Message 2º BIMESTRE | 2025 ESTUDANTE
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20252Prezados estudantes do 9º Ano, nas últimas sema-nas, no material do 1º bimestre, começamos a explorar as mudanças que aconteceram nas cidades, no campo e na vida das pessoas durante o início do período da Pri-meira República. Falamos sobre conitos importantes que nos ajudaram a entender melhor o que estudamos em História no 9º Ano. Lembram quando falamos sobre a importância de entender a ordem dos acontecimentos? Isso continua sendo muito importante! Vamos continuar essa jor-nada de estudos e neste bimestre, faremos uma breve reexão sobre o período nal da Primeira República e as transformações sociais, econômicas e políticas, que desencadeou a Revolução de 1930 e consequente-mente a ascensão de Vargas ao poder. Vamos analisar também as transformações sociais, políticas e econô-micas que ocorreram no mundo, a construção dos ide-ais imperialistas e nacionalista do início do século XX, e como essas ideias irão se transformar em grandes con-itos, reetindo em todo o mundo. Lembrando que é importante revisar o material an-terior, para compreender melhor os eventos históricos deste período.Conitos urbanos e no campo na Primeira República.Caríssimo estudante, segue um breve texto, segui-do de algumas ilustrações a m de relembrar como a Primeira República foi marcada por revoltas no campo e na cidade. Essas revoltas moldaram o período marca-do por muita instabilidade política, social e econômica.Leia o texto.Texto ISociedades e revoltas na Primeira República.A Primeira República, que se estendeu de 1889 a 1930, foi marcada por muitas revoltas que reetiam as tensões e • Uma República excludenteinsatisfações sociais, políticas e econômicas, principalmen-te motivadas pela pobreza, autoritarismo e exclusão social. A transição do Império para a República trouxe consigo a promessa de modernização e maior participação política, mas também revelou profundas desigualdades e conitos. As revoltas da Primeira República, evidenciou as dis-putas políticas e o autoritarismo que permeava o novo modelo político. No campo, eclodiram movimentos que destacaram as disparidades regionais e a opressão aos mais pobres, esses foram violentamente reprimidos dian-te de suas contestações. Na cidade, movimentos contra a imposição de medidas sanitárias sem o devido esclareci-mento, contra o tratamento aos negros que perpetuava dentro da estrutura social e política, mesmo após aboli-ção, abalaram esse novo modelo político. A Primeira República também irá marcar o surgimento da industrialização do Brasil. Esse processo impulsionou a formação de uma classe operária urbana, que se viu em condições de trabalho muitas vezes precárias, com lon-gas jornadas de trabalho, baixos salários e falta de direi-tos trabalhistas básicos. Dentro de um contexto de muita efervescência social, essas reivindicações culminaram em uma greve geral em 1917. Essa greve é um marco na his-tória do Brasil república, por demonstrar a força da união operária. Esse clico de greves e mobilizações, contribuiu para a gradual transformação nas relações trabalhistas no Brasil, pavimentando o caminho para futuras conquis-tas sociais e trabalhistas que estariam por vim. Todos esses movimentos indicam uma sociedade em ebulição, buscando voz e representatividade em um pe-ríodo marcado pela oligarquia, pelo coronelismo e pela exclusão política de grande parte da população.Fonte: Equipe NUREDI.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20253Disponível https://abre.ai/mn2u. Acesso em: 20 mar 2025.ATIVIDADESA partir dos esquemas acima e do conhecimento cons-truído ao longo do 1º bimestre, responda as questões a seguir.1. Quais foram os elementos-chave, que desencadeou as di-versas revoltas durante o período da Primeira República?2. (ENEM 2013 - Adaptada) No alvorecer do século XX, o Rio de Janeiro sofreu, de fato, uma intervenção que al-terou profundamente sua sionomia e estrutura, e que repercutiu como um terremoto nas condições de vida da população.BENCHIMOL, J. Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A.N. O Brasil republicano: o tempo do liberalismo excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.O texto refere-se à reforma urbanística ocorrida na capi-tal da República, na qual a ação governamental e seu re-sultado social encontram-se na:
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20254(A) Cobrança de impostos – ocupação da periferia.(B) Destruição de cortiços – revolta da população pobre.(C) Criação de transportes de massa – ampliação das favelas. (D) Construção de hospitais públicos – insatisfação de elite urbana.3. Explique o papel que o messianismo teve nos movi-mentos do campo que eclodiram na Primeira República e como essa dimensão religiosa trabalhou para mobilizar e organizar os grupos envolvidos no conito.4. (ENEM 2015 – Adaptado) TEXTO I Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a his-tória, resistiu até o esgotamento completo. Vencido pal-mo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.TEXTO II Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam qua-tro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Cató-lica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o bandi-tismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, na-quele recanto do território nacional. SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.Os relatos do último ato de Guerra de Canudos fazem uso e representações que se perpetuaram na maioria construí-da sobre o conito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da(A) manipulação e incompetência.(B) Ignorância e solidariedade.(C) esperança e valentia.(D) bravura e loucura.3. Quais foram as principais consequências da Greve Ge-ral de 1917 para o movimento operário brasileiro? Expli-que os impctos imediatos e as mudanças de longo prazo nas relações entre trabalhadores, patrão e governo.4. Durante a Primeira República, a Revolta da Chibata re-presentou uma das manifestações mais signicativas de resistência e protesto dos marinheiros da Marinha bra-sileira contra os castigos físicos a que eram submetidos. Considerando o contexto histórico e social da época, qual das seguintes opções melhor descreve a principal deman-da dos revoltosos na Revolta da Chibata e como ela re-ete questões mais amplas relacionadas à discriminação racial e à violência institucional?