão “Eu Toco Para Trans-formar”? O que ela signica?Em essência, o que música signica para mim: Trans-formação. Elevação. Platão já dizia poeticamente que a música “…dá alma ao universo, asas à mente, voo à ima-ginação, e encanto e alegria à vida e a tudo mais”. Ele e Sócrates diziam que a música continha um elemento in-trínseco que era propício à promoção da harmonia moral ou espiritual e da ordem na alma. Também penso assim e assim a música me move. Eu sei que em qualquer dia, em qualquer plateia, há pelo menos um indivíduo pronto para ser tocado por uma única nota que saia do meu saxo-fone. Eu faço sempre um momento de introspecção antes de entrar no palco, oro para que se essa pessoa estiver na plateia saia de lá transformada. Por isso digo: Eu toco para transformar!VAM: Quem é Widor Santiago?O músico!Arara Áudio Visual 51

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Kla OsorioTnsformdo Bsília em  centro obal da te contemporânte e cultaCriada em 2016, a Galeria Karla Osorio é a única de Brasília com presença internacional, participando de feiras em vários países.Karla, sua fundadora e diretora, tem am-pla experiência em arte contemporânea. Em 2000 criou o ECCO – Espaço Cultural Contemporâneo que, por 15 anos, foi a prin-cipal instituição privada sem ns lucrativos dedicada à arte contemporânea em Brasília – mais de 250 artistas em exposições indi-viduais e coletivas com projetos educativos inovadores, mais de 150 publicações.Matéria por: Mena MagellanFotos: Galeria Karla Osorio - acervo pessoal52VAM

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Situada em um espaço privilegiado em Brasília, capital do país, a Galeria Karla Osorio conta com 5 pavilhões tendo 7 galerias e um programa de residência artística, unidos por um amplo jardim utilizado para obras ao ar livre fazendo deste um espaço único no contexto das galerias de arte contemporânea no Brasil e no mundo.A galeria mantém programação de exposições temporárias, lançando publicações com textos curatoriais bilíngues, oferece também cursos, oficinas e intervenções no espaço público, frequentemente em parceria com outras instituições. VAM: Mas como tudo isso começou Karla? Porque arte contemporânea?Arte está em minha vida desde a infância. Meus pais eram colecionadores e isto me ajudou a despertar o senso es-tético mais apurado. Mas, de 5 irmãos eu sou a única que realmente se interessou pelo assunto e desde os 15 anos comecei minha própria coleção, na época com minha mesada e em prestações adquiri um Volpi, uma pequena pintura que era, então, muito barata... Nunca mais parei e sempre me interessou o contemporâneo.A arte que pensa seu próprio tempo, a criação atual que reete sobre o que vivemos e nos instiga a pensar o presente e o futuro.VAM: Qual o sentido para você, em ter criado tudo isso?Contemplar e conviver com arte é estimulante, é revigo-rante, suscita reexões cotidianas e nos faz aumentar a sensibilidade para tudo na vida.Fui advogada e tive uma prática militante na advocacia pública por mais de 25 anos, mas o tempo todo mantive minha ligação com a arte colecionando e apoiando pro-jetos de mecenato, além de iniciativas de visibilidade a artistas e à arte contemporânea de várias maneiras. Tam-bém estudei história da arte na França.Depois que tive lhos resolvi me dedicar ao assunto em tempo integral e minha meta era formação de público e reforço da carreira de artistas jovens sobretudo, além de publicações. Era uma forma de contribuir com a cidade, a cidadania e os artistas diretamente.VAM: Como funciona o programa de residência da ga-leria e quais são os critérios para seleção dos artistas participantes?O programa visa promover intercâmbios com artistas e instituições, além de parcerias com galerias. Visa propi-ciar formação complementar para artistas, apoiar com tempo de pesquisa e de qualidade para produção. É so-mente mediante convite, não há edital para seleção e é inteiramente nanciado pela própria galeria.54

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VAM: Como a arte contemporânea é recebida e inter-pretada pelo público em geral?Isto é muito relativo, varia segundo local no mundo, gera-ções, segmentos sociais etc... Mas, de modo geral, a arte contemporânea tem tido cada vez mais receptividade pelo público em geral. Suscita interesse em instituições do mundo todo, nos grandes colecionadores inclusive, é objeto de pesquisas profundas.A galeria representa artistas brasileiros e estrangeiros consagrados, também promove e incentiva aqueles em começo ou meio da carreira, além de também atuar no mercado secundário. Privilegia a produção artística ino-vadora e fomenta linguagens e técnicas diversicadas. Seu programa tem um foco importante em geometria, minimalismo e poesia visual, além do abstracionismo na pintura sobretudo. Tem também preocupação de apoiar artistas que tratam de questões do gênero e abordam te-mas sócio-políticos com apuro, aprofundando questões sobre seu próprio tempoVAM: Qual é a contribuição e o impacto da arte con-temporânea na sociedade e no mundo em geral, com base nas experiências da galeria?É muito nítido observar o impacto e transformações que o contato com a arte pode gerar nas pessoas, sobretudo as mais sensíveis, as crianças inclusive.Despertar o interesse pela arte é tão instigante e ajuda em todas as outras áreas do conhecimento.Arte nos ajuda a pensar, a ampliar a compreensão e apreensão no mundo, desenvolve maior sensibilidade para temas essenciais da sociedade contemporânea.VAM: A persona Karla Osorio mulher, mãe, esposa, jet setter, importante galerista brasileira com forte pre-sença internacional além de inuenciadora impor-tante no mundo das artes no Brasil, não pára um só instante e parece conciliar todas estas funções com sucesso. Qual o aprendizado que tem tirado de todas essas experiências?O aprendizado é diário e intenso. Sempre tive uma escu-ta muito ativa e curiosidade ampla em busca de conhe-cer o novo sempre, desbravar caminhos, abrir espaços.Trabalhar com a arte reforça em mim estes sentimen-tos, gera desao diário e instigante sobre o mundo, o co-tidiano se torna mais estimulante e interessante.É um desao mostrar arte contemporânea, em certos contextos, pois grande parte do público nem sempre é receptivo a isto a ponto de adquirir e conviver com ela cotidianamente.Assim, para uma galeria que depende de vender, que busca consolidar a carreira de seus artistas, torna-se essencial desbravar o mundo, participar de feiras e in-ternacionalizar seu trabalho, ampliando espaços para todos, além de fortalecer o trabalho institucional com museus e instituições em vários países.Concretizar tudo isto exige um esforço adicional de deslocamento que eu somente pude fazer depois de ter criado meus lhos, sempre a coisa mais importante da minha vida.Arte é essencial, mas vem depois da minha família que felizmente aprecia e respeita o imenso tempo que dedico a isto.VAM: O que a arte ensina a você e que quer partilhar com o mundo?Arte ensina a ver o mundo com maior sensibilidade, ajuda a melhor reetir sobre todos os assuntos da vida. Como dizia o poeta e artista Ferreira Gullar “arte existe porque a vida não basta”.Para mim, arte é indissociável da vida, ela nos enrique-ce e motiva, nos faz sempre muito melhor!Para mim , arte é indissociável da vida, ela nos enriquece e motiva, nos faz sempre muito melhor!”57

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Swovski lça linha Metorphosispor Steven MeiselLançamento revisita o portfólio completo de famílias de cristais da marca e chegam ao Brasil a partir de JulhoA Swarovski apresenta a sua nova campanha da marca pelas lentes do fotógrafo de moda Steven Meisel, desenvolvida pela diretora criativa Giovanna Engelbert, e com beleza assinada pela maquiadora visionária Pat McGrath. Batizada de Metamorphosis, a campa-nha é uma celebração da autoexpressão autêntica e do poder transformador dos cristais. A nova linha traz uma série de animais de outro mundo que representam as famílias de aces-sórios Florere, Idyllia, Gema, Dextera e Millenia da Swarovski, reimaginadas sob uma nova luz fantástica da ora e fauna tropicais pela maquiagem artística de McGrath.Meisel dá vida aos icônicos designs da Swarovski em quatro retratos exclusivos que in-corporam as personalidades da Borboleta, do Papagaio, do Abacaxi e da Tartaruga, cada personagem um testemunho da extravagância divertida e da maravilha do mundo natural.A campanha tem inuência da origem austríaca da Swarovski, inspirando-se nos jardins mágicos criados pela Imperatriz Maria-eresa no Palácio de Schönbrunn, em Viena, no século XVIII.59

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No jardim encantado da Swarovski, as peças de cristais se fundem e se metamorfoseiam em criaturas de fantasia inspiradas em frutas tro-picais, pássaros e animais exóticos, cada um com sua própria personalidade. Meisel captura os personagens encantadores em uma série de imagens hipnotizantes, cada uma incorporan-do o espírito e o conhecimento das icônicas fa-mílias de acessórios da Swarovski e mostrando a magia dos cristais."A campanha Metamorphosis é uma celebração da beleza dos criais Swarovski e como eles são um catalisador de criatividade e alegria", acrescentou Engelbert. "Sua inspiração é o elo entre o poder transformador da arte e o poder transformador das joias."“Os quartos do jardim de Maria-eresa são povoados de seus sonhos. São espaços fantáicos pintados com murais de ora e fauna exóticas de todo o mundo que nunca compartilhariam naturalmente o mesmo habitat. Da mesma forma, quis criar um jardim de crial encantado que não exie na natureza, mas ainda traz a mesma alegria” (Giovanna Engelbert, diretora criativa da Swarovski)60

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Os Personagens A TartarugaA tartaruga representa a longevidade e, com uma arquitetura de casco única, passa por sua própria metamorfose de inerte para meditativa e hipnotizante. Transmitindo força, tranquili-dade e uma quietude encantadora, a Tartaruga da Swarovski é inspirada na família Millenia, chamando a atenção e cativando com seus ver-des brilhosos e toques de rosa. Uma homena-gem à elegância duradoura. A Borboleta Do ovo à lagarta e ao casulo, as borboletas pas-sam por uma das transformações mais extraor-dinárias da natureza. Depois de escapar do ca-sulo, a borboleta ca livre para voar de or em or, com suas novas e delicadas asas abrindo um mundo de possibilidades. No fundo doura-do do jardim da Swarovski, a Borboleta surge da família Florere, com espírito livre e corajoso. Em uma exibição extraordinária de rosa e amarelo quente, as pétalas adornadas com cristais de Florere brilham mais intensamente em anéis de coquetel e brincos decorados. Uma bela home-nagem à auto expressão, A Borboleta convida os usuários a descobrirem novos mundos encanta-dores, onde a emoção os aguarda.61

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O PapagaioO papagaio simboliza o poder e a individuali-dade. Excepcionalmente expressivo no mun-do das aves, ele é uma alma extremamente so-ciável e aventureira. O Papagaio da Swarovski cativa com seu olhar brilhante. Originário da família Idyllia, com uma energia rebelde e uma alma punk, esse personagem ousado e sem remorsos demonstra uma conança extraordinária. Os cristais vermelhos e ama-relos ardentes de lapidação personalizada cativam, exalando inteligência e imaginação. Com seu espírito irreverente e uma curiosi-dade abundante, o Papagaio da Swarovski é uma porta de entrada para reinos experimen-tais dourados com glamour.O AbacaxiComeçando como um pequeno arbusto com ores individuais, o abacaxi se transforma em uma deliciosa fruta tropical, com sua cas-ca externa irregular escondendo um interior delicioso. O Abacaxi da Swarovski é um tes-temunho do poder transformador da nature-za e do prazer do inesperado. Simbolizando opulência, o Abacaxi é inspirado na família Idyllia, suas linhas nítidas e ângulos ousados iluminam o brilho geométrico resplandecen-te em verde e dourado. 62

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Sobre Swarovski Swarovski é um Wonderlab onde a magia e a ciência se encontram. A Swaro-vski unica todas as partes de sua organização sob uma ideia mágica e apre-senta um novo mundo maravilhoso de artesanato de cristal. Fundada em 1985 na Áustria, a empresa projeta, fabrica e vende o cristal da mais alta qualidade do mundo, pedras preciosas, diamantes e zircônia criados pela Swarovski e acessórios, assim como objetos de cristal e acessórios domésticos. Juntamen-te com suas empresas irmãs Swarovski Optik (Dispositivos Ópticos) e Tyrolit (abrasivos), Swarovski Crystal Business forma o grupo Swarovski. Uma rela-ção responsável com as pessoas e com o planeta sempre foi parte integrante da herança de Swarovski. Isto se manifesta hoje na bem estabelecida agenda de sustentabilidade da empresa com programas e fundações de educação vol-tados para a juventude para promover a capacitação humana e conservar os recursos naturais para alcançar um impacto social positive.MKT MIX Assessoria de ComunicaçãoTânia Otranto, Balia Lebeis, Roberto EthelCoordenação: Carol Crocciacarol.croccia@mktmix.com.brAtendimento: Rodolfo Vieirarodolfo.messias@mktmix.com.brAssistente: Eduarda Schaefereduarda.schaefer@mktmix.com.brFotos: divulgação63

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Guerlain lça e-commerceBoutique online conta com portfólio exclusivo e raroA maison francesa Guerlain com quase 200 anos de história lança no Brasil o e-commerce próprio. A boutique online vai oferecer produtos exclusivos de alta perfumaria e skincare, além de todas as categorias já dis-poníveis no país - skincare, fragrância, make-up e hair.São mais de 530 itens à disposição dos consumidores, com entrega em todo o território nacional. De acordo com Viviane F. Koyama, General Manager, este momento é um marco para a história da Guerlain no país, reforçan-do assim seu posicionamento no mercado de alto luxo. “A chegada da primeira boutique on-line conrma o DNA vanguardia e exclusivo da marca, uma vez que traz peças únicas e serviços diferenciados que são o savoir faire da Maison”.Matéria por:t Bvolt, Imprensa Fotos: Divulgação66