(A) Os revoltosos exigiam melhores condições de tra-balho e aumento salarial, reetindo uma luta por direitos trabalhistas e melhores condições de vida.(B) A principal demanda dos revoltosos era o m dos castigos físicos e humilhação na Marinha, destacan-do uma resistência especíca contra práticas de pu-nição arbitrárias.(C) Eles protestavam contra a corrupção e a má gestão dos recurso na Marinha, evidenciando uma preocu-pação com a eciência administrativa e a transpa-rência institucional.(D) A demanda central era por uma maior representa-tividade política dos marinheiros nas decisões da Marinha, indicando uma busca por maior participa-ção e voz na instituição naval.5. A partir das reexões do item 4, discuta a importância de se debater a Revolta da Chibata na história do Brasil e como esse evento contribuiu para evidenciar o papel do racismo estrutural na sociedade brasileira.Caríssimo estudante, segue um breve texto a m de contextualizar as questões políticas, econômicas e sociais que levou ao m da Primeira República e ascen-são de Vargas ao poder, a partir da Revolução de 1930. Onde Getúlio Vargas governou o Brasil de forma inin-terrupta por 15 anos.Leia o texto.Texto IIFim da Primeira República. No decorrer da década de 1920, o republicanismo oli-gárquico e a política do café-com-leite que expressava o poder político das oligarquias cafeicultoras entraram em crise. Essa crise, foi uma consequência da divisão das clas-ses dominantes que divergiam profundamente quanto as diretrizes da política governamental.Nesse contexto, as oligarquias cafeicultoras que con-trolavam o aparelho de Estado e o Governo Federal en-frentaram permanente oposição política por parte das oligarquias tradicionais e da burguesia industrial. Por outro lado, as instituições republicanas começaram a perder legi-timidade diante do crescente descontentamento dos gru-pos sociais urbanos e dos movimentos de revolta armada.A burguesia industrialO crescimento do setor fabril no Brasil provocou a formação de uma burguesia industrial. Ela se transfor-mou numa poderosa classe social com inuência e força econômica suciente para exigir do Estado uma política que atendesse aos seus interesses. As reivindicações da burguesia industrial chocavam-se com os interesses das oligarquias agrárias cafeicultoras.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20255Os industriais reivindicam do governo uma política monetária, scal e cambial que favorecesse o setor pro-dutivo fabril por meio da expansão do crédito bancário, estabilização do cambio e elevação das tarifas aduaneiras (aumentando os preços dos produtos importados). O se-tor agrário cafeicultor, por outro lado, direcionava a maior parte dos recursos nanceiros de que o governo dispunha para serem empregados na política de valorização do café.A crise de 1929 A política de proteção do setor cafeeiro exigia muitos recursos devido à necessidade de compra das grandes quantidades de café produzidas, mas que não eram co-mercializadas. Em 1928, por exemplo, o produto atingiu safra recorde, cerca de 26 milhões de sacas, provocando a queda nos preços. No ano seguinte, porém, ocorreu a quebra da bolsa de valores de Nova York. A crise de 1929 abalou as economias dos Estados Unidos e da maioria dos países da Europa, que eram os maiores consumidores do café produzido no Brasil e principais fontes de emprésti-mos ao governo federal.O agravamento da crise econômica no nal da gestão do presidente Washington Luís limitou signicamente a possibilidade do governo federal de contrair empréstimos estrangeiros para prosseguir com a política de proteção do setor cafeeiro. Consequentemente, dicultou também uma solução conciliatória que acomodasse a crescente di-vergência de interesses entre as classes rurais e industrial.Os conitos entre as oligarquias agrárias O regime republicano oligárquico, erguido em 1889, servia basicamente aos interesses dos grandes proprietá-rios agrários. Os cafeicultores constituíam a classe social mais poderosa do país, porque o café era o principal pro-duto de exportação e fonte geradora de grande parte da riqueza nacional. Durante a maior parte da Primeira Re-pública, a oligarquia cafeicultora, principalmente a paulis-ta, controlou o aparelho de Estado e conduziu a política governamental de acordo com seus interesses.Porém, o regime republicano em vigor já não era capaz de acomodar as divergências e os conitos que aoravam até mesmo entre as oligarquias agrárias. No governo de Washington Luís, eles tornaram-se maios agudos. Entre os próprios cafeicultores começaram a surgir desacordos.Os cafeicultores mineiros e uminenses não queriam mais aceitar que a condução da política cafeeira casse a cargo do Instituto do Café de São Paulo. Desejavam limi-tar a inuência dos cafeicultores paulistas, exigindo que as prerrogativas do Instituto do Café de São Paulo fossem transferidas para o Governo Federal. Por outro lado, no Rio Grande do Sul os produtores de charque e arroz esta-vam descontentes com o descaso do governo federal para com o setorNas regiões Norte e Nordeste, os produtores de al-godão, fumo e cacau enfrentavam os mesmos problemas. No nal do governo de Washington Luís, foram essas oligarquias agrárias regionais que se opuseram às oligar-quias pertencentes ao núcleo cafeicultor, rompendo com o pacto de dominação política por meio de um movimen-to armado. A Aliança LibertadoraA chamada Aliança Libertadora ou Liberal, represen-tou a organização e união política entre as oligarquias agrárias regionais que se opunham tenazmente às oligar-quias cafeicultoras e ao governo de Washington Luís. Essa aliança política entre as classes menos inuentes começou a se formar com a aproximação da sucessão presidencial. Contrariando a alternância no poder rmada pelo acordo da política café-com-leite, o presidente Washington Luís tinha a intenção de eleger outro paulista para sucedê-lo.O candidato escolhido foi Júlio Prestes. As oligarquias de Minas Gerais, porém, desejavam que o candidato fosse mineiro. Como não houve acordo, o governador de Minas Gerais e candidato a sucessão presidencial, Antônio Car-los de Andrada, abriu mão de sua candidatura e organi-zou uma chapa de oposição apoiando para presidente o governador do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas, e para vice-presidente o paraibano João Pessoa. Estava formada a Aliança Liberal que unia as oligarquias de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e Paraíba.O programa político da Aliança Liberal expressava pre-dominantemente os interesses das oligarquias regionais, mas chegou a incorporar também algumas reivindicações e aspirações reclamadas pelas camadas urbanas, como a regulamentação das leis do trabalho, o voto secreto e o voto feminino e anistia para os tenentes envolvidos nos movimentos de insurreição armada que eclodiram no iní-cio da década. Com essa plataforma eleitoral, os líderes políticos da Aliança Liberal procuravam obter apoio das camadas médias urbanas e de setores do Exército nacional.A Revolução de 1930A eleição presidencial para sucessão de Washington Luís contrapôs as oligarquias cafeicultoras paulistas às oligarquias regionais. Os dois grupos políticos promete-ram publicamente atacar os resultados das eleições. No nal do pleito, o candidato vitorioso foi o paulista Júlio Prestes. A Aliança Liberal, porém, criticou o resultado eleitoral denunciando a ocorrência de fraude.Na realidade, os dois candidatos recorreram a co-nhecida e desenfreada prática de fraude eleitoral. Não obstante, políticos mais radicais pertencentes a Aliança Liberal não estavam dispostos a aceitar o resultado das urnas e se uniram para conspirar contra a posso do pre-sidente eleito. Entre os líderes do movimento conspirador estavam os gaúchos Osvaldo de Aranha e João neves da Fontoura. O mineiro Virgílio de Melo Franco e os líderes tenentistas Juarez Távora e João Alberto.Ao aproxima-se da posse de Júlio Prestes, a tensão política cresceu. Nessa conjuntura, o Governo Federal re-correu à prática da “degola” anulando a vitória de muitos deputados eleitos por Minas Gerais e Paraíba. Temendo que o movimento conspirador se radicalizasse a ponto de
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20256desencadear uma violenta guerra civil, os setores mais conservadores das oligarquias regionais dissidentes que estavam agrupadas na Aliança Liberal assumiram a con-dução da conspiração mostrando-se favorável a tomada de poder por meio de um golpe.A Era VargasO assassinato de João Pessoa foi o estopim da ação conspiratória. O episódio estava vinculado aos problemas internos da Paraíba, mas foi o pretexto para desencadear o movimento armado de derrubada do governo de Wa-shington Luís. A revolta armada começou no Rio Grande do Sul, sob o comando de Góes Monteiro, em 3 de outu-bro de 1930. No dia seguinte, foi a vez do Nordeste, sob o comando de Juarez Távora.Porém, antes mesmo que as tropas governamentais enfrentassem as forças rebeldes, as Forças Armadas (o Exército e Marinha) depuseram o presidente Washington Luís e formaram uma junta governativa composta pelos generais Tasso Fragoso e Menna Barreto e pelo almirante Isaias Noronha. Em novembro de 1930, os militares trans-feriram o poder governamental para o gaúcho Getúlio Var-gas, o líder político do movimento conspirador e golpista.Embora tenha ocorrido um golpe militar, desencadeado e conduzido por parcelas da classe dominante, a historio-graa concebe o episódio como um movimento revolucio-nário. A chamada Revolução de 1930 destruiu as principais instituições políticas da República Oligárquica, pondo m a Política dos Governadores e a política do café-com-leite. A ATIVIDADES6. Como a ascensão da burguesia industrial no Brasil na década de 1920 contribuiu para a crise do republi-canismo oligárquico e o enfraquecimentos da política do café-com-leite?7. A crise do modelo político e econômico a década de 1920 gerou insatisfação entre diferentes setores na so-ciedade. Como esses descontentamentos impulsinou mo-vimentos de revolta armada em busca de tranasformação no governo?8. Como as reivindicações apresentadas pela Aliança Li-beral reetiam os interesses tanto das oligarquias que discordavam do modelo de governo, quanto das camadas urbanas e dos setores militares?9. De que maneira a deposição de Washington Luís de-mostrou a fragilidade do sistema política da República Oligárquica e facilitou a ascensão de Vargas ao poder?Revolução de 1930 inaugurou a chamada Era Vargas (1930-1945), o período em que este político governou o país provi-soriamente, constitucionalmente e ditatorialmente. Fonte: https://abre.ai/mocj. Acesso em: 24 mar. 2025.Texto de autoria de Renato Cancian.Leia o texto.Texto III
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20257A Era Vargas foi o período da história política do Brasil, onde Getúlio Vargas cou 15 anos de forma ininterrupta no poder. Em cada fase, políticas caracterizam e molda-ram a forma de Vargas governar.No ano de 1932, durante o Governo Provisório ocor-reu um confronto contrário à Revolução de 1930, nome-ada de Revolução Constituccionalista. Esse movimento armado, ocorrido em São Paulo, tinha ligação com as oli-garquias paulistas que governaram na Primeira República. O movimento questionava a legitimidade de Vargas como presidente exigia a criação de uma nova constituição. Disponível em: https://abre.ai/mpNc. Acesso em 27 mar. 2025Os revolucionários organizaram uma intense campa-nha publicitária pedindo apoio da população para que o conito obtivesse sucesso. Foram três meses de comba-te, de julho à outubro, entre os Constituccionalista e as forças legalistas do Estado, nalizando na rendição dos constitucionalistas. Em decorrência do conito, em maio de 1933, foram realiadas eleições para à Assembleia Na-cional Constituinte e no ano de 1934 uma nova Consti-tuição Federal foi implementada, substituindo a de 1891. A Constituição de 1934 trouxe avanços democráticos e sociais signicativos para o Brasil, como o voto secreto e estendido para as mulheres, obrigatório a partir do 18 anos (exceto para analfabetos) e o principio da alternância do poder. Nos avanços sociais, a Constituição de 1934 irá estabelecer novas conquistas aos trabalhadores, como a criação do salário mínimo, redução de carga horária de trabalho para 8 horas diárias, repouso semana, férias remuneradas, indenização ao trabalhador demitido sem justa causa e proibição do uso da mão-de-obra para me-nores de 14 anos. Em decorrência das novas diretrizes nascentes com