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No e-commerce serão encontradas a coleção "L’Art & La Matière", com 23 fragrâncias criadas com os melhores e mais raros ingredientes são verdadeiras obras de arte; "Exceptional Pieces" em edição limitada e numerada, das fragrâncias "Muguet" e "Cherry Blossom", com apenas 15 unidades no país; a linha "Orchidee Imperiale Black", com a exclu-siva orquídea negra e frasco produzido pela maison de porcelana fran-cesa Bernardaud; além de velas, difusores e uma linha completa para casa.“Eamos trazendo itens de colecionador, aro-mas únicos, criações lendárias e personaliza-ção, para oferecer ao consumidor a verdadeira experiência da Maison Guerlain. É como se você eivesse em nosso endereço icônico na Champ-s-Elysees 68”, afirma Viviane.A boutique online www.guerlain.com/br/pt-br inaugurou no dia 16 de agosto.69

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estilo de vidaCopaba Palace celeb100 oscom o e emoçãoNoite de gala memorável no hotel mais icônico do Rio de JaneiroRio de Janeiro, 18 de agosto de 2023 - O lendário Co-pacabana Palace, A Belmond Hotel, completou um século de história no último domingo e, ontem, dia 17 de agosto, uma celebração inesquecível marcou oficialmen-te seu centenário. A festa, repleta de elegância, foi uma verdadeira homenagem à essência do Rio de Janeiro.O renomado diretor criativo Giovanni Bianco assinou os materiais visuais da festa e foi o responsável por trazer uma atmosfera envolvente para os ambientes da celebra-ção, projetando a história da cidade pelas paredes dos Sa-lões Frontais do hotel, enquanto os Salões Copacabana se destacaram pela decoração minimalista e elegante, per-meada pelo preto, emanando sofisticação.A experiência gastronômica de excelência ímpar foi orquestrada pelo chef executivo do hotel, o italiano Nello Cassese, e sua equipe. Um dos highlights da noite, o jantar de gala, contou com impecável serviço à francesa com um menu que começou por um delicioso Carpaccio de Ca-marões, seguido por um Risoto Boêmio, e finalizado com Filé Mignon Wellington, em uma versão especial para os #100do Copa, que chegou inteiro aos salões e foi porcio-nado e servido na hora para os convidados.Matéria por: Belmont Copacabana Palace, Imprensa  Fotos: Castro FilmesPara adoçar os paladares mais exigentes, o chef porto--riquenho Antonio Bachour, reconhecido como o melhor chef confeiteiro do mundo pelo Prêmio Best Chef, sur-preendeu os convidados com seus preparos únicos, ver-dadeiras obras de arte comestíveis expostas em um salão totalmente dedicado. O espaço açucarado foi intitulado de ‘Sala de Sobremesas’ e contou com muitas opções deli-ciosas dos mais variados sabores.A transição do jantar para a festa foi um espetáculo à parte. A “Marching Band” dos #100doCopa levou os con-vidados ao Golden Room, onde uma torre de champanhe Moët & Chandon aguardava para brindar ao centenário em grande estilo ao som do show exclusivo de ninguém menos que Gilberto Gil. O prestigiado cantor, composi-tor e multi-instrumentista, proporcionou um momento mágico para todos os presentes, que vibraram com seus hits de sucesso. Para a surpresa e animação de todos, Jor-ge Ben Jor subiu ao palco e performou alguns de seus su-cessos ao lado de Gil. Em seguida, os irmãos 22 Passinho garantiram ainda mais diversão e ritmo com uma apre-sentação memorável e à cara do Rio de Janeiro.70VAM

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Sobre a BelmondA Belmond é pioneira em turismo excepcional de luxo há mais de 45 anos, construindo durante esse tempo uma paixão por viagens autênticas e um portfólio único de experiências exclusivas em alguns dos destinos mais inspiradores do mundo.Desde a aquisição do icônico Hotel Cipriani em Veneza, em 1976, a Belmond continua a perpetuar a lendária arte de viajar, levando os viajantes mais exigentes em jornadas de tirar o fôlego. Seu portfólio se estende por 24 países e 50 propriedades notáveis, que incluem o ilustre trem Ve-nice Simplon-Orient-Express, retiros em praias remotas como o Cap Juluca em Anguilla, refúgios italianos como o Splendido em Portofino ou incomparáveis portas de entrada para maravilhas da natureza como o Hotel das Cataratas, dentro do Parque Nacional do Iguaçu, no Bra-sil. De trens a barcos, safaris a hotéis, cada propriedade oferece uma experiência única e sua própria história para contar. A essência da marca Belmond está na sua heran-ça e habilidade de proporcionar um serviço genuíno e autêntico. A Belmond se vê como guardiã do patrimônio atemporal, dedicada a preservar seus ativos por meio de planos de restauração sensíveis e contínuos. A Belmond faz parte do grupo de luxo líder mundial LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton.77

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QuietLux yModelos: Camila Camargo e Henrique FragaFotos: Fernando Torquatto Stylist: Mari TorquattoAssis: Paulo Damata Retouch: Patrícia Nort Agradecimentos especiais: Belmont Copacabana Palace, 40 Graus Models e Sérgio Mattos78

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QuietLux yCasaco: BottegaCamisa, suéter e cachecol: DiorCalça: Tom Ford79

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Blusa, saia e sandália: Tom FordCasaco: AmiBolsa: Saint Laurent80

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Blusa e boina: DiorPulseira: Cartier81

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Camisa, blazer e clutch: Saint LaurentSaia: Carolina Herrera 82

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Camisa e casado: BrioniColar: TifannyAnel: Cartier83

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Ele - Calça e boina: Loro PianaBlusa: Saint LaurentCasaco: BrioniBolsa: BottegaÓculos: Zegna para LunetterieEla -Blazer e suéter: Marc JacobsSaia: Saint Laurent VintageBolsa: CelineÓculos: Alaia84

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Ele - Casaco, calça e sapato: FerragamoCamisa e grabato: Tom FordBolsa: DiorÓculos: ZegnaEla -Casaco e blusa: Max MaraSaia e sapato: Saint LaurentBolsa: BottegaÓculos: Lunetterie86

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Ele - Trench coat e camisa: BurberryCalça e gravata: ZegnaÓculos: Moscot para LunetterieEla -Vestido e bolsa: Dior87

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paMatéria por: Antonnio Italiano Fotos: Vinicius Mochizuki Beleza: Andre Accioly Agência: House EntertainmentImprensa: Estar ComunicaçãoFotos acervo: @qgdagioantonelliGiovnaAntonelliVAMa fascinte jornada de a tista versátilDescubra o mundo multifacetado de Giovanna Antonelli: atriz, empreendedora e um ver-dadeiro ícone inspirador! Com uma carreira que ultrapassa três décadas, ela conquistou corações em mais de 90 países, com 25 novelas e 10 lmes em seu repertório. Mas prepare-se, pois há muito mais para conhecer sobre essa talentosa artista!Com uma visão empreendedora aguçada, Giovanna Antonelli não apenas empresta seu ros-to e talento para marcas renomadas, mas também desempenha um papel ativo no marketing, inovação e pesquisa de suas próprias marcas. Ela é o verdadeiro exemplo de uma líder empo-derada, que coloca sua paixão e dedicação em cada empreendimento.Tendo um alcance de mais de 33 milhões de pessoas em suas redes sociais, Giovanna Anto-nelli continua a inspirar e encantar milhões de fãs ao redor do mundo. Seja atuando em frente às câmeras, expandindo seu império de negócios ou celebrando a beleza em cada detalhe, é uma mulher multifacetada que conquistou seu lugar no panteão dos ícones contemporâneos.89VAM

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Prepare-se para conhecer o universo vibrante de Giovanna Antonelli, uma mulher de sucesso que prova que talento, empreendedorismo e determinação podem abrir ca-minhos incríveis. Descubra por que ela conquistou não apenas os holofotes, mas também os corações e mentes de pessoas em todo o mundo. Acompanhe essa jornada inspiradora e deixe-se cativar por sua paixão, talento e visão extraordinária!Carisma, espontaneidade e competência não faltam a essa mulher, mãe, atriz e empreen-dedora (que com sua marca já vendeu mais de 18 milhões de produtos) e que está comemo-rando 32 anos de uma carreira repleta de sucessos.Giovanna Antonelli em 1991, estreou na Televisão como Angelicat, como eram chamadas as assistentes de palco da apresentadora Angélica, no programa Clube da Crian-ça da extinta Rede Manchete, onde permaneceu só por alguns meses. Em 1992, retornou brevemente ao grupo depois que o programa passou a ser exibido no período da manhã e pouco tempo depois o programa retornou para o período da tarde. No mesmo ano, saiu em denitivo do grupo depois que as gravações do programa foram trans-feridas do Rio de Janeiro para São Paulo. Em 1994, passou nos testes da Rede Globo, estreando como atriz na novela Tropicaliente, de Walther Negrão, emendando outros pa-péis consistentes em Tocaia Grande, Xica da Silva, Corpo Dourado, Força de um Desejo e Malhação.Em 2000 ganhou destaque em Laços de Famí-lia, novela de Manoel Carlos, como Capitu, uma mulher forte que se prostituía para sustentar o lho, ganhando alguns dos principais prêmios nacionais, como Prêmio Extra de Televisão, Prê-mio Qualidade Brasil, Melhores do Ano e Troféu Imprensa. Giovanna cativou o público e a crítica, recebendo vários elogios e ganhando os prêmios de Atriz Revelação e dois de Melhor Atriz. Tam-bém em 2000, estreou no cinema com o lme Bos-sa Nova, sob a direção de Bruno Barreto, fazendo uma pequena participação, levando prêmios em lmes como Chico Xavier, e Heartbreaker, uma colaboração Brasil e EUA.O Início: 1991Anos 200090

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20032002Após o sucesso de Laços de Família, a atriz interpretou a protagonista muçulmana Jade, onde levou todos os Prêmios, na no-vela O Clone de Gloria Perez. Sua persona-gem ditou moda nas ruas com véus, jóias e maquiagens que são das culturas locais. Além do grandioso sucesso no Brasil a per-sonagem conquistou fãs em vários países do mundo nos quais a novela foi exibida. A novela lhe rendeu seis prêmios, sendo um deles o Prêmio Contigo.Giovanna estrelou em 2003 com a minissérie de muito su-cesso “A Casa das Sete Mulheres", de Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão, interpretando Anita Garibaldi, inclusive falamos muito sobre Anitta na nossa conversa com a atriz. Nessa época, recebeu vários elogios pela sua desenvoltura, originalidade e pela maneira com que se desvencilhou da marca da sua personagem anterior Jade, que a lançou ao es-trelato no Brasil.Em 2002, no lme Avassaladoras, foi Laura, uma mulher bem--sucedida que procura um namorado por meio de uma agência de casamentos. No lme, fez par romântico com Reynaldo Gia-necchini, com quem contracenaria em outros trabalhos na TV. A participação no lme rendeu à atriz o Prêmio Lente de Cristal de Melhor Atriz no Festival de Cinema Brasileiro em Miami.200191

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200420072008Em 2004 interpretou na novela Da Cor do Pecado, de João Emanuel Carneiro, a personagem Bárbara, fazendo com que Giovanna tingisse seus cabelos de louro. A antagonista da trama foi sua primeira vilã na carreira, recebendo elogios da crítica por ter conseguido apagar da memória as persona-gens com fama de boa moça que fez anteriormente. No tea-tro, fez com o ator Murilo Benício a peça Dois na Gangorra, dirigida por Walter Lima Júnior e no cinema o lme A Carto-mante, com direção de Wagner de Assis e Pablo Uranga.Em 2007, após dois anos e meio descansando, voltou à TV como Delzuite, protagonista da primeira fase da minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, de Glória Perez. No mesmo ano, foi a protagonista da novela Sete Pecados, de Walcyr CarrascoEm 2008, Giovanna mostrou seu lado cômico, interpre-tando a atrapalhada e desajeitada Alma Jequitibá, no-vamente umas das protagonistas da novela Três Irmãs, de Antônio Calmon. Médica ginecologista e obstetra, Alma ca dividida entre dois amores. No cinema, l-mou "e Heartbreaker", uma produção entre Brasil e Estados Unidos, com direção de Roberto Carminati. O longa foi lmado em Florianópolis e Boston.92

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200920122010Em 2009, a atriz voltou aos cinemas, no lme Buda-peste, dirigido por Walter Carvalho, baseado no livro de Chico Buarque. No lme, a atriz aparece nua pela primeira vez no cinema como uma excêntrica apre-sentadora de telejornal.Ainda em 2009, interpretou o papel de Dora na no-vela Viver a Vida, marcando a volta da atriz numa no-vela de Manoel Carlos após quase 10 anos. Na trama, Giovanna interpretou Dora, uma moça humilde que vai para Búzios para tentar uma vida nova e fugir de seu ex-marido que é bandido e pai de sua lha, Rafae-la (Klara Castanho).Em 2012, despontou na pele da delegada Heloísa, uma das protagonistas da novela Salve Jorge, de Glória Perez A personagem conquistou o público, principalmente por seu estilo, tendo suas roupas e acessórios os mais desejados entre as mulheres.Já no ano de 2010, a atriz interpretou a madrasta de Chico Xavier e seus irmãos na adaptação da obra de Chico Xavier, no lme de mesmo nome.93

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20152016Em 2015 a atriz é convidada para participar da novela de João Emanuel Carneiro, A Regra do Jogo, no papel da vilã Atena Terremolinos Sua personagem foi o grande destaque da novela, despontando a protagonista.É convidada em 2016 para participar da nova novela das 6, de Walther Negrão e Suzana Pires, Sol Nascen-te interpretando a protagonista Alice Tanaka, lha de Kazuo Tanaka (Luis Mello) e fazendo par romântico com Mario (Bruno Gagliasso) e César (Rafael Cardoso).2014Integrou o elenco da novela Em Família de Manoel Carlos, em 2014, em que interpretou a personagem Clara, casada com Cadu (Reynaldo Gianecchini), mas que larga o marido para viver com a fotógrafa Marina (Tainá Müller). Ainda em 2014, a atriz protagonizou o longa S.O.S. Mulheres ao Mar, uma comédia românti-ca. Na trama, Giovanna interpreta Adriana. Sua per-sonagem foi bem recebida pelos críticos e o longa se tornou um grande sucesso de bilheteria.94