a Constituição de 34, eleições foram convocadas. Sendo neste momento, eleições indiretas, não abertos à toda população, mas somente aos representantess políticos que constituíam à Assembleia Nacional Constituinte. Vargas foi eleito em 1934 com 175 votos, enquanto os demais candidatos somaram 71 votos, para um mandato de quatro anos seguido de eleições diretas ao qual ele não poderia concorrer. A década de 1930, foi marcada pelo acirramento ideológico mundial, inuenciada pelo cresci-mento do naszifacismo. No Brasil, grupos foram formados com base nessas ideologias. A Aliança Nacional Liberta-dora (ANL), que tinha com base os ideais comunistas e a Ação Integralista Brasileira (AIB), de inspiração fascista. Um ano após a promulgação da nova Constituição, acon-teceu um levante armado organizado pela ANL, chamado Intentona Comunista com o intuito de derrubar Vargas do poder e instaurar um governo comunista no Brasil, mas foram derrotados pelas tropas do governo. Tendo como justicativa o suposto avanço do comu-nismo, e um crescente descontentamento com a política e a economia brasileira e com pretensões de dar continui-dade ao seu governo, Vargas aplicou um golpe de Estado com uma história conhecida como Plano Cohen, mas sem nenhum tipo de comprovação, e deu ínício a fase mais di-tatorial do seu governo, o Estado Novo.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20258O regime político foi instaurado através do fechamen-to do Congresso Nacional e a instituição de uma nova Constituição Federal. O Estado Novo contou com apoio militar e buscava um Estado forte, centralizador e inter-ventor. Ou seja, com o regime estado novista, Getúlio Vargas, como chefe do poder executivo, agregou em sua gura o poder político nacional. Desta forma, por exem-plo, os governadores dos estados que se colocaram con-trariamente ao regime do Estado Novo foram depostos e em seus lugares foram colocados interventores esco-lhidos pelo, então, presidente Vargas. Opositores ao go-verno eram perseguidos, torturado e mortos, a cultura e imprensa foram censurados e deviam submeter todas as suas produções ao Departamento de Imprensa e Propa-ganda (DIP). Estes fatos contribuem para que o Estado Novo também possa ser de nido como uma ditadura. São deste período inúmeras das políticas trabalhistas que colaboraram para a fama de Vargas como a de um polí-tico que trouxe avanço aos trabalhadores brasileiros e à industrialização do país. Além disso, o forte controle da propaganda e as ações do DIP foram executados de modo a garantir a construção da imagem idealizada de Getúlio Vargas como o pai da nação. O poder centralizado – ao longo do governo, Vargas adotou diversas medidas na tentativa de enfraquecer o legislativo. O m da Segunda Guerra Mundial e a crescente demo-cratização que se seguia na América Latina, pressionou Vargas na liberalização do regime vigente, especialmente devido à contradição de combater regimes autoritários na Europa enquanto mantinha um governo autoritário no Brasil. O processo de redemocratização começou a se intensi car em 1945. Em fevereiro desse ano, Vargas assi-nou o Decreto-Lei no 7.586, que convocava eleições para a presidência da República e para a Assembleia Nacional Constituinte. O Estado Novo foi o cialmente encerrado com a promulgação da nova Constituição em 18 de se-tembro de 1946, que substituiu a Carta Constitucional de 1937, imposta durante o regime ditatorial.A transição foi marcada pela anistia a presos políticos, a legalização dos partidos políticos e a realização de elei-ções, o que representou o m do período autoritário do Estado Novo e o início de um novo período democrático na história do Brasil.Fonte: https://abre.ai/mqpm. Aceso em: 27 mar. 2025.Texto retirado do site da Fundação Getúlio Vargas. Adaptado.Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas im-plementou uma política de 'alienação patriótica' nas escolas, visando formar uma geração mais alinhada aos ideais do governo. Esta política buscava introduzir valo-res nacionalistas e patrióticos nas crianças desde cedo, utilizando o sistema educacional como meio de propa-ganda e legitimação do regime.Fonte: Equipe NUREDI.Disponível em: https://abre.ai/muRI. Acesso em: 07 abril 2025.10. Quais foram os principais fatores que levaram à Revo-lução de 1932 e como esse movimento in uenciou a po-lítica brasileira a política brasileira durante a Era Vargas?11. A Constituição de 1934 trouxe avanços democráticos e sociais signi cativos. Quais foram as principais mudan-ças estabelecidas e como elas impactaram a sociedade brasileira?12. Como o contexto internacional da década de 1930, marcado pelo crescimento do nazifascismo, in uenciou a política brasileira e a formação de grupos como a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Ação Integralista Brasilei-ra (AIB)?13. Explique como o plano Cohen foi utilizado como justi -cativa para o golpe de 1937 e a instauração do Estado Novo?14. Cite as principais características do Estado Novo e como esse regime consolidou a imagem e o poder de Ge-túlio Vargas.ATIVIDADESO trabalhismo de Vargas refere-se ao conjunto de políticas e medidas trabalhistas im-plementadas durante o governo de Getúlio Vargas no Brasil, centrada na valorização e no controle da classe trabalhadora, que se destacou especialmente durante a fase do Estado Novo (1937-1945). Vargas buscou es-tabelecer uma relação mais equilibrada entre trabalha-dores e empregadores, introduzindo leis que garantiam direitos trabalhistas, como a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943. Além disso, o trabalhismo var-guista promoveu a criação de sindicatos, instituiu o sa-lário-mínimo e estabeleceu a jornada de trabalho de 8 horas diárias.Fonte: Equipe NUREDI
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20259A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é uma das maiores siderúrgicas integradas do Brasil. Fundada em 1941 por Getúlio Vargas, a CSN foi criada como parte dos esforços do governo para promover a industrialização e o desenvolvimento econômico do país. A empresa tem como principal atividade a pro-dução de aço, atuando em diversas etapas da cadeia produtiva, desde a extração de minério de ferro até a produção de laminados e produtos siderúrgicos.Fonte: Equipe NUREDI.15. O trabalhismo na Era Vargas pode ser visto como uma tentativa de equilibrar as relações de trabalho e promo-ver transformações sociais signi cativas no Brasil. Consi-derando esse contexto, informe como as políticas traba-lhistas implementadas por Vargas durante o Estado Novo re etiram os desa os e aspirações da sociedade brasilei-ra da época. Quais foram os principais avanços e contradições do tra-balhismo varguista?3. OlgaSINOPSE:Classifi cação: Não recomendado para menores de 16 anos.Berlim, início do século XX. Olga Benário é uma jovem judia alemã. É perseguida e foge para Moscou, onde recebe treinamento militar e é en-carregada de acompanhar Luís Carlos Prestes de volta ao Brasil. Na viagem, enquanto planeja-vam a Intentona Comunista contra o presidente Getúlio Vargas, os dois acabam apaixonando-se. Parceiros na vida e na política, Olga e Prestes terão de lutar pela sobrevivência.1. Revolução de 30 SINOPSEClassifi cação: Não recomendado para menores de 12 anos.Uma reconstituição dos fatos que antecederam a Revolução de 30 em São Paulo e os aconte-cimentos durante o movimento através da mon-tagem de imagens de arquivo da época e outros recursos audiovisuais, como cinejornais, fi lmes do período, canções célebres daqueles anos, além de comentários de alguns historiadores.SUGESTÕES DE FILMES PARA CONTEXTUALIZAÇÃO COM O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA:2. GetúlioSINOPSE:Classifi cação: Não recomendado para menores de 12 anos.O fi lme acompanha o então presidente do Bra-sil Getúlio Vargas, em seus 19 últimos dias de vida. Pressionado por uma crise política sem precedentes, em decorrência das acusações de que teria ordenado o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, ele avalia os riscos existentes até tomar uma decisão que mudará o rumo da política do Brasil. Caríssimo estudante, iniciamos o bimestre, relem-brando um pouco dos diversos eventos que moldaram a tão tumultuada primeira república, passando por um período de extrema importância para a construção po-lítica do Brasil, que foi a Era Vargas. Agora vamos nos debruçar para estudar um pouco sobre as questões que moldaram a política mundial no início do século XX, que levará o mundo a dois grandes con itos sem preceden-tes na história.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/202510Leia o texto.Texto IVImperialismo: o que é, causas e características.O imperialismo é um fenômeno político e histórico que contribuiu para moldar o mundo moderno e contemporâ-neo, em termos econômicos, sociais, políticos e culturais. Isso porque o conjunto de ações imperialistas realizadas ao longo de séculos impactou profundamente a formação e o desenvolvimento de diversos países. O que exatamente é o imperialismo?O imperialismo pode ser denido como uma política de expansão e dominação de um Estado ou nação sobre outro, geralmente com o objetivo de controle econômico político e cultural. Nesse sentido, o imperialismo está di-retamente ligado com a exploração de Estado sobre um território, com a intenção de obter vantagens.A dominação imperialista envolve diversos fatores e pode ocorrer a partir da força militar, por pressão políti-ca, exploração econômica ou inuência cultural. Ao longo da história, o imperialismo foi responsável pela formação de grandes impérios, que dominavam vastas extensões territoriais.Muitas vezes o conceito de imperialismo é confundido com o colonialismo, mas apesar de estarem relacionados, há pequenas diferenças. Isso porque o imperialismo não é simplesmente a ocupação territorial e a implementação de uma administração para povoamento e exploração. Ela também pode ser exercida de maneira indireta, por meio de mecanismos de controle comerciais e nanceiros, in-uência e dependência política. Por isso, muito autores também chamam o imperialismo de neocolonialismo.Dessa forma, segundo o teórico e economista político Samir Amin, o imperialismo está vinculado com a expan-são do capitalismo como um sistema econômico global. Pois, o sistema capitalista se baseias e necessita da expan-são e integração de mercados para o seu funcionamento. Assim, as grandes potências em busca de novos mercados e maior acesso a recursos, implementam ações imperialis-tas de expansão para sustentar o seu modelo econômico.Origens do Imperialismo.Apesar da palavra “imperialismo” remontar suas raízes ainda na Idade Antiga quando grandes impérios expandi-ram seus territórios, o seu conceito moderno surgiu somen-te no século XIX. Isso porque a ideias de imperialismo teve sua origem com a expansão capitalista e o domínio econô-mico de um Estado sobre o outro. Foi na Segunda Revolu-ção Industrial, ocorrida no século XIX, que o imperialismo tomou forma e ganhou força. O surgimento da indústria, o desenvolvimento tecnológico e a produção em massa pelas potências europeias da época, especialmente a Inglaterra, impulsionaram a busca de novos mercados consumidores, recursos e matérias-primas por esses países.Essa expansão era vista como necessária pelas potên-cias para sustentar as suas economias. Como consequên-cia, no m do século XIX e início do século XX, houve uma frenética corrida pela conquista e dominação de territó-rios, principalmente na África e na Ásia. Assim, para Samir Amin, é nesse momento da história que o imperialismo se consolidou e estabeleceu suas principais características: o controle e expansão de mercados, a pilhagem de recur-sos naturais e a superexploração de mão de obra nos pa-íses periféricos.Fatores motivadoresO imperialismo foi impulsionado por uma série de fa-tores, muitas vezes interligados, que tinham como obje-tivo principal o acúmulo de poder e capitais pelas nações mais poderosas. Entre os fatores, destaca-se:• Interesses econômicos – A Revolução Industrial criou uma demanda por matérias-primas, como carvão, ferro e borracha, além de mercados consumidores para os produtos industrializados. As potências europeias vi-ram nas ações imperialistas e coloniais uma forma de ga-rantir o acesso a esses recursos e mercados.• Rivalidades Geopolíticas – A competição entre as nações europeias por poder e crescimento econômico levou à corrida por territórios para a exploração. Ter o domínio e o controle sobre recursos, mercados e mão de obra contribuía para inuência política global das potên-cias imperialistas.