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201820212023Na novela das 9, em 2018, Segundo Sol, de João Emanuel Carneiro, Antonelli é protagonista na qual interpreta a guerreira Luzia, uma mulher humilde e batalhadora, que após sofrer um grande golpe e ser injustiçada, tem que deixar sua vida para trás, mas regressa anos depois, a m de reconstruir e conseguir sua vida de volta.Em 2021, Giovanna é uma das quatro protagonistas de Quanto Mais Vida, Melhor! Na trama, ela é Pau-la Terrare, uma mulher egocêntrica e viúva, dona da Cosméticos Terrare, sofre para manter a empresa em pé. Ela também sofre com a concorrência de Carmem (Júlia Lemmertz), dona da Wollinger, empresa de cos-méticos, que aos poucos vai tirando os holofotes dela. Paula inesperadamente sofre um acidente que tira a vida dela, mas recebe uma nova chance da Morte.Dez anos depois da parceria em Salve Jorge, a au-tora Glória Perez convida Giovanna Antonelli para reviver a delegada Helô no seu novo trabalho no horário das nove, Travessia.95

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(...) comecei a trabalhar muito cedo, enfrentei dificuldades e mirei nos meus objetivos, naquilo que eu idealizava ser o que me faria estar realizada em todos os aspectos."Giovanna Antonelli, uau! O sentimento é de alegria! Que momento lindo poder entrevistar você pela se-gunda vez para a capa da VAM Magazine.Acredito que muitas pessoas sonham com esse en-contro e também estão ansiosas para ler a nossa con-versa.VAM: Giovanna, qual o sonho pessoal que fez você se tornar quem é?A vontade de transformar minha vida sempre foi grande. Nasci numa família de classe média, comecei a trabalhar muito cedo, enfrentei diculdades e mirei nos meus objetivos, naquilo que eu idealizava ser o que me faria estar realizada em todos os aspectos. En-tão, meu foco foi correr atrás dos sonhos, superando a cada passo as diculdades. E sigo neste propósito. Até porque só acaba quando termina, rsrs. VAM: Você está comemorando muitos anos de tra-balho ininterrupto, trabalhos esses que são lindos e sempre bem recebidos pelo público e críticos. Giovanna, você pensa em descansar ou continuar à frente das câmeras após o m de Travessia?Quem me segue nas redes sociais sabe que eu faço muitas coisas ao mesmo tempo. Já trabalho há 30 anos, ininterruptamente. Não tem como sair de cena porque estou envolvida em muitos projetos. E gosto muito desse conhecimento que vou acumulando e aprendendo. Mas cada vez mais eu escolho onde que-ro e vou estar. Pra você ter uma ideia, uma das minhas empresas, a Giolaser, tem mais de 300 unidades pelo País e isso demanda muito tempo! Eu e minha sócia Carla Sarni além da Giolaser, temos um projeto jun-tas, de palestras sobre empreendedorismo feminino que está saindo do papel e vamos rodar o Brasil, se chama ‘O Poder Delas’. 97

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VAM: Vivendo os dias de hoje, e olhando lá para trás na Rede Manchete quando tudo começou. O que pensa por ter tan-to destaque entre tantas artistas para estar entre os grandes nomes do primeiro escalão da TV? Nossa… foi uma longa e árdua caminhada, posso dizer. Ter tan-to tempo de carreira, me faz olhar para trás e valorizar muito o meu caminho percorrido. Eu trabalhei demais e agradeço muito a mim, por não ter desistido, pela minha garra e capacidade de acreditar em sonhos e a minha família pela base e pelo suporte que recebi. São muitas novelas, lmes e anos de dedicação. Esse autorreconhecimento é importante porque o caminho até aqui foi cheio de altos e baixos, mas sempre tentando melhorar e aprender com os erros e principalmente me reinventando a cada ano. VAM: Sabemos que é impossível você escolher uma persona-gem que ou produção que mais te marcou, então gostaría-mos de ir no ‘baú do fundo do seu coração’ para relembrar um momento muito marcante nesses anos de carreira, e que pouca gente sabe.Claro que toda a minha trajetória artística me marcou de algu-ma maneira. Foram muitos personagens populares e experiên-cias marcantes. Não posso deixar de citar a Capitu de (Laços de Família) que foi um divisor de águas na minha carreira, a Jade (O Clone) um ícone mundial, novela vendida para mais de 100 Países e que continua reprisando pelo mundo. A Bárbara (Da Cor do Pecado), minha primeira vilã. Delegada Helô (Salve Jorge e Travessia), personagem que voltou 10 anos depois, reforçan-do o acerto de crossovers de personagens. Atena (Regra do Jogo) uma vilã tragicômica. Fora cinema e teatro. Olhando para trás, atingi metas e sonhos diversicando o meu trabalho ao longo da carreira e aprendendo a cada personagem, me lapidando. Para mim, o mais importante é sempre um bom papel, não importa o tamanho, nem ser heroína ou vilã. Me jogo sem medo. Aliás, medo é uma palavra que não faz parte do meu vocabulário. Olhando para trás, atingi metas e sonhos diversificando o meu trabalho ao longo da carreira e aprendendo a cada personagem, me lapidando (...) Me jogo sem medo. Aliás, medo é uma palavra que não faz parte do meu vocabulário. "98

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Falar de amor, de culturas, falar de gente, sempre é muito enriquecedor, é um material muito vivo e intenso. E o Brasil sabe levar isso com muita qualidade para o telespectador."100

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VAM: Agora em 2023 fará 22 anos que viveu a primeira protagonista da sua carreira com a obra O Clone, de Gloria Pérez e direção de Jayme Monjardim. Jade vivia um amor impossível com um estrangeiro, expondo então os conitos culturais e religiosos que permeiam as relações humanas. Com esse papel ganhou diversos prêmios, passando a ter grande reconhecimento da imprensa internacional. Como isso impacta a vida de um artista?Primeiro, entendo que boas histórias nunca envelhe-cem. E que realmente o público gosta de prestigiar essas histórias bem contadas. Falar de amor, de culturas, falar de gente, sempre é muito enriquecedor, é um material muito vivo e intenso. E o Brasil sabe levar isso com mui-ta qualidade para o telespectador. O reconhecimento da nossa arte, diante de um país com uma cultura tão abalada, é o que me move a continuar e acreditando no sonho de levar cada vez mais entretenimento e emoção para o público!!!!VAM: Como você vê a indústria de novelas após a che-gada do streaming?Muito positivamente, um movimento com muitas possi-bilidades e muito mais oportunidades. Não só para artis-tas, mas roteiristas, produtores, equipe técnica e isso mo-vimenta nossa área. Uma área com grandes prossionais de qualidade. E como atriz, independentemente deste momento, não paro de me reinventar. Estou sempre de olho no que está rolando de novo lá fora, aqui dentro, no digital que é uma vertente que amo explorar e trabalhar cada vez mais. Enm… sou consumidora assídua de to-dos os produtos e novidades do mercado. VAM: Giovanna Antonelli empreendedora começou no camarim, a partir de lá a ideia de criar a linha de es-maltes se tornou um negócio. Hoje com Giolaser tam-bém sendo sucesso você pensa em empreender mais? Quais os pilares de um negócio de sucesso?Estou em constante movimento e não paro nunca e sem-pre muito ligada nas oportunidades. Hoje, a Giolaser, fundada por mim em 2013 (esse ano completa 10 anos), possui mais de 300 unidades pelo Brasil. Isso tem um im-pacto social muito grande, gera empregos, faz a economia girar. Me orgulho disso. Além dos meus produtos licencia-dos Rommanel há mais de 10 anos, tenho vários produtos na área de beleza que estão no mercado, uma área que amo investir, campanhas publicitárias que fazem grande parte do meu portfólio. Fora startups de tecnologia, que é uma área que me fascina, e sou sócia de empresas que atuam nela, e que trazem não só possibilidades de ino-vação, como de crescimento pros negócios. O pilar prin-cipal é acreditar em você, e em seguida tirar seu sonho do papel. Antes de empreender você precisa escolher um nicho de atuação que tenha a ver com você e estabelecer um propósito para o seu business para servir de bússola. Precisa tá disposta a aprender constantemente e saber que empreender é sempre se colocar em situações des-confortáveis, porque no desconforto surgem as melhores ideias! Seja autêntico, humilde e pense nas PESSOAS em primeiro lugar!VAM: Foi você quem viveu a guerreira Anita na minis-série A Casa das Sete Mulheres dirigida novamente pelo gigante Jayme Monjardim. Você se considera fe-minista? E o que levou para a vida estudando Anita?Vou rodar o Brasil falando sobre empreendedorismo fe-minino! O feminismo é luta diária e constante. Sou muito grata a todas as gerações de mulheres que abriram cami-nho e sofreram tanto, para gente poder estar aqui hoje, protagonizando cada vez mais nossas próprias histórias. Uma frase que amo: “metade do mundo são mulheres, a outra metade lhos delas”. O mundo é feminino. Sou mu-lher e me orgulho disso. Admiro muito as mulheres, suas conquistas e tanta garra. Anita foi uma mulher/persona-gem que me marcou. Conhecer a fundo sua história, sua luta, me fez me jogar de cabeça no projeto. Na época, mer-gulhei em livros e pesquisas e foi muito enriquecedor, fora todo conhecimento e visão que adquiri. 101

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O mundo é feminino. Sou mulher e me orgulho disso. Admiro muito as mulheres, suas conquistas e tanta garra."102

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Um dos maiores valores que sempre passei para os meus filhos, é o respeito. Independentemente de raça, sexualidade, gênero, ensino a empatia e o amor. "104

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VAM: Você viveu um par romântico com Tainá Muller, Clarina, apelido dado carinhosamente pelo público ao casal Clara e Marina, onde milhões de pessoas se viram ali, personagens da novela Em Família. Como a Giovanna mãe ensina seus pequenos sobre a história das pessoas por trás da sigla LGBTQ+? Como falar so-bre preconceito e violência? Um dos maiores valores que sempre passei para os meus lhos, é o respeito. Independentemente de raça, sexuali-dade, gênero, ensino a empatia e o amor. VAM: Falando em maternidade da vida real. O que você aprende com Antonia, Sophia e Pietro? Na verdade, aprendo mais do que ensino e eles me fa-zem rever todos os conceitos que construí ao longo da vida. O que é muito positivo, porque jamais quero estar congelada e quero estar sempre mudando e enxergando novos pontos de vista. E consequentemente evoluindo como ser humano. VAM: Existe um lado ruim em ser mãe?Sim. A preocupação excessiva de como ajudá-los a sobre-viver no ‘planeta selva’! VAM: Glória Pérez escreve personagens para você que impactam o estilo de vida das pessoas. É o caso, no-vamente, com a personagem Helô de Travessia, e isso depois de dez anos de Salve Jorge. Como foi o seu labo-ratório para Travessia? Conte um pouco sobre a pre-paração para essa personagem de sucesso.Voltei lá atrás, olhei aquela Helô e a readaptamos a essa nova Helô. Não somos mais as mesmas pessoas, mas a história que a Glória conta é dela. Helô ganhou novas camadas, agora investiga crimes digitais, me aprofundei nesse tema. Fiz treinamentos para adquirir habilidades em campo. Ela é uma mulher que também me representa e é uma inspiração, uma homenagem a todas essas mu-lheres delegadas, cheias de estilo, personalidade e empo-deramento do nosso Brasil. VAM: Artistas de Hollywood armam que a fama tem um preço. Existe um lado negativo em ser famosa? A exposição é sempre um fator determinante, com o qual temos que lidar. Neste mundo onde a falta de comunica-ção é predominante e as pessoas acreditam no que que-rem, ca ainda mais difícil driblar as fake news. Vivemos na era do show, do espetáculo. O lado bom disso… é que tudo passa…Há mais de 30 anos trabalho nesta prossão, meu olhar está sempre voltado para o positivo da minha carreira. A fama tem esse lugar da invasão, que muitas ve-zes te coloca em situações desagradáveis, e pegando caro-na na Delegada Helô, na era do mundo digital, lidamos o tempo todo com notícias falsas, fofocas mentirosas e mal-dosas. Não tem jeito. Ossos do ofício…VAM: Quais são as 5 curiosidades profundas que gosta-ria que descobríssemos sobre Giovanna Antonelli:Essas guardo pra mim!! Rsrs105

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Com um largo sorriso, Paulo costuma receber os pupilos com quem generosamente compartilha os segredos de sua história de sucesso, conteúdo de um de seus concorridos cursos sobre Licenciamento e Extensão de Marcas. Segredos esses que você, leitor da VAM, também poderá desvendar a seguir.PauloFerreiPaulo possui uma longa trajetória em marke-ting e desenvolvimento de negócios, tendo trabalhado em grandes corporações como IBM, Belkin International, Creata Promotions e CAA--GBG. Liderou diversos projetos de licenciamento com marcas globais, como Walt Disney, Netix, League of Legends e Fórmula 1, gerando mais de R$ 10 bilhões em receita por meio de estratégias de licenciamento. Em escala global, o licenciamento movimenta cerca de US$ 320 bilhões e tem no Bra-sil o seu quinto maior mercado. Essa estratégia ofe-rece oportunidades tanto para marcas nacionais se expandirem internacionalmente quanto para a importação de marcas cobiçadas no país, sendo uma excelente opção para impulsionar carreiras e negócios em qualquer área.Conversamos com o Paulo para saber como ele chegou onde chegou.no merdoMatéria por: VAM BusinessFotos:: Paulo Ferreira - acervo pessoal107VAM