• Culturais e Ideológicos – Muitas potências imperia-listas justicavam suas ações com o argumento de que estavam levando “civilização” e “progresso” aos povos considerados “atrasados”. Essa ideia, além de ser racista por considerar a existência de raças superiores e inferio-res, era frequentemente usada para mascarar os verda-deiros interesses econômicos e políticos.A segunda metade do século XIX e o início do século XX foram marcadas pelo auge do imperialismo, com a par-tilha da África e o controle europeu sobre grandes porções da Ásia. As potências imperialistas justicavam suas ações por meio da retórica do progresso e da civilização.Nesse período, por exemplo, foi realizada a Conferên-cia de Berlim, entre os anos de 1884 e 1885, para debater e organizar a divisão do continente africano pelas potên-cias europeias. A conferência foi liderada pelo chanceler alemão Otto von Bismarck e tinha como objetivo organi-zar a disputa imperialista por terras na África de modo a evitar conitos.Com isso, as reuniões determinaram questões como as fronteiras entre colônias e quais países europeus te-riam os seus controles, os direitos de navegação e comér-cio, as regras para a ocupação do continente africano, entre outras. Tudo isso foi feito sem nenhum represen-tante africano nas negociações.A disputa imperialista era tão intensa que foi um dos mo-tivos para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Isso ocorreu especialmente em vista da ascensão e fortale-cimento do Império Alemão, que desinteressava e prejudi-cava os objetivos do Império Britânico e do Império Francês.Fonte: https://abre.ai/mrp5. Acesso em 31 mar. 2025. Texto de Eduardo de Rê. Adaptado.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/202511ATIVIDADES16. Como podemos diferenciar imperialismo de colonia-lismo, e de que forma o imperialismo pode ser exercido?17. Como o imperialismo se relaciona com a expansão do capitalismo e quais são as motivações economicas que le-vam as potências a adotar essa política de dominação?1.O Jardineiro Fiel SINOPSE:Classifi cação: Não recomendado para menores de 14 anos.O fi lme que retrata o neocolonialismo, um perío-do marcado por exploração e dependência eco-nômica. O fi lme se passa no Quênia e conta a história de um diplomata britânico que viaja ao país africano para investigar o assassinato de uma ativista.SUGESTÕES DE FILMES PARA CONTEXTUALIZAÇÃO COM O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA:Caríssimo estudante, a partir daqui vamos analisar como o imperialismo contribuiu para o surgimento de sentimentos nacionalistas. Entendendo como a forma-ção das alianças políticas e militares foram resultados das tensões imperialistas e nacionalistas, e como essas alianças culminaram em con itos como a Primeira Guer-ra Mundial.Leia o texto.Texto VA Primeira Guerra MundialA Primeira Guerra Mundial foi fruto de numerosas tensões europeias herdadas do século XIX. Para compre-ender o con ito, alguns pontos que foram antecedentes cruciais precisam ser destacados.A Segunda Revolução Industrial, gerou uma corrida im-perialista, pois essa corrida conferiu uma nova importân-cia aos antigos territórios europeus na África e na Ásia, já ocupados séculos antes. A partir de então, ter colônias era essencial para alimentar a Segunda Revolução Industrial.Com as colônias se tornando mais essenciais aos eu-ropeus no m século XIX, alguns países passaram a ques-tionar a forma que esses territórios foram divididos entre as potências. Aqui destaca-se a Alemanha, que havia se uni cado tardiamente (1871) e cado de fora da partilha das colônias. Como forma de “acalmar os ânimos”, a Con-ferência de Berlim foi essencial para essa divisão.A disputa entre os países não cou apenas no setor econômico. Como o crescimento de um Estado gerava descon ança em seus vizinhos, que temiam perder seus territórios para a expansão imperialista do outro, os pa-íses passaram a fortalecer seu estoque de armas. Foi a Segunda Revolução Industrial, com suas máquinas elétri-cas e motores a combustão, que permitiu o crescimento da produção bélica em uma escala inédita.Isso culminou em um fenômeno conhecido como “paz armada”, que durou de 1871 até o início da Primeira Guer-ra Mundial, em 1914. Ou seja, conforme a Alemanha cres-cia, por exemplo, a descon ança por parte da Inglaterra aumentava. Buscando garantir sua segurança, os ingleses fortaleciam suas Forças Armadas para estarem prepara-dos caso os alemães agissem de forma prejudicial a seus interesses. Consequentemente, a Alemanha também se sentia ameaçada e acabava fortalecendo seu arsenal béli-co. A lógica da paz armada é bem representada pela frase “se queres a paz, prepare-se para a guerra”.Assim, com os Estados cada vez mais armados, as relações internacionais na Europa mantiveram-se consi-deravelmente estáveis. Contudo, mesmo sem esses paí-ses entrarem em guerra, diversos ressentimentos foram acumulados e, eventualmente, culminaram na Primeira Guerra Mundial.O fato da Alemanha ir pouco a pouco colecionando inimigos, foi crucial apara a formação das alianças. Esse processo cou conhecido como antigermanismo. Em outras palavras, muita gente não estava gostando da as-censão política e econômica que a Alemanha vinha con-quistando desde sua uni cação em 1871. A França, que perdeu a Guerra Franco-Prussiana (1870-71) e teve que entregar a região da Alsácia-Lore-na – rica em minério de ferro – aos alemães, cultivava um sentimento de revanche.Por sua vez, os russos não reagiram bem à tentativa alemã de construir uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá, capital do Iraque. A insatisfação era justi cada pelo fato de a estrada cortar regiões ricas em petróleo, sobre as quais a Rússia pretendia estender sua in uência.Já os ingleses não estavam contentes com a concor-rência industrial alemã, que ameaçava o monopólio da Inglaterra em diversos mercados. Os Estados Unidos também compartilhavam dessa visão, pois viam a in u-ência política e econômica da Alemanha se espalhar por importantes países da América, como o Brasil.Outro ponto importante para a eclosão da Pri-meira Guerra Mundial, foram as tensões no Império Austro-Húngaro. A Áustria-Hungria, fundada em 1867, era um império multinacional que sofria para manter-se uni cado. Por ser composto por muitas nações, o Império Austro-Húngaro lidava constantemente com movimen-tos separatistas. Mesmo já passando sufoco com nacio-nalismos exaltados, os austro-húngaros não deixavam de anexar novos territórios.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/202512Foi o caso da Bósnia, ocupada desde 1878 e deniti-vamente anexada ao Império em 1908. Essa anexação, no entanto, desagradou aos sérvios e russos, que também tinham interesses na região. Assim, a inimizade entre a Áustria-Hungria e a Sérvia aprofundou-se signicativa-mente. A partir daí, diversas guerras internas esquenta-ram os ânimos na região. Em meio a tantas tensões, as potências europeias r-maram alianças políticas e militares para buscar garantir sua segurança mútua. Em 1882, Itália, Império Austro--Húngaro e Alemanha formaram a Tríplice Aliança. Pos-teriormente, em 1907, foi a vez de França, Rússia e Reino Unido juntarem-se na Tríplice Entente. Ambas as coali-zões se comprometiam a apoiar seus aliados em caso de ataque, tendo assim caráter de tratados de defesa. A essa altura, uma Guerra já era quase que inevitável. Os bósnios não gostaram muito de serem anexados ao Império Austro-Húngaro e, buscando apaziguar a si-tuação, o herdeiro do trono austríaco – Francisco Ferdi-nando – e sua esposa zeram uma visita à região. Nessa visita, em 28 de junho de 1914, houve um passeio em car-ro aberto que não acabou bem: Ferdinando e sua espo-sa, Soa, foram assassinados. O culpado? Um estudante bósnio conectado a uma organização nacionalista sérvia chamada de Mão negra. O que poderia ter sido apenas mais uma das muitas guerras europeias toma proporções gigantescas. A Rús-sia, que tinha tratados de amizade e defesa com a Sérvia e cultivava inimizades com o Império Austro-Húngaro, partiu em socorro de seu aliado. Assim, iniciou-se um efei-to dominó que acionou as principais alianças militares do continente: Tríplice Entente e Tríplice Aliança. Desta forma, o assassinato de Francisco Ferdinando é considerado a “gota d’água” que fez as inúmeras tensões acumuladas entre as potências europeias transbordarem na Primeira Guerra Mundial.Pouco mais de um mês depois do assassinato de Ferdi-nando, no dia 3 de agosto de 1914, França, Rússia, Áustria--Hungria e Alemanha já estavam em guerra. Depois que a Alemanha marchou sobre a Bélgica – desrespeitando a neutralidade do país – o Reino Unido, que também estava neutro até então, entrou no conito. A Turquia aliou-se à Tríplice Aliança e o Japão, interessado em domínios ger-mânicos no Extremo Oriente, juntou-se à Entente.Quando a guerra começou, nenhuma das potências envolvidas imaginava que ela se prolongaria por tanto tempo. A chamada "paz armada" sugeria que um conito não era esperado, mas a realidade foi diferente. Todas as potências estavam bem equipadas militarmente, o que contribuiu para que a guerra durasse muito mais do que o previsto.A Primeira Guerra Mundial, então, desenrolou-se em dois grandes momentos: a guerra de movimento e a guerra de trincheiras.Na guerra de movimento, os países mobilizavam seus exércitos em direção às fronteiras. Esse momento da Pri-meira Guerra Mundial durou até a Batalha de Marne, em setembro de 1914, confronto no qual tropas alemãs, que buscavam continuar avançando sobre a França, foram in-terrompidas pelos franceses. Quatro dias depois do início da batalha, ajuda britânica chegou, reforçando a resis-tência ao avanço alemão. Acuada, as tropas da Alemanha buscaram saída em direção ao Oceano Atlântico, próxi-mo ao Reino Unido, mas foram novamente impedidos de avançar, dessa vez pela Bélgica. Essa e outras batalhas da guerra de movimento também foram caracterizadas pe-los altos custos materiais e muitas mortes. Como a ten-tativa de avanço das tropas era – além de cara – inútil, os países mudaram a estratégia.Como havia um equilíbrio de força entre as Tríplices Entente e Aliança no início da Primeira Guerra Mundial, os exércitos cavaram trincheiras de forma a manter terre-no e aguardar a chance de atacar para conseguir avançar. O espaço entre as duas trincheiras inimigas era conheci-do como “terra de ninguém” e qualquer um que pisasse ali tornava-se alvo de disparos de todos os lados.Essas valas tinham cerca de dois metros de profun-didade e tornaram-se complexos onde soldados podiam descansar e feridos podiam receber atendimento médi-co. Em locais chuvosos, como nos terrenos da França e da Bélgica, a água acumulada nas trincheiras facilitava a transmissão de doenças.Além de ter que lidar com as más condições físicas dessas valas, os soldados também se viam em meio a uma guerra psicológica. Isso porque o combate não era cons-tante. Na verdade, a maior parte da ação consistia em vi-giar os movimentos inimigos.Esse estágio da Primeira Guerra Mundial durou até 1918. Estima-se que 400 km de trincheiras tenham sido cavados na frente de batalha ocidental. Esse front, que se estendia desde o Canal da Mancha (Bélgica) até a frontei-ra da Suíça tinha, ao todo, cerca de 645 km de extensão.Disponível em: https://abre.ai/mrrC. Acesso em: 31 mar. 2025.Soldados alemães decoram árvore de Natal em sua trincheira, 1914.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/202513A entrada dos Estados Unidos na Guerra.Como a Primeira Guerra Mundial durou muito mais tempo do que o esperado pelos países envolvidos, diver-sos Estados abandonaram o conito. Alguns não tinham mais condições sociais e econômicas de permanecerem na guerra devido aos altos custos e inúmeras perdas.Outra alteração nas alianças deveu-se ao fato de a Itália mudar de lado em 1915 e passar a combater a Alemanha. A Rússia, importante membro da Tríplice Entente, após ser derrotada pelos alemães no front oriental, assinou um tra-tado de paz com a Alemanha em março de 1918 e se retirou do conito, devido às pressões da Revolução Russa.Com os russos fora da Primeira Guerra Mundial e o risco de a Alemanha conseguir avançar para o Ocidente, já que não precisava mais dividir seu exército para travar batalhas no Oriente, os Estados Unidos caram preocu-pados. Não era do interesse dos norte-americanos que a Alemanha saísse vitoriosa do conito, já que os países eram ferrenhos concorrentes comerciais. Além disso, os Estados Unidos forneciam armas aos países da Entente em um sistema de crédito, que permitia aos países comprado-res pagar suas dívidas após a guerra. Caso esses Estados fossem derrotados, os norte-americanos teriam prejuízo.Juntando a este contexto, alguns navios estaduniden-ses foram atacados pelos alemães, o que fez com que os norte-americanos nalmente entrassem na guerra pela Tríplice Entente.Fim da Primeira Guerra Mundial. Em julho de 1918, tropas britânicas, francesas e nor-te-americanas mobilizaram-se para o que seria o ataque denitivo, conhecido como Ofensiva dos Cem Dias. Com uma série de ataques rápidos e ecientes, os Aliados leva-ram Bulgária, Turquia e Áustria-Hungria à rendição. Mes-mo assim, os alemães não se rendiam.A fome e as condições sociais precárias na Alemanha levaram o país à beira de uma revolução. Os soldados ale-mães também ameaçavam realizar motins contra a recusa dos seus líderes de assinar a rendição, mesmo após as se-guidas derrotas e inúmeras mortes. O kaiser (imperador) alemão se viu forçado a renunciar e um governo provisó-rio foi responsável por se render. No dia 11 de novembro de 1918 acabava a Primeira Guerra Mundial.Em janeiro de 1919, os países envolvidos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) reuniram-se na Conferência de Paris para assinar os tratados de paz. As decisões do pós-guerra foram tomadas pelos países vencedores. O Tratado de Versalhes responsabilizou a Alemanha pela Primeira Guerra Mundial e estabeleceu uma série de punições ao Estado. Além de ter que pagar indenizações aos vencedores, os países da Tríplice Entente – que foram quitadas apenas em 2010 –, a Alemanha foi proibida de ter um exército grande e ainda perdeu colônias e territó-rios – como a Alsácia-Lorena, cedida à França.Outra consequência importante ao m da Segunda Guerra Mundial, foi a ascensão do Estados Unidos en-quanto maior potência mundial. Além de não terem sofri-do muitas perdas por terem entrado na Primeira Guerra Mundial apenas no m do conito, os Estados Unidos se beneciaram de três anos iniciais da guerra, onde estabe-leceram comércio com os Aliados. Como não tiveram seu território invadido, os norte-americanos não precisaram arcar com despesas de reconstrução e puderam se tornar credores da Europa. Isto é, os Estados Unidos empresta-vam dinheiro para a reconstrução do Velho Mundo, que fora devastado pela guerra.Com a economia a todo vapor e sem os países euro-peus para fazer concorrência, o grande vencedor desse conito foi os Estados Unidos. Pois a partir daqui se tor-naria uma potência econômica e política global. ATIVIDADES18. O que foi a "paz armada" e como esse fenômeno con-tribuiu para o aumento das tensões que levaram à eclosão da Primeira Guerra Mundial?19. O que foi o antigermanismo e de que forma ele foi res-ponsável pela formação das alianças?20. (ENEM 2009 – Adaptada) A primeira metade do sé-culo XX foi marcada por conitos e processos que a ins-creveram como um dos mais violentos períodos da histó-ria humana.Entre os principais fatores que estiveram na origem dos conitos ocorridos durante a primeira metade do século XX estão(A) a crise do colonialismo, a ascensão do nacionalismo e do totalitarismo.(B) o enfraquecimento do império britânico, a Grande Depressão e a corrida nuclear.(C) o declínio britânico, o fracasso da Liga das nações e a Revolução cubana.(D) a corrida armamentista, o terceiro-mundismo e o expansionismo soviético.21. Explique como se desenrolou Primeira Guerra Mun-dial entre 1914 e 1918?22. Quais foi o principal fator que levou à entrada dos Es-tados Unidos na Primeira Guerra Mundial?Após a Primeira Guerra Mundial, o território europeu passou por uma grande redenição. Isso, pode ser caracterizado como resultado dos tratados de paz impostos às potências derrotadas, principalmente o Tra-tado de Versalhes.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/202514A Alemanha perdeu territórios para a França (Alsá-cia-Lorena), Polônia (corredor polonês) e Dinamarca. O Império Austro-Húngaro foi dissolvido, resultando na criação da Áustria, Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslá-via. O Império Otomano foi desmembrado, com parte de seus territórios sob controle britânico e francês no Orien-te Médio. Já a Rússia, após a Revolução de 1917, perdeu territórios que deram origem a Finlândia, Estônia, Letô-nia, Lituânia e Polônia.Essa nova conguração do mapa europeu, buscava en-fraquecer os antigos impérios para evitar novos conitos.Eu ro p a an te s da Pr im e ir a G u e r ra M un dia l (1914 ) Europa depois da Primeira G uerra M undial (1919). Disponível em: https://abre.ai/mr2M. Acesso em 01 abr. 2025. ATIVIDADES23. Quais foram as principais mudanças territoriais na Eu-ropa após a Primeira Guerra Mundial, e como o Tratado de Versalhes inuenciou essa redenição?24. De que maneira a fragmentação de impérios, como o Austro-Húngaro e o Otomano, contribuiu para a forma-ção de novos países e para a instabilidade política na Eu-ropa após a Primeira Guerra Mundial?25. (FGV 2012 – Adaptado) A I Guerra Mundial provocou mudanças importantes no mapa político da Europa. Entre essas, é correto apontar a(A) devolução da Alsácia-Lorena, então com a Alema-nha, para a França e a concessão de uma saída para o mar para a Polônia, criando o chamado Corredor Polonês.(B) perda, pela Itália, da região de Trieste para a Iugos-lávia, e a cessão pela França, da região basca peara a Espanha.(C) anexação do norte da Bélgica pela França e o reco-nhecimento da independência da Grécia.(D) incorporação de Montenegro ao território grego e a fragmentação do Reino Unido, com a independên-cia do País de Gales.Uma das consequências direta da Primeira Guerra Mundial, foi na conquista de direitos pelas mulheres. Especialmente na inserção no mercado de trabalho e ao direito ao voto. Durante a guerra, milhões de homens foram enviados para o conito, o que gerou uma grande necessidade pela mão de obra feminina para ocupar postos em fábricas, hospitais, entre outros. Com isso, as mulheres começaram a desempenhar fun-ções antes restritas aos homens.Essa participação ativa na economia e na sociedade contribuiu para fortalecer as reivindicações femininas por igualdade de direitos. Após a guerra, diversos paí-ses concederam o direito ao voto às mulheres. O Reino Unido aprovou em 1918 uma lei que permitia o voto feminino para mulheres acima de 30 anos, e em 1928 estendeu para todas as mulheres adultas. Nos Estados Unidos