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VAM: Pode nos contar um pouco sobre você e sua trajetória no licenciamento de marcas?Sou um carioca radicado em São Paulo há 42 anos, pai de três lhos, amante da música e da boa gas-tronomia.Meu primeiro contato com o licenciamento de marcas foi em 1991 quando, motivado pela aber-tura do mercado brasileiro às importações, decidi abrir uma rede de lojas focada em brinquedos e produtos esportivos importados, a SPLATZ. Ven-díamos produtos licenciados de algumas grandes marcas, como Disney, Warner, NFL, MLB e NBA en-tre outras. Ou seja, meu primeiro contato foi como lojista, mas imediatamente identiquei a força do licenciamento. Eram os produtos nos quais tínha-mos melhor margem e maior giro.O licenciamento é capaz de transmitir em tempo recorde os valores e atributos de duas marcas, a do licenciador e a do licenciado, e dessa forma satis-fazer a demanda de fãs de todas as idades. Licen-ciamento é uma poderosa estratégia de marketing e branding capaz de gerar ou fortalecer conexão emocional com o consumidor e dessa forma criar mais um ponto de contato para a marca. É contar histórias através de produtos.As lojas foram um empreendimento de muito sucesso. Fomos os primeiros a importar brinque-dos, material esportivo (capacetes de futebol ame-ricano, tacos e bolas de beisebol) e outros produtos até então exclusivos e inéditos no Brasil.Licenciamento é uma poderosa estratégia de marketing e branding capaz de gerar ou fortalecer conexão emocional com o consumidor e dessa forma criar mais um ponto de contato para a marca. É contar histórias através de produtos."108

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VAM: O que fazia antes de se dedicar a essa área?Sempre sonhei em me tornar um grande executivo, participar de grandes negociações no Brasil e no ex-terior, formar e inspirar pessoas. E me sinto muito grato por tudo que alcancei. Sempre me identiquei com a área comercial e ainda na adolescência vendi sabonetes em caixa, de porta em porta, além de an-tenas coletivas para prédios, um produto que mui-tos não conhecem.Construí uma carreira corporativa em grandes empresas multinacionais norte americanas: IBM, Johnson & Johnson e American Express, sempre trabalhando nas áreas de marketing e comercial. São grandes empresas, marcas líderes com as quais aprendi muito. Empresas têm dois importantes pila-res: pessoas e processos. As empresas com as quais trabalhei são craques no que fazem. Têm uma cul-tura e ética inabaláveis e protocolos fundamentais para empresas de quaisquer segmentos e tamanhos.Sempre me identifiquei com a área comercial e ainda na adolescência vendi sabonetes em caixa, de porta em porta, além de antenas coletivas para prédios, um produto que muitos não conhecem."109

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VAM: Qual é o caso de licenciamento de marca mais surpreendente com que já trabalhou?Certamente o Pelé. Além de um atleta de primeiríssima grandeza, e de um talento único, é o maior Embaixador que o Brasil já teve. Jamais o mundo conhecerá um joga-dor de futebol como ele. Pelé foi um predestinado. Nasceu para jogar futebol, não só por seu inigualável talento, mas também por sua compleição física, própria para o esporte. Além disso, apesar do sucesso e da fama, Pelé se manteve extremamente humilde, acessível e tendo consciência da sua importância para aqueles que o admiravam.Em janeiro de 2006, assumi o desao de desenvolver o programa de licenciamento da marca Pelé. Até então, Pelé havia feito publicidade, cinema eTV mas não tinha nenhum produto licenciado com sua marca. Começa-mos literalmente do zero. Desenvolvemos um ambicioso plano e começamos pela criação do style guide da marca com a ajuda de uma renomada agência em Londres. A ideia era adotar uma linguagem universal e ter um ma-terial que fosse capaz de competir com grandes marcas globais.Fizemos o caminho inverso ao nomear duas das prin-cipais agências de licenciamento do mundo para que nos representassem na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia: IMG e Beanstalk. Prospectamos diretamente alguns seg-mentos considerados super estratégicos: o setor imobiliá-rio, produtos esportivos, cinema e games.Em apenas três anos desenvolvemos grandes projetos: a Pelé Station (um grande evento com 4.500m² na Potsdamer Platz em Ber-lim durante a Copa do Mundo de 2006); um contrato glo-bal com a Puma; cinco livros, sendo duas biograas com a Simon & Shuster; um game em parceria com a Ubisoft; um lme live action produzido em Hollywood; um dese-nho animado produzido em Bollywood; uma coleção de moedas comemorativas com a Casa da Moeda da Polô-nia; e um grande empreendimento imobiliário temático em Dubai, numa área de 1 milhão de metros quadrados, e investimento total de US$ 900 milhões.VAM: Você se considera uma pessoa irreverente na forma de trabalhar? Há algum caso em que o licencia-mento de marcas tenha sido utilizado de forma inova-dora ou fora do contexto tradicional? Irreverente não, ousado e arrojado sim. O licenciamento é uma estratégia na qual o único limite é a criatividade. Como executivos, somos avaliados pelos resultados que entregamos, e é preciso correr riscos desde que não ram ou violem valores e protocolos das empresas nas quais ou com as quais trabalhamos. É o que eu chamo de freedom within a framework.Na Walt Disney, sob minha liderança, criamos e desen-volvemos diversos projetos até então inéditos: O primei-ro DTR (contrato feito diretamente com um varejista – C&A); o primeiro ovo de páscoa temático (101 Dálmatas, em parceria com as Lojas Americanas); e o Walt Disney Wholesale, um atacadista focado em produtos Disney para atender prioritariamente ao pequeno varejo. Em todos os casos, os resultados são absolutamente fantás-ticos. São projetos e modalidades que após muitos anos continuam sendo largamente usadas por grandes licen-ciadores e licenciados.O licenciamento é uma estratégia na qual o único limite é a criatividade. Como executivos, somos avaliados pelos resultados que entregamos, e é preciso correr riscos (...)"111

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VAM: Quais foram os principais desaos que precisou enfrentar para se tornar um dos nomes mais respeita-dos internacionalmente como licenciador de marcas?No início, quando assumi a Walt Disney Brasil, o principal desao foi a falta de um mentor, ou de um curso ou treina-mento, tudo isso combinado com o desao de assumir um negócio que há mais de 30 anos era desenvolvido através de um representante. Era o momento de implantar uma nova losoa, denir novos objetivos, treinar, preparar e conscientizar todo um time de funcionários e licenciados para enfrentar um novo momento.Além da ausência de um mentor, enfrentei alguns boi-cotes daqueles que eram resistentes a um novo modelo e que preferiam permanecer em sua zona de conforto. Por mais inacreditável que possa ser, a resistência vinha de todos os lados: colegas, funcionários e licenciados. Mas o respeito sempre vem em razão do resultado alcançado. Nos primeiros três anos duplicamos o tamanho da em-presa (em USD) e levamos a subsidiária brasileira da 11ª à 5ª quinta maior do mundo.Outro grande desao é a necessidade de “aculturar” ou educar os licenciadores internacionais sobre o Brasil, que como todo país tem suas peculiaridades. São questões das mais diversas: cultura, clima, calendário e segmenta-ção do varejo, impostos, preços, câmbio e estilo de vida.VAM: Dentre as marcas que licenciou qual gerou mais satisfação em trabalhar e por quê?Pergunta muito difícil de responder. Cada uma no seu momento tem enorme valor, mas acredito que tenha sido a Walt Disney, por ter sido a primeira, por terem acredita-do no meu trabalho e, também, por toda a magia que en-volve a marca. A Disney é o maior e principal licenciador do mundo. O Walt Disney é considerado o pai do licencia-mento moderno, e a empresa é state of the art em tudo que faz. Um enorme orgulho em ter feito parte dessa empresa e ter colaborado de forma signicativa para o crescimen-to e estruturação da subsidiária brasileira da e Walt Disney Company. Para muitos ainda sou conhecido como o Paulo da Disney, o que para mim é uma alegria, sinal de que todo o esforço não foi em vão.A Disney é o maior e principal licenciador do mundo. O Walt Disney é considerado o pai do licenciamento moderno (...) Para muitos ainda sou conhecido como o Paulo da Disney, o que para mim é uma alegria, sinal de que todo o esforço não foi em vão."112

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VAM: Como um homem que alcançou grande su-cesso em sua carreira prossional e que generosa-mente vem compartilhando seus conhecimentos para os que querem seguir nessa estrada, que con-selhos você tem a dar sobre alcançar o sucesso sem perder de vista o equilíbrio entre carreira e vida pessoal?Em primeiro lugar acho que tenho obrigação de com-partilhar meu conhecimento e experiência e des-sa forma fazer valer tudo que foi feito, assim como ser referência para outras pessoas. Vida corporativa e prossional não é nada fácil. A cada dia se torna mais exigente e mais competitiva.Sempre procurei envolver minha família e meus -lhos nas minhas atividades. Como sempre viajei mui-to, levava meus lhos comigo sempre que possível e depois dos compromissos prossionais e esticávamos por mais alguns dias. Meus lhos sempre frequenta-ram meu escritório e me acompanharam em eventos. Apesar dos inúmeros compromissos, jamais faltei a uma reunião assim como também jamais deixei de ir a alguma festa ou comemoração no colégio das crian-ças. Há muito tempo procuro estabelecer limites mais rígidos. Não aceito reuniões, não respondo e-mails e nem atendo telefonemas após um determinado ho-rário, a não ser no caso de questões efetivamente ur-gentes ou em razão de fuso horário. Também procuro não agendar compromissos prossionais em feriados ou nais de semana. Na minha atividade, aprendi que não há nada que não possa aguardar o dia seguinte. Declinei dois convites para trabalhar no exterior, nos Estados Unidos e em Dubai, porque sendo divorciado me neguei a morar longe dos meus lhos. Não me ar-rependo por um segundo sequer!Nos tempos atuais, um dos maiores desaos que enfrentamos é a manutenção da nossa saúde men-tal, e denitivamente não há saúde mental em dia sem vida pessoal e familiar devidamente estabilizada. Hoje, com lhos adultos, as coisas se inverteram um pouco, mas procuramos manter algumas conquis-tas. Nós nos falamos algumas vezes todos os dias. Continuo compartilhando e envolvendo meus lhos nos meus projetos, mas agora sou eu que frequento o escritório deles e sou convidado para os eventos nos quais eles participam.Depois de erros e acertos, acredito que o maior ini-migo de um executivo de sucesso sejam ele mesmo e sua vaidade. Não há dinheiro ou posição que justique sacrifícios pessoais que comprometam nossa saúde mental ou relacionamento familiar. É uma conta que não fecha e mais dia, menos dia a cobrança chega.Depois de erros e acertos, acredito que o maior inimigo de um executivo de sucesso sejam ele mesmo e sua vaidade. Não há dinheiro ou posição que justifique sacrifícios pessoais que comprometam nossa saúde mental ou relacionamento familiar. "115

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VAM: O que diria a alguém que quer começar uma carreira nesta área?Eu diria pra começar! Rs,rs. Palavras bonitas, pensamentos positivos e sonhos não adiantam de nada se não forem executados e postos em prática. A única alternativa é fazer e, como se diz, “é melhor feito do que perfeito”. Num mundo uído no qual as coi-sas mudam rapidamente, o licenciamento de marcas é uma estratégia capaz de criar modelos de negócios e facilmente adaptável às mudanças que nos são impostas. Além disso é um negócio global que cresce sistematicamente há mais de 30 anos, largamen-te usado por empresas, varejistas, indústrias e prestadores de serviço. O licenciamento está disponível para prossionais com qualquer formação, assim como para empre-sas de quaisquer tamanhos e segmentos. Grandes empresas como Walt Disney, War-ner Bros, Netix, Nestlé, Louis Vuitton, Gucci, Nike, Puma, Adidas, Microsoft, Osklen, RCHLO, C&A, Renner, Caterpillar, Harley Davidson, Johnson & Johnson, McDonald’s, Mattel e centenas de outras já se valem do licenciamento de marcas como estratégia de marketing e branding.Em última análise, somente através do conhecimento podemos identicar e desen-volver novas oportunidades de negócios ou ainda alavancar nossas carreiras. Sendo assim, por que não conhecer o licenciamento de marcas? Assim como outras ativida-des, o licenciamento tem-se renovado e precisa se reinventar a cada dia para acompa-nhar os demais segmentos da economia. Nesse sentido, precisamos de novas cabeças, novos prossionais e executivos que possam fazer com que essa estratégia continue crescendo e sendo parte do dia a dia de empresas e consumidores.Quando assumi a Walt Disney eu não tinha nenhuma experiência anterior na indús-tria do licenciamento, mas rapidamente me identiquei com o negócio pelas oportu-nidades de crescimento, pelo dinamismo e por poder criar oportunidades em inúme-ros segmentos da economia.O licenciamento tem-se renovado e precisa se reinventar a cada dia para acompanhar os demais segmentos da economia. Nesse sentido, precisamos de novas cabeças, novos profissionais e executivos (...)"116

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A foto mostra um Cartier Santos-Dumont, o primeiro relógio de pulso para homens. Idealizado em 1904 pela lendária Maison Cartier e relançado em 2019, esse íco-ne da alta relojoaria remonta ao nascimento da aviação.Este modelo homenageia Alberto Santos-Dumont, autor de uma façanha sem precedentes: no dia 4 de novembro de 1901, foi o primeiro aviador a contornar a Torre Eiel par-tindo do Parc Saint Cloud e voltando ao ponto de origem.Estava em jogo uma recompensa de 100.000 francos. O empresário francês Henri Deutsch de la Meurthe outor-garia o prêmio ao primeiro aviador capaz de completar o circuito, sem tocar o solo, em 30 minutos ou menos. A bor-do de seu dirigível número 6, Santos-Dumont cobriu a pri-meira etapa do percurso em apenas nove minutos. Tendo contornado a torre, uma pane de motor que quase lhe cus-tou a vida o obrigou a desacelerar. Ainda assim, conseguiu voltar ao ponto de partida e pousar em segurança, com 30 segundos de sobra. Contudo, na amarração do dirigível já em solo, perdeu um minuto mais. Aplicando friamente o regulamento, e diante do peque-no, porém óbvio, atraso, a comissão julgadora negou-se a adjudicar o prêmio. O público e os jornalistas presentes irromperam em um veemente processo. O próprio Henri Deutsch, que já testemunhara outras tentativas frustradas de Santos-Dumont estava exultante ao nalmente vê-lo completar o voo com sucesso. Sob toda essa pressão, e com a anuência de Deutsch, os juízes nalmente cederam e ou-torgaram ao aviador brasileiro, em nome do Aeroclube de Paris, o Prêmio Deutsch.Anos depois, em um evento social, Santos-Dumont tra-vou contato com Louis Cartier, o lendário joalheiro, de quem se tornaria grande amigo. Não tardou para que a conversa girasse em torno dos desaos enfrentados pelo aviador durante o memorável voo. Intrigado, Louis quis sa-ber se Alberto não percebera que o tempo estava-se esgo-tando, ao que este lhe respondeu que embora suspeitasse não tinha como tirar as mãos dos controles para sacar da algibeira o seu relógio. Se ao menos ele tivesse um terceiro braço! Louis, então, prometeu a Alberto que ele não volta-ria a enfrentar aquele problema. Pouco depois, em 1904, presenteou o novo amigo com um relógio de sua fabrica-ção, para usar no pulso. Montado em um case robusto, com mostrador de fácil leitura, o relógio era o acessório perfeito para um aeronau-ta em voo. Presa por parafusos visíveis, a moldura quadra-da fazia a referência ao pilotis da Torre Eiel, e os numerais romanos inclinados sugeriam o traçado urbano radial e moderno das avenidas de Paris. O resto da história já se conhece. O modelo Santos em pouco tempo se tornou um grande sucesso comercial. Mais de um século depois de seu lançamento continua sendo o campeão de vendas da Maison Cartier, cobiçado por homens e mulheres. Há um ano agreguei à minha pe-quena coleção um Cartier Santos-Dumont, presente de mi-nha esposa por ocasião de meu aniversário. Eu o tenho ao pulso com frequência e grande orgulho, como um lembrete de que as soluções mais simples costumam ser também as mais elegantes. Alberto Santos-Dumont é considerado, não só por mim, como o mais extraordinário dos brasileiros. Em 1906, ape-nas cinco anos depois de arrebatar o Prêmio Deutsch, o pioneiro voaria em um objeto mais pesado que o ar, nova-mente em Paris.Considerado na Europa e no Brasil como o verdadeiro inventor do avião, Santos-Dumont foi também um visio-nário que previu o uso de aeronaves para ns comerciais e a construção de aeroportos. Vaticinou que os aviões se tornariam grandes máquinas voadoras capazes de trans-portar centenas de passageiros e toneladas de carga. Ao mesmo tempo pressentia que seu invento viria a ser usado como elemento de guerra e destruição, o que veio a cons-tatar duas décadas depois. Talvez por essa razão, Alberto Santos-Dumont pôs m à própria vida, de maneira trágica, em 1932, aos 59 anos. Coincidentemente a mesma idade que eu comemorei, no ano passado, com o lendário relógio que hoje leva seu nome. no merdoMatéria por: Ewandro Magalhães Foto: Acervo pessoal Qudo o tempovoa118VAM

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EDITORIAL NYCFotos: Richard Machado Produção executiva: Anna Guirro Editor chefe: Antonnio ItalianoEstilo: Glauro SimõesBeleza: Sylvia Dimaki Modelo: Amira Pinheiro - Way ModelAssistente de foto: Seam M120

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Fotos: Richard Machado  Produção executiva: Anna Guirro  Editor chefe: Antonnio Italiano  Estilo: Glauro Simões Beleza: Sylvia Dimaki  Modelo: Amira Pinheiro - Way Model  Assistente de foto: Seam M123

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Fotos: Richard Machado  Produção executiva: Anna Guirro  Editor chefe: Antonnio Italiano  Estilo: Glauro Simões Beleza: Sylvia Dimaki  Modelo: Amira Pinheiro - Way Model  Assistente de foto: Seam M125

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Fotos: Richard Machado  Produção executiva: Anna Guirro  Editor chefe: Antonnio Italiano  Estilo: Glauro Simões Beleza: Sylvia Dimaki  Modelo: Amira Pinheiro - Way Model  Assistente de foto: Seam M127

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Suel da Paz, oGoto Floridotnsformdo o cenário obal comcriatividade,inclusão esustentilidadeMatéria por: VAM PersonaFotos: Garoto Floridopotência criativa128VAM

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Conheçam Samuel da Paz, também conhecido como Garoto Florido, um talentoso artista do marketing e empreendedor criativo que está deixando sua marca no cenário nacional e inter-nacional. Com mais de uma década de experiência em publicidade e projetos culturais, Samuel tem se destacado por sua abordagem inovadora e seu compromisso com a representatividade e inclusão.Como fundador da iD Prod 011, uma produto-ra criativa que busca quebrar estereótipos e pro-mover a diversidade na indústria, Samuel tem li-derado projetos e campanhas globais de sucesso. Ele colaborou com gigantes como a Nike em Paris, participou do Je M'appelle Brasil, uma iniciativa que levou a cultura brasileira para o cenário da moda em Paris, e desempenhou um papel vital na primeira djset de Heron Preston.Além de suas realizações prossionais, Samuel é um defensor apaixonado pela cultura brasileira e pela sustentabilidade. Ele reconhece os desaos que o Brasil enfrenta, mas também vê oportuni-dades de crescimento e reconhecimento global de projetos culturais brasileiros. Samuel acredita na importância de unir-se a outros líderes do mercado nacional de streetwe-ar para mostrar ao mundo o potencial criativo do Brasil. Ele se inspira em guras inuentes como Jay-Z, Virgil Abloh, Mano Brown, BK, Julie Adenu-ga, Steve Stoute, Heron Preston e Kerby Jean-Ray-mond.Nesta edição digital trilíngue e impressa de se-tembro da VAM Magazine, mergulhe mais fundo na jornada inspiradora de Samuel, suas perspecti-vas sobre o mercado, cultura e sustentabilidade no Brasil e no exterior, e como ele está contribuindo para moldar o futuro criativo do país129

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VAM: Samuel, por gentileza, como gostaria de ser apresentado? Se apresente para a VAM Magazine?E aí pessoal, meu nome é Samuel, também conhecido como Garoto Florido na internet. Me considero um artista do marketing, conectando marcas e pessoas em projetos criativos e iniciativas de moda, isso que tenho feito atualmente.VAM: Garoto Florido, você é um artista do marke-ting e a mente por trás da produtora criativa ID Prod 011. Quais as conquistas e diculdades que enfrenta por ser um homem negro?Tenho me permitido seguir os meus sonhos lapidan-do diariamente minhas habilidades e evoluindo para inspirar outras pessoas. No entanto, as diculdades também são presentes, como enfrentar estereótipos e preconceitos enraizados na sociedade. A minha luta é por mais representatividade e inclusão para criar um ambiente mais igualitário e justo para todos.A maior parte do mercado tenta colocar as pessoas negras como eu em caixinhas, isso me incomoda. As diculdades são múltiplas, mas a principal e mais an-tiga continua sendo pessoas e estruturas silenciosa-mente racistas, que é um atraso pra tudo que estamos tentando construir. VAM: Há cerca de 10 anos trabalha com publici-dade e, hoje, tem-se focado em projetos culturais. Quantos projetos e campanhas globais têm nessa jornada? Participei de diversas iniciativas nacionais que servi-ram de base, mas globalmente colaborei em campa-nhas com a Nike, em Paris, o Je m'appelle Brasil e como relações públicas pra primeira djset no Heron Preston.130

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As dificuldades são múltiplas, mas a principal e mais antiga continua sendo pessoas e estruturas silenciosamente racistas, que é um atraso pra tudo que estamos tentando construir. "131

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Participar do Je m'appelle Brasil em Paris foi uma verdadeira jornada de transformação, uma chave mágica que virou e abriu portas para um mundo de possibilidades reais e inspiradoras."132

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VAM: Je m'appelle Brasil é a colaboração inédita de 6 marcas brasileiras, que inauguram um showroom em Paris durante a semana de moda da cidade. Foram 3 dias de ativação trazendo uma experiência sobre a cena, envolvendo moda e música. Como isso tem mu-dado a sua vida? Como chegou até esse movimento? Participar do Je m'appelle Brasil em Paris foi uma verda-deira jornada de transformação, uma chave mágica que virou e abriu portas para um mundo de possibilidades re-ais e inspiradoras.Essa imersão na cultura parisiense abriu minha men-te para a magia da diversidade e da interação cultural, mostrando que a expressão artística não tem limites ge-ográcos quando se está em uma comunidade criativa global. Isso só é possível pela soma do amor com a von-tade de fazer.VAM: E qual a importância dessa união de grandes players do mercado nacional de streetwear?Trago à memória um provérbio africano: "Se quer ir mais rápido, vá sozinho. Se quiser ir mais longe, vá em grupo." A importância é mostrar o potencial criativo do país ao mun-do, saindo das caixinhas que o próprio mundo nos coloca. VAM: Samuel, em quem se inspira? Me inspiro em diversos artistas que têm impactado posi-tivamente a cena cultural e criativa, tanto no Brasil quan-to no mundo. Impossível não os citar: Jay-Z, Virgil Abloh, Mano Brown, BK, Julie Adenuga, Steve Stoute, Heron Preston, Kerby Jean-Raymond, etc…VAM: Samuel, como percebe o incentivo a cultura, e a sustentabilidade no Brasil? E lá fora? No Brasil, o incentivo à cultura é diversicado, com apoio governamental, iniciativas privadas e o trabalho incansá-vel de artistas e criativos, mas ainda pequeno pensando no tamanho da nossa cultura.Quanto à sustentabilidade, acredito que ainda há mui-to a ser feito para promover práticas mais conscientes no país, pois temos problemas que chegam antes da vida do brasileiro, como a desigualdade e falta de informação. No exterior é o inverso, a desigualdade é menor e o incentivo à cultura é maior.Acredito que a visibilidade de projetos culturais brasi-leiros pode ser uma oportunidade para ampliar o incenti-vo à cultura e promover a conscientização sobre questões de sustentabilidade em uma escala global.VAM: Recentemente você foi selecionado para a MOOC 100 - a maior lista de criativos negros emer-gentes do Brasil, na categoria Gestão e Liderança. Por que acredita ter sido escolhido? E por que o mundo precisa falar mais de projetos culturais do Brasil que acontecem lá fora?A MOOC 100 foi um marco, uma iniciativa que precisa acontecer mais. Estar ao lado dos meus iguais pra mim é motivo de grande inspiração. Como guia, eu tenho me comprometido e dedicado à cena cultural, buscando am-pliar o alcance e contar novas histórias. É essencial que o mundo conheça mais sobre os projetos culturais brasileiros que acontecem no exterior, pois isso fortalece a identidade do país e cria conexões com outras culturas, enriquecendo a diversidade artística global.Acredito que a visibilidade de projetos culturais brasileiros pode ser uma oportunidade para ampliar o incentivo à cultura e promover a conscientização sobre questões de sustentabilidade em uma escala global."133

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Mantendo suas tradições culturais brasileiras vivas mesmo morando e trabalhando em Bruxelas, a belíssima modelo e multi-tasking Flávia Millen nos conta como esse mix cultural a mantém feliz e criativa no dia a dia familiar e profissional.Flávia MillenEntre a bsilidade e a Eopa, a jornada de influência e tepotência criativaMatéria por: VAM LifestyleFotos: Flávia Millen - acervo pessoal Veja a Versace134VAM

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Nesta matéria exclusiva, mergulha-mos no fascinante mundo de Flávia Millen, uma inuenciadora que mantém vivas suas tradições culturais brasilei-ras, mesmo residindo e trabalhando na cosmopolita Bruxelas. Flávia nos revela como essa combinação única de cultu-ras a inspira, tanto em sua vida familiar quanto em sua carreira multifacetada.Flávia Millen iniciou sua carreira como inuenciadora de maneira autên-tica, compartilhando sua paixão pela arte e moda em São Paulo. Sua aborda-gem original atraiu a atenção de marcas de moda e beleza, impulsionando-a para o cenário internacional. Recentemen-te, ela foi destaque em uma renomada revista de moda e comportamento de Bruxelas, destacando sua sensualidade e feminilidade como mulher brasileira vivendo na Europa.Além de sua inuência nas redes so-ciais, Flávia também é uma art advisor apaixonada, promovendo artistas lati-no-americanos na cena artística euro-peia. Nesta entrevista, ela compartilha suas experiências como expatriada, aborda os desaos culturais e nos revela como equilibra sua vida entre duas cul-turas distintas.A pandemia da COVID-19 trouxe de-saos inesperados, mas Flávia Millen adaptou-se rapidamente, mantendo sua relevância no mercado europeu. Sua tra-jetória como inuenciadora e art advi-sor se complementam de maneira única, promovendo tanto sua própria imagem quanto a riqueza da cultura brasileira.Com planos de continuar a fortalecer a ponte entre Brasil e Europa, Flávia Mil-len nos leva em uma jornada por suas paixões e aspirações, revelando um futu-ro promissor e cheio de oportunidades. Acompanhe essa história inspiradora de uma mulher forte e inspiradora, que traz um toque tropical europeu para o mun-do da inuência e da arte.135

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Como expatriada sempre procuro me adaptar a cultura do País que me recebeu, mas procuro também preservar aspectos da cultura brasileira, como a maneira descontraída de encarar a vida e a relação com o corpo e a sensualidade (...)"Look: SpiritBolsa: Akra CollectionSandálias: Casadei Óculos: D&G136

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Aos poucos, percebi que também podia compartilhar meu estilo pessoal, combinando looks com as obras de arte, e isso chamou a atenção de marcas de moda e beleza, e assim minha carreira como influenciadora começou a decolar."VAM: Boa tarde, Flavia! É um prazer tê-la aqui co-nosco para essa entrevista. Para começar, gostarí-amos de saber um pouco mais sobre a sua trajetó-ria. Você poderia nos contar como foi o início da sua carreira como inuenciadora?Boa tarde! Estou muito feliz em estar aqui! Obrigada pelo convite e pela oportunidade de compartilhar minha trajetória com vocês. Tudo começou quando eu estudei comunicação na FAAP em São Paulo e, posteriormente, z uma especialização em arte. Em 2012, abri minha conta no Instagram com o propósito inicial de falar sobre arte, mostrar o cenário artístico em São Paulo. Mas aos poucos, percebi que também podia compartilhar meu estilo pessoal, combinando looks com as obras de arte, e isso chamou a atenção de marcas de moda e beleza, e assim minha carreira como inuenciadora começou a decolar.VAM: Que interessante! Realmente, sua aborda-gem autêntica e criativa foi uma porta de entrada para o mundo da moda e beleza. Recentemente você foi destaque em uma famosa revista de moda e comportamento em Bruxelas, numa matéria que fala da sensualidade e feminilidade da mulher brasileira. Pode nos falar mais de seus trabalhos como modelo?Sim, foi um shooting #brazilcore acompanhado por uma matéria relatando a minha trajetória prossional e como eu traduzo, no meu estilo pessoal, essa mistu-ra entre Brasil e Europa, fazendo minha comunidade viajar entre a arte, moda e beleza dos dois continentes. Eu quei muito feliz com esse reconhecimento! Nesse caso especíco foi mais um shooting de personalidade do que como modelo. Mas é verdade que depois que eu me mudei pra Europa, comecei a ser procurada por marcas para jobs como modelo e eu adorei esse novo desao. Como inuencer a gente fotografa o tempo todo e acaba aprendendo como se posicionar na luz, os melhores ângulos, poses, então foi natural e diver-tido começar a fotografar para campanhas de marcas.VAM: Como uma mulher brasileira vivendo em Bruxelas, poderia nos contar sobre essa experiên-cia de ser expatriada? Como você lidou com os de-saos culturais ao viver em um país estrangeiro?Sim, primeiro morei em Marseille na França, e depois nos mudamos para Bruxelas o que tem sido uma ex-periência única e enriquecedora. Os desaos cultu-rais foram presentes no início, mas aos poucos fui me adaptando à nova cultura, idioma e estilo de vida.VAM: E como se adaptou a esta nova cultura tão distinta da Brasileira?Mantendo as minhas raízes culturais brasileiras vi-vas, mesmo estando em outro país. Como expatriada sempre procuro me adaptar a cultura do País que me recebeu, mas procuro também preservar aspectos da cultura brasileira, como a maneira descontraída de encarar a vida e a relação com o corpo e a sensualida-de, que são tão marcantes para nós brasileiros.137

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VAM: É admirável como você consegue equilibrar suas origens culturais com a vida em Bruxelas. Sua presença nas redes sociais, trazendo um toque “tropical europeu”, é notável. Mudando um pouco o foco, você mencionou seu relacionamento com seu marido francês. Como isso inuenciou suas decisões de ser uma expatriada e viver em diferen-tes países?Meu relacionamento com meu marido francês foi um fator importante na decisão de me mudar para a Eu-ropa. Nos casamos no Brasil, mas quando ele precisou voltar para a França por questões prossionais, deci-dimos experimentar um relacionamento a distância. Mantivemo-nos assim por um ano, mas percebemos que queríamos mesmo era carmos juntos e morar em um país só, além disso tínhamos nossa pequena lha que cou comigo no Brasil, sentia falta do pai. Foi uma decisão conjunta, e Bruxelas se tornou nossa casa, depois de passarmos um pequeno período em Marseille. Ainda assim, procuramos manter essa co-nexão entre as culturas brasileira e europeia em nossa vida familiar.VAM: É muito bonito ver como vocês lidaram com as mudanças e criaram essa conexão cultural na vida de vocês. Logo depois que se mudaram che-gou a pandemia de COVID-19, como isso impactou a carreira de Flavia Millen na Europa?Todo o mundo cou impactado, sem rumo e com o connamento e as restrições, a situação cou mais difícil, inclusive para as empresas que também ca-ram sem saber como prosseguir no início. Mas, após a reabertura, reativei parcerias com marcas europeias e brasileiras presentes na Europa e tive um bom acolhi-mento de meu conteúdo, ganhando uma rapidamente relevância no mercado.VAM: Agora, falando um pouco mais sobre sua carreira como inuenciadora e art advisor, como você enxerga a relação entre essas duas atividades em sua vida? Como elas se complementam?Ser inuenciadora e art advisor são duas coisas que se integram de uma forma muito interessante na minha vida. As redes sociais, como Instagram e Pinterest, são meu principal meio de comunicação com o público e, ao mesmo tempo, uma plataforma para promover a arte e a cultura brasileira na Europa e vice-versa. Eu posso compartilhar meu trabalho como art advisor, mostrar artistas latino-americanos e suas obras, e isso acaba trazendo mais exposição para esse mundo ar-tístico que tanto amo.As redes sociais, como Instagram e Pinterest, são meu principal meio de comunicação com o público e, ao mesmo tempo, uma plataforma para promover a arte e a cultura brasileira na Europa e vice-versa."Look: PucciBolsa: Akra Collection138

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Bolsa: Fendi139

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VAM: Por m, Flavia, quais são seus planos como in-uenciadora e art advisor? Pretende continuar em Bruxelas ou tem planos de explorar novos países?Meus planos são continuar me dedicando às minhas redes sociais e meu trabalho como inuenciadora, sempre mantendo essa conexão entre Brasil e Europa. Quanto ao trabalho como art advisor, pretendo con-tinuar ajudando clientes a adquirirem obras de arte e promovendo artistas latino-americanos aqui na Euro-pa. Quem sabe o futuro nos reserve novas oportunida-des em outros países, mas por enquanto, estou muito feliz aqui em Bruxelas.VAM: Que sugestão daria a alguém que queira visi-tar Bruxelas? Voce tem seu spot preferido?Existem lugares imperdíveis para uma primeira visita como a Grand Place, o Palácio Real, o Museu Magrit-te, Bozar, a boulevard de Waterloo para compras e a fundação Villa Empain que é meu spot preferido! Além de um super circuito de galerias de arte, antiquários e excelentes restaurantes; todos os nomes e detalhes estão no meu Instagram e Pinterest para quem quiser conferir mais.VAM: Com certeza o futuro reserva grandes coisas para você! Agradecemos imensamente por com-partilhar sua história conosco, Flavia. Sua história é de uma mulher forte e inspiradora. Desejamos muito sucesso em sua carreira e vida pessoal!Muito obrigada! Foi um prazer enorme! Agradeço pelo espaço e pela oportunidade de compartilhar um pouco da minha vida com vocês. Estou sempre aber-ta para novas aventuras e desaos, e muito animada com o que o futuro me reserva. Obrigada novamente!Quanto ao trabalho como art advisor, pretendo continuar ajudando clientes a adquirirem obras de arte e promovendo artistas latino-americanos aqui na Europa."Vestido: DVF SS23Blaser: Hugo BossBolsa: ValentinoSapatos: SomosAlme 140

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AGUADECOCO.COM.BR

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quiteta & bismoCasa Trumalina  Local: Itu (SP), Condomínio Fazenda Vila Real  Ano: 2022  Metragem: 1.400m  Fotos: Igor Oliveira  Paisagismo: Alex Hanazaki142VAM

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TulioXenofonteCom mais de vinte anos de expe-riência em Arquitetura e Inte-riores, participação na Casacor São Paulo por três anos consecutivos e projetos executados no Brasil e em diversos países, ele é a alma da “Tulio Xenofonte Arquitetos”. Nos conta os segredos de sua carreira de sucessoMatéria por: VAM Lifestyle Foto: Tulio Xenofonte - acervo pessoal143

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VAM: Identidade e a sosticação caminham juntas. Túlio, como mantém a sua assinatura em projetos personalizados de A a Z?Sou "rato de escritório", como a gente costuma falar, desde 1998. Com o tempo e a experiência eu fui enten-dendo o meu nicho, que são os projetos residenciais personalizados de alto padrão. Basicamente podemos dividir em dois pers os escritórios de arquitetura: os autorais e os personalizados. Os autorais denem uma identidade visual para os projetos e criam um "produ-to", que o cliente que se identica com essa identidade compra e recebe uma adaptação daquilo para a sua re-alidade (terreno, apartamento, casa..). O escritório que desenvolve projetos personalizados usa da sua baga-gem e expertise para orientar o cliente na criação do seu sonho, totalmente voltado para o seu uso, os seus gostos e necessidades. Dessa forma a minha assinatura está na experiência que eu proporciono para todos os meus clientes ao desenvolver um projeto único.Não existe certo nem errado. O cliente não deve se sentir oprimido ou incomodado por escolher entre um ou outro processo. O que eu sempre procuro deixar cla-ro é que o cliente deve procurar entender bem como funcionam os dois pers de trabalho, para saber com qual ele se identica mais; pois já presenciei diversos casos de clientes que acreditavam somente ser possível trabalhar com escritórios autorais para projetos de alto padrão, e acabaram cando extremamente incomoda-dos com o desenvolvimento do processo autoral.VAM: Há vinte e cinco anos o seu nome é circulado e reconhecido não só em São Paulo, mas no Bra-sil e no Globo. O que acredita ser o seu diferencial como marca, escritório e criação?O desenvolvimento da minha criação personalizada para cada cliente fez com que eu adquirisse ao longo dos anos um processo extremamente empático e sen-sível, criando uma verdadeira relação de amizade aci-ma de tudo com os clientes, com muita transparência e respeito. Dessa forma as relações perduram, não só de amizade, como também com os projetos que vão se seguindo, o que me deixa muito orgulhoso e feliz, não só pelo que eu já disse, mas também pela oportu-nidade de poder vivenciar ao longo dos anos o uso dos ambientes que eu projeto, podendo assim aprimorar cada vez mais o meu trabalho.Com o tempo e a experiência, eu fui entendendo o meu nicho que são os projetos residenciais personalizados de alto padrão. (...) minha assinatura está na experiência que eu proporciono para todos os meus clientes ao desenvolver um projeto único."144

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Apartamento VNC  Local: Vila Nova Conceiçao (SP)  Ano: 2108  Metragem: Triplex 210m  Fotos: Lufe Gomes  Fotos: Mauricio Prada145

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Casa de Angra  Local: Angra dos Reis (RJ)  Ano: 2019  Metragem: 2.000m  Fotos: Denilson Machado147

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Casa de Angra  Local: Angra dos Reis (RJ)  Ano: 2019  Metragem: 2.000m  Fotos: Denilson Machado148

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VAM: E como a sua carreira começou?Eu era estagiário em um importante escritório de urbanismo no Rio de Janeiro. Meu primeiro estágio e eu já estava super realizado, pois era um escritó-rio desses dos sonhos, com vários projetos premia-dos e todo mundo queria estagiar e trabalhar lá. Depois de um ano vivenciando o urbanismo nesse Templo, recebi não um convite, mas uma ordem (rs) da minha madrinha para fazer o projeto do apartamento que ela havia comprado no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro, para morar com a sua família. Tentei, em vão, explicar que eu nunca ha-via trabalhado com interiores, muito menos havia aprendido algo sobre isso na faculdade, e ela não aceitou. Então fui com tudo e me surpreendi muito com o resultado nal. Ela e a família também ca-ram muito satisfeitos e assim veio a indicação para um novo projeto, de um amigo deles. Quando eu vi, já estava quase nalizando o meu segundo pro-jeto de reforma e interiores residencial com êxito. Então achei importante mudar do urbanismo para um escritório de arquitetura residencial, pois eu estava completamente apaixonado por tudo o que eu estava vivenciando.Em paralelo aos escritórios onde estagiei e tra-balhei sempre fui atendendo os meus clientes particulares, e logo vieram os clientes de Angra dos Reis, onde por 22 anos trabalhei em grandes reformas e projetos de casas do zero para a mes-ma família. Mesmo com a minha mudança para São Paulo em 2005 eu não deixei de atendê-los e tenho lá uma grande e importante mostra do meu trabalho.Em São Paulo eu escrevi os mais importantes capítulos da minha história. Depois de trabalhar em dois importantes escritórios de projetos resi-denciais da cidade, em 2009 eu montei o meu pri-meiro escritório de arquitetura com um sócio, que foi até 2013; quando desz a sociedade e iniciei uma nova trajetória com um outro sócio. Foram mais sete anos de sociedade, e desde 2021 o Tulio Xenofonte Arquitetos me tem como sócio diretor, além de uma equipe de mais sete prossionais.Apartamento Jardins  Local: Jardins (SP)  Ano: 2108  Metragem: 320m  Fotos: Rafael Renzo150

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Tentei, em vão, explicar que eu nunca havia trabalhado com interiores, muito menos havia aprendido algo sobre isso na faculdade, e ela não aceitou. Então fui com tudo e me surpreendi muito com o resultado."VAM: Tulio, agendamento de reunião, pré-brieng, orçamen-tos, contrato, projeto e obra. Tudo é padrão para a execução e fugir de erros. Qual o erro mais cometido por Arquitetos que os seus clientes apontam quando chegam até o seu escritório?O maior erro que eu vejo hoje no processo é não haver a divisão entre projeto, administração de obra e execução de obra. São três atividades grandes, importantes e sucientemente complexas para serem executadas pela mesma empresa. O cliente, se realmente quer embarcar em uma experiência prossional, de alto padrão, com prazo denido e custo controlado, ele deve contratar um es-critório de arquitetura para desenvolver e cuidar de tudo relativo a projeto e orçamentos (pois estão diretamente ligados). Depois ele deve contratar um gerenciador, que vai trabalhar como um "cliente prossional", cuidando diretamente do cronograma, contratações e negociações, e da qualidade da execução dos serviços. E a contra-tação de uma boa construtora para a execução da obra vai ser feita da mesma forma que a contratação de todas as outras empresas envolvidas, cada uma com o seu escopo e os seus compromissos e prazos, tudo gerenciado e auditado pelo gerenciador.151

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Casa Trumalina  Local: Itu (SP), Condomínio Fazenda Vila Real  Ano: 2022  Metragem: 1.400m  Fotos: Igor Oliveira  Paisagismo: Alex Hanazaki153

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VAM: Qual a sua fonte de inspiração para os Inte-riores? E como acontecem os laboratórios para que você se aprofunde a realizar os sonhos daque-le(s) cliente(s) especíco(s)?A minha fonte de inspiração sempre vai ser o clien-te… a vida dele e os sonhos que ele compartilha co-migo. Dessa forma, automaticamente a minha men-te começa a acessar as "gavetas" de todas as minhas viagens, das minhas experiências, dos meus estudos, e me guia também sempre para o Novo. Agora mesmo fui desaado a criar um restaurante italiano em São Paulo, que tem centenas deles já. Estou embarcando para uma viagem de um mês pela Itália e voltarei cer-tamente com um bom material para esse desao.Da mesma forma, há pouco tempo eu me aventurei pela Grécia para projetar uma casa na Ilha de Ante-paros, que esse ano inicia a construção. E fora tantos outros desaos aqui no Brasil e em outros lugares do mundo, que não faltam histórias para te contar.VAM: Xenofonte, arquitetura verde ou eco arquitetura é a forma mais sustentável de otimizar recursos natu-rais, ou seja, gerar menos impacto no meio ambiente. Descreva como isso tudo atrai para os clientes e como acontece esse movimento na sua empresa?Não tem mais como fecharmos os olhos para um mun-do com menos impacto ambiental e mais sustentável. O arquiteto tem o dever de mostrar os melhores caminhos nessa direção dentro de cada projeto. Nós no escritório estamos sempre buscando o que há de mais atual em pro-dutos e técnicas dentro da nossa área para a especicação dos materiais que compõem os projetos, fora a nossa aná-lise projetual, sempre atenta ao reuso e a ressignicação.VAM: E para nalizar, pensando na sua expertise e dezenas de projetos assinados, como celebra o seu sucesso prossional e pessoal, Tulio? O que deixa de ensino para novos prossionais?Como eu disse anteriormente, a minha grande realização está em ver os clientes satisfeitos e seguir com a amizade e carinho nessas relações, frequentando as casas e com-partilhando a vida com eles. E ca a minha visão para os meus colegas: invistam na busca constante de referências e novidades dentro do que cada um vê como o melhor para o desenvolvimento do seu trabalho, e invistam tam-bém em relações transparentes sobre o que é importante realmente para cada um.Não tem mais como fecharmos os olhos para um mundo com menos impacto ambiental e mais sustentável. O arquiteto tem o dever de mostrar os melhores caminhos nessa direção dentro de cada projeto."154

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Casa Trumalina  Local: Itu (SP), Condomínio Fazenda Vila Real  Ano: 2022  Metragem: 1.400m  Fotos: Igor Oliveira  Paisagismo: Alex Hanazaki155

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Explondo os enntos de Hollywood e da CalifórniaUma conversa exclusiva com Mônica Palomares, a Guia da CalifórniaQuando você pensa Hollywood, o que vem na sua men-te? Disney? Sucessos do Oscar? Paisagens, monta-nhas e praias? Ou deserto e Coachella? Lá, onde os astros da arte existem e as maiores produções Hollywoodianas acontecem, temos histórias de vidas incríveis como a de Mônica Palomares, muito conhecida nas redes e na vida prossional como a Guia Califórnia.bsileiros pelo mdoMatéria por: VAM LifestyleFotos: Mônica Palomares - acervo pessoalMaísaSabrina Sato156VAM

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A brasiliense começou lá atrás, quando se mudou para os Estados Unidos em 1988. Começou trabalhando como assessora/babá de celebridades, cuidou das lhas da atriz vencedora de três Oscars, Meryl Streep, e hoje é queridinha absoluta de celebridades e blogueiras brasileiras que visi-tam a Califórnia.Antes de se especializar em fotos e "tours VIP" para os chiques e famosos brasileiros que vão aos EUA, Mônica tra-balhou como baby sitter (babá, em bom português) de es-trelas hollywoodianas, e estudou cinema. Em seu currículo estão 15 anos colaborando para estúdios como Universal, Warner Bros. e Disney.Hoje, a sorridente proprietária do Guia Califórnia e do Photo Califórnia, caiu nas graças de Anitta, Bruna Marque-zine, Ivete Sangalo, Larissa Manoela, Sabrina Sato, Xuxa, Maísa e Fabiana Karla, entre outras celebridades. Conheça a história de Mônica Palomares na VAM Magazine.Luciana Giménez e Lucas Jagger Fabiana KarlaAnitta157

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VAM: Como você foi parar no ramo de turismo com ce-lebridades?Trabalhar com turismo na verdade começou com a famí-lia e amigos que vinham me visitar. Um dia recebi uma li-gação de uma agência me pedindo um tour para os clien-tes deles e pensei: wow, que legal eu posso fazer uma coisa que amo e ainda ganhar por isso. Que sorte a minha, não é? Sou grata todos os dias por ter tido essa sorte. E sei o quanto é importante fazer o que você ama todos os dias. E em relação às celebridades, um vai passando o meu con-tato para os outros e assim vai…VAM: Mônica, você saiu do Brasil em 1998 para os Es-tados Unidos. Qual a saudade do Brasil?A saudade sempre foi grande, tentava voltar o máximo que podia. Mas a minha família logo veio para LA e ca-ram por um bom tempo. Eles foram embora de vez em 1996. Que foi bem difícil para mim, mas eu sempre rece-bia a minha mãe aqui em casa. Em relação ao Brasil eu quando chego no aeroporto de SP vou direto comer pão de queijo e tomar um cafezinho antes de embarcar para Brasília. Às vezes a cabeça dá um nó quando escuto por-tuguês por todos os lados. Mas logo me acostumo e entro no nosso ritmo.VAM: Foi por muito tempo babá das lhas da atriz ven-cedora de três Oscars – e hoje é queridinha absoluta de celebridades e blogueiras brasileiras que visitam a Califórnia. De quais artistas estamos falando, Môni-ca? E como tudo isso começou?Sim, fui babá nos meus primeiros 5 anos. Trabalhei para várias celebridades e para pessoas ligadas ao mundo do entretenimento. Mas o que me marcou para sempre foi trabalhar para a Meryl Streep. Trabalhei para ela nos -nais de semana. Foi incrível trabalhar com ela (ou lhos). Só de estar ao seu lado eu sentia a energia e a leveza que ela levava a vida. Jamais irei esquecer. Trabalhei para vá-rias celebridades, trato todos da mesma forma que trata-ria qualquer amigo ou cliente. Com muito carinho e amor, isso já vem de mim. Mas é lógico que conhecer a Xuxa e a Cláudia Raia, Fabiana Karla, Sabrina Sato, Bruna Mar-quezine e uma lista sem m foi muita emoção. Mas olha recebi um abraço e beijo do Luan Santana esse ano que vou te contar… Os fãs não me deixaram em paz. Em relação ao Brasil eu quando chego no aeroporto de SP vou direto comer pão de queijo e tomar um cafezinho antes de embarcar para Brasília."158

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Um dia recebi uma ligação de uma agência me pedindo um tour para os clientes deles e pensei: wow, que legal eu posso fazer uma coisa que amo e ainda ganhar por isso. Que sorte a minha, não é?"Xuxa e Junno Andrade Larissa ManoelaBruna Marquezine 159

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VAM: Sua paixão vai além das paisagens e cenários icônicos de Hollywood e toda Califórnia. Tem tam-bém o seu amor pela fotograa... qual a foto que considera a mais linda da sua vida?Muitas pessoas sabem que eu amo tirar fotos. E mui-tos não sabem que eu trabalhei com cinema por 15 anos. Trabalhei com pós-produção, para ser mais exa-ta eu trabalhava com negativo. A minha prossão era "negative cutter” - depois que o seu diretor e o editor terminavam o lme e escolhiam todas as cenas eu li-teralmente cortava cada cena que estava na lista uma por uma, e depois fazia a junção (splicer) para que no nal eles zessem as cópias que iria para o mundo inteiro. Loucura né. Só de lembrar que o original dos lmes estavam na minha mão, milhões e milhões ali, nas minha mãos, rsrs.Não vou mentir que não era muito estresse, pois caso eu cortasse frame errado eu seria despedida. Graças a Deus não foi o caso. Tenho orgulho de dizer que trabalhei na pós-produção mais famosa do mun-do. Cortei lmes para todos os estúdios como Disney, Warner, Universal e outros. Aliás, já trabalhei para lmes que ganharam o Oscar. Gente, acho que não respondi a sua pergunta rsrs. Ah, lembrei bem, com certeza trabalhar com pós-produção me ajudou bas-tante a ir para o mundo da fotograa. E as pessoas que me inspiraram foram a minha mãe e o meu marido. A minha mãe pela paixão pela natureza e o meu marido pela arquitetura. Ele tira cada foto incrível, não en-tendo como ele não fez arquitetura. Durante os tours eu sempre acabava tirando as fotos para os clientes, e alguns deles até vinham com o próprio fotógrafo. No nal, alguém nem trazia mais os fotógrafos e eu acabava tirando as fotos. E assim foi, até que um dia o meu marido me deu uma máquina prossional e disse: “Pronto, agora você pode oferecer fotos e tou-rs juntos”. Foi aí que eu criei o “Photour”. Mais uma vez juntei o útil ao agradável: Mostrar essa cidade que amo e ainda registrar para as pessoas esses momentos inesquecíveis. A foto mais linda que eu tirei? Nossa, vai ser difícil responder, são muitas. Mas com certeza várias de-las foram do meu lho, pois o álbum dele de bebê é grande. Fico feliz de ter tirado várias pois hoje em dia já não consigo quase nenhuma.VAM: Qual seu cenário favorito?A natureza. Fico louquinha quando vejo ores, plan-tas, mar e por aí vai. O meu celular está com quase 32 mil fotos. Só de falar sobre isso já pensei aqui, nossa que loucura, tenho que dar um jeito nisso.Com certeza trabalhar com pós-produção me ajudou bastante a ir para o mundo da fotografia. E as pessoas que me inspiraram foram a minha mãe e o meu marido. A minha mãe pela paixão pela natureza e o meu marido pela arquitetura." Ivete Sangalo160

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VAM: E o que os famosos adoram visitar nos EUA?Eu acho que o letreiro sempre foi o lugar mais procurado e mais emocionante para as pessoas, sejam elas famosas ou não. Adoro ver a reação das pessoas quando veem o letreiro pela primeira vez. Uns choram e outros cam pa-rados olhando sem acreditar que estão lá. Sei exatamente o que eles estão sentindo, pois acabo revivendo a minha primeira vez que foi simplesmente mágica.VAM: Mônica, você pode deixar uma dica ou conselho para quem vem visitar a Califórnia pela primeira vez? Eu diria para não deixar de fazer a costa da Califórnia. Aquela tão famosa viagem de São Francisco até Los Ange-les pela Highway 1. Mas não fazer tudo correndo, só para dizer que fez, e sim com calma e com várias paradas cur-tindo o máximo possível. Não deixe de visitar os parques nacionais como o ma-ravilhoso Yosemite Park. Um dos lugares mais lindos que já conheci na vida. Venham conhecer a Califórnia. VAM: Como funcionam os seus serviços de tour e fotos VIP?Juntei a minha paixão pela cidade e fotograa e o resul-tado foi incrível. Pensa numa pessoa feliz fazendo o que ama. No começo eu trazia o meu marido para me aju-dar nos tours e nas fotos. Depois comecei a fazer tudo sozinha. Ele sempre me incentivou a fazer isso. Mas na verdade não entendo como eu consigo conversar, dirigir e tirar fotos por tantas horas. Los Angeles não é uma cidade fácil de navegar, quem conhece a cidade sabe muito bem do que estou falando. As distâncias dos lugares e o trânsito não são fáceis. Mas já faço tudo no automático. Nem vejo o dia passar. Como falei, amo o que faço e faço com amor. VAM: Qual foi a primeira celebridade brasileira que você atendeu? Agora você me pegou, qual foi a primeira celebridade? Já foram tantas que não me lembro. E como já falei, rece-bo todos com carinho, então na verdade todos para mim são celebridades. Cláudia Raia e Jarbas Homem de Mello161

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bsileiros pelo mdoNyMotaDa seção àexcelência noPós-Opetório“Nem nos meus maiores sonhos me imaginava palestrando em Harvard e ainda no país recordista mundial em cirurgias plásticas. Não tenho palavras para descrever a minha emoção. Aproveito a oportunidade para agradecer a minha família, a minha equipe e todos os profissionais que de alguma forma ajudam nossos pacientes. É o que eu sempre digo: o Pós-Operatório do Brasil é o melhor do mundo.” Estas são palavras da Nany Mota, uma prossional da indústria estética que antes de chegar em Harvard para palestrar sobre Pós-Operatório, já encantava estre-las nacionais e internacionais, de Mônaco a Paris, de Las Vegas a São Paulo, com o toque mágico de suas mãos na modelagem de corpos perfeitos. Nany Mota transcendeu fronteiras geográcas e alcan-çou reconhecimento internacional. Sua jornada, marca-da por desaos pessoais e um compromisso incansável com o aprimoramento do pós-operatório de cirurgias plásticas, a levou a conquistar uma notável oportunidade: palestrar em Harvard, uma das instituições acadêmicas mais prestigiadas do mundo.Nany começou sua carreira trabalhando em salões de beleza, percorrendo desde os bairros locais até o maior salão de beleza da América Latina, sempre aprimorando suas habilidades em massagem. No entanto, sua virada de carreira ocorreu após enfrentar complicações em sua própria cirurgia plástica, um momento que a fez perceber a importância crucial do cuidado pós-operatório. Essa experiência pessoal a inspirou a redirecionar seu foco prossional para a área de pós-operatório de cirurgias plásticas.Em nossa entrevista exclusiva, Nany compartilha sua inspiradora trajetória de transformação, desde seus pri-meiros passos na estética até sua notável ascensão como palestrante em Harvard. Revela as valiosas lições que aprendeu ao longo desse caminho e fala como sua expe-riência pessoal moldou sua carreira, impulsionando-a a se tornar a referência global que é hoje no mundo do pós--operatório estético.Matéria por: VAM WellnessFotos: Nany Mota - acervo pessoal162VAM

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VAM: Como você descreveria sua jornada pesso-al que a levou a se interessar pela área de estéti-ca e, posteriormente, ao foco no pós-operatório de cirurgias plásticas?Iniciei na estética trabalhando em salões de be-leza. Fui de salões de bairro até o maior salão de beleza da América Latina. Sempre com técnicas de massagem. Até que eu decidi realizar uma cirurgia plástica pessoal onde o resultado não foi o espe-rado e eu enfrentei diversas complicações no meu pós-operatório. Nesse momento percebi a importância do cuida-do no pós-operatório e o quanto o mercado estava carente de prossionais na área. Então, decidi fo-car minha atuação nessa área.VAM: Como você começou a ajudar outras pes-soas com problemas semelhantes após a sua ex-periência negativa na cirurgia?Iniciei pedindo em minhas redes sociais que já eram bastante extensas para que pessoas com problemas como os meus entrassem em contato. Milhares de mulheres responderam e comecei a ajudá-las gratuitamente com base na minha expe-riência pessoal.VAM: Quais foram os desaos que encontrou ao começar a trabalhar na área e como se aprimo-rou no pós-operatório?O pós-operatório é completamente diferente da área da estética que eu atuava. O Pós-operatório exige que você desenvolva um olhar clínico para cada caso.Me dediquei intensamente a absorver conheci-mento das maiores autoridades do mundo no as-sunto e principalmente, colocar em prática e reali-zar as minhas próprias observações de acordo com a minha vivência. E essa segue sendo a minha roti-na até hoje. Eu nunca paro de aprender. Qualquer tempo livre que eu tenha, é utilizado para estudar! VAM: Qual é o seu foco atual em relação ao pós--operatório?Atualmente, meu foco é na prevenção de proble-mas, auxiliando médicos tanto no bloco cirúrgico (intra-operatório) quanto em todo o processo do pós-operatório. 164

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VAM: Como você conseguiu conquistar a conança dos cirurgiões em relação à sua abordagem acolhedo-ra no pós-operatório?Com a comunicação certa. Mostrando conhecimento e responsabilidade. Respeitando sempre o meu limite como prossional do pós-operatório. VAM: Quais fatores estão relacionados às complicações pós-operatórias, de acordo com a sua experiência?As complicações estão relacionadas a diversos fatores, como falta de nutrição dos tecidos, alto consumo de açú-car, excesso de peso, fator idade, problemas emocionais… Existem inúmeros fatores!VAM: Como a sua clínica atua para ajudar os pacientes e cirurgiões a minimizarem ou eliminarem problemas no pós-operatório? Minha clínica possui uma equipe com mais de 25 cola-boradores que além de terem uma abordagem humana e sensível, atendem a mais de 30 cirurgiões e pacientes de todo o mundo, atendendo o paciente desde o hospital em sua fase inicial até a sua total recuperação. Sempre prio-rizando entregar o resultado esperado para o paciente e para o cirurgião. Me dediquei intensamente a absorver conhecimento das maiores autoridades do mundo no assunto e principalmente, colocar em prática e realizar as minhas próprias observações de acordo com a minha vivência. "165

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VAM: Além de atuar no Brasil, você já ministrou cur-sos em outros lugares. Como você descreveria a situa-ção do pós-operatório em alguns desses países?Percebo uma carência de acompanhamento adequado no pós-operatório ou até mesmo a ausência do pós-operató-rio. Lá fora o pós-operatório não é visto como deveria. VAM: Ser convidado para palestrar em Harvard é uma experiência altamente prestigiosa, pois signica re-conhecimento do conhecimento e a expertise do pa-lestrante em sua área de atuação. Como você se sente em relação a ter a oportunidade de palestrar em uma instituição tão prestigiada como Harvard?É uma emoção indescritível. Nem nos meus maiores so-nhos imaginava que chegaria a palestrar em Harvard. Pa-lestrar nesta instituição nos proporciona um networking valioso, nos permite estabelecer contatos com outros es-pecialistas, pesquisadores e prossionais de destaque em sua área de atuação, além de me proporcionar visibilidade global. Estou muito agradecida pela oportunidade. Isso me motiva ainda mais a continuar meu trabalho para oferecer um pós-operatório excelente a todos os pacientes. VAM: Parabéns pelo prestígio Nany. Na interação de suas redes sociais pudemos ver o quanto você inspira outros prossionais da área de estética. Que conselho você daria a eles se quiserem ter sucesso no que fa-zem? Dê seu melhor e busque colocar todo conhecimento que você possui em prática. Conhecimento na gaveta não serve!VAM: Um último recado?Sim. Agradeço imensamente à minha família, à minha equipe e a todos os prossionais que, de alguma forma, ajudam nossos pacientes e me ajudam a realizar o meu trabalho e buscar a excelência todos os dias.Muito obrigada por nos conceder essa entrevista Nany. Seu sucesso é nossa sorte!166

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Pintando a Via Láctea por Johnson Barros Local: Santiago de Chuvica, Potosi - Bolívia "Depois de percorrer centenas de qui-lômetros adentrando o grande Salar de Uyuni, paramos em um hotel. Mas, o resplendor do céu daquele lugar me im-pediu de ir descansar o corpo. Caminhei centenas de metros dentro do Salar, pa-rei, contemplei e fotografei."169

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mcou dédaNoos paos audaciososem direção ao cosmos eão moldando o século XXI de maneira notávelVAMMatéria por: VAM Tech 25 Foto:Terra vista da lua: Kevin M. Gill170

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À medida que abrimos novos horizontes na explo-ração espacial, nossa compreensão do universo se aprofunda, e nossa responsabilidade com o ambiente cósmico e a Terra cresce. Esta matéria é mais do que um registro histórico; é um chamado à ação e um lembrete de que nossa jornada pelo espaço é o assunto da década, um assunto que moldará nosso futuro.Desde o pioneiro lançamento do Sputnik em 1957 até a emocionante Corrida Espacial dos anos 60, que culminou na icônica missão Apollo 11, nossas realizações expandi-ram nossos horizontes e provocaram debates sobre a sus-tentabilidade da exploração espacial. A década de 1980 trouxe os ônibus espaciais, prome-tendo uma exploração mais sustentável, mas também alertando-nos sobre os desaos da segurança. A Estação Espacial Internacional na década de 1990 representou a cooperação internacional, unindo nações em prol da ci-ência e exploração pacíca. No início do século XXI, presenciamos avanços notáveis. Novas tecnologias permitiram a reciclagem de recursos a bordo de espaçonaves, reduzindo nosso impacto ambien-tal no espaço. A crescente conscientização sobre o lixo es-pacial levou a esforços para limpar a órbita terrestre. No entanto, à medida que celebramos esses avanços, também precisamos enfrentar os riscos, incluindo o au-mento do lixo espacial e a exploração descontrolada de recursos. O ano de 2022 foi marcado pela SpaceX, que mostrou ao mundo a capacidade dos voos espaciais comerciais com a missão Inspiration4. Essa conquista exemplica nosso compromisso com uma exploração espacial inclusiva, mas também nos lem-bra dos riscos envolvidos, incluindo o impacto ambien-tal em outros corpos celestes. À medida que avançamos nesta década, a exploração espacial sustentável se desta-ca como o assunto da década. Ela nos desaa a explorar o desconhecido e a respeitar tanto o ambiente cósmico quanto a Terra que chamamos de lar.É um chamado à ação para ponderar sobre a permissi-bilidade dessa exploração, dada sua promessa e seus de-saos. Cabe a cada um de nós decidir como moldaremos nosso papel no universo e como equilibraremos a explo-ração com a responsabilidade, para que esta matéria não seja apenas um registro, mas um legado signicativo que impactará gerações futuras.171

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Modelo: Ágatha BorgesFoto: MuracaBeleza: Pablo FélixEstilo: Thiago GandraRetouch: ON RetrouchAssistente: Rodrigo JhovsExecutivo: Antonnio Italiano172

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moda nacionalmoda bsileiA signifitivarelevância dano cenário obale o impacto do oioentre msA moda é uma linguagem universal que transcende fronteiras, conectando pesso-as e culturas em todo o mundo. Em um mundo cada vez mais globalizado, ela desempenha um papel crucial na expressão de identidades individuais e coletivas, além de reetir as mudanças sociais e culturais que moldam nossa sociedade. À medida que olhamos para o futuro, é impossível ignorar a crescente inuência e importância da moda brasileira no cenário global.A moda brasileira é uma tapeçaria vibrante e rica, tecida com os os da diversida-de cultural e da criatividade. Ela é uma manifestação única da identidade nacional, reetindo as cores, texturas e histórias de um país vasto e multifacetado. Do Rio de Janeiro a São Paulo, da Floresta Amazônica às praias do Nordeste, a moda brasileira é um espelho da riqueza cultural e geográca do nosso Brasil. Matéria por: Antonnio Italiano173VAM

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Neste artigo, exploraremos a signicativa relevân-cia da moda brasileira no cenário global, destacando não apenas o talento de estilistas renomados, mas também a importância do apoio mútuo entre as mar-cas brasileiras para o crescimento contínuo do setor. Examina-se como a moda brasileira se distingue por sua abordagem inovadora, seu compromisso com a sustentabilidade e a forma como celebra a cultura e a diversidade do Brasil. É um tributo à criatividade e à excelência que denem a moda do nosso país e sua contribuição para o panorama internacional da moda.Um nome de destaque nesse cenário é Oskar Met-savaht, fundador da Osklen. Ele se distingue por sua abordagem inovadora, que harmoniza moda e susten-tabilidade de forma autêntica. A Osklen é renomada por sua utilização de materiais naturais e orgânicos, tais como o couro de pirarucu e o algodão ecológico, em suas coleções. Além disso, Metsavaht liderou a moda brasileira na busca por práticas responsáveis, posicionando o Brasil como pioneiro na moda sus-tentável. Outro nome de notoriedade é Ronaldo Fra-ga, um designer reconhecido por sua habilidade em incorporar elementos culturais brasileiros em suas criações. Suas coleções frequentemente celebram a diversidade do Brasil, explorando temas que abran-gem desde as raízes indígenas até as festas populares. Fraga é um exemplo da capacidade da moda brasileira de contar histórias e homenagear a cultura por meio das roupas. Modelo: Ágatha BorgesLook: Naya Sunset WearAcessórios: M BelleBrincos: CabaçasFoto: MuracaBeleza: Pablo FélixEstilo: Thiago GandraRetouch: ON RetrouchAssistente: Rodrigo JhovsExecutivo: Antonnio Italiano174

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Modelo: Ágatha BorgesLook: Hand LaceBrincos: CabaçasFoto: MuracaBeleza: Pablo FélixEstilo: Thiago GandraRetouch: ON RetrouchAssistente: Rodrigo JhovsExecutivo: Antonnio Italiano177

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Além desses exemplos, há uma crescente geração de talentos emergentes que está conquistando espa-ço no cenário global. Marcas como "PatBo" de Patri-cia Bonaldi, conhecida por suas peças sosticadas e exuberantes, e "Alexandre Birman", especializada na produção de calçados luxuosos, têm obtido reconhe-cimento internacional. Essas marcas e designers estão demonstrando que a moda brasileira não é apenas uma tendência passa-geira, mas sim uma força duradoura a ser reconheci-da e respeitada no cenário global. Sua capacidade de incorporar a diversidade cultural do Brasil, bem como utilizar materiais únicos do país e adotar práticas sus-tentáveis, está alinhada com as tendências emergen-tes da moda global. Como resultado, a moda brasileira não apenas des-la nas passarelas, mas também desempenha um pa-pel vital na promoção de uma indústria da moda mais consciente e diversicada em todo o mundo. Além disso, é crucial ressaltar a importância do apoio mú-tuo entre as marcas brasileiras para que o segmento continue a crescer e a se destacar no cenário global. Modelo: Ágatha BorgesLook: Apartamento 03Cabeça: Graciella StarlingBrincos: CabaçasFoto: MuracaBeleza: Pablo FélixEstilo: Thiago GandraRetouch: ON RetrouchAssistente: Rodrigo JhovsExecutivo: Antonnio Italiano179

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Modelo: Ágatha BorgesLook: Weider Silveiro. Hand LaceCabeça: Graciella StarlingSapato: VizzanoBrincos: CabaçasFoto: MuracaBeleza: Pablo FélixEstilo: Thiago GandraRetouch: ON RetrouchAssistente: Rodrigo JhovsExecutivo: Antonnio Italiano180

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Modelo: Ágatha BorgesLook: Weider SilveiroMule: Santa LollaBrincos: CabaçasFoto: MuracaBeleza: Pablo FélixEstilo: Thiago GandraRetouch: ON RetrouchAssistente: Rodrigo JhovsExecutivo: Antonnio Italiano182

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A colaboração entre marcas é um fator-chave desse crescimento. Quando as marcas brasileiras se unem em parcerias estratégicas, elas podem ampliar seu alcance e impacto no mercado. A troca de conheci-mento e experiência entre as marcas é um ativo valio-so para a construção de uma moda brasileira sólida e inspiradora. Por meio da colaboração, as marcas po-dem explorar novos mercados, compartilhar recursos e inovar juntas. Essa sinergia entre marcas não ape-nas fortalece a presença da moda brasileira no cená-rio global, mas também solidica a imagem do Brasil como um centro de criatividade e excelência na moda. Em resumo, a moda brasileira se tornou um futuro brilhante e promissor no cenário global, mas a impor-tância do apoio entre as marcas brasileiras não pode ser subestimada. À medida que as marcas brasileiras continuam a conquistar reconhecimento e consumo, a colaboração se torna uma ferramenta poderosa para impulsionar o crescimento e a inovação na indústria da moda. Com um compromisso compartilhado com a ex-celência e a promoção de práticas sustentáveis, as marcas brasileiras podem continuar a elevar a moda daqui a novas alturas.Modelo: Ágatha BorgesLook: Walerio AraújoBrincos: CabaçasFoto: MuracaBeleza: Pablo FélixEstilo: Thiago GandraRetouch: ON RetrouchAssistente: Rodrigo JhovsExecutivo: Antonnio Italiano184

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“Seu talento determina o que você pode fazer. Sua motivação determina o quanto você está disposto a fazer. Sua atitude determina quão bem você faz isso” L.W.Escolha fazer o que ama e desenvolvera seu talento, a motivação te seguirá e a atitude será sua companheira de jornada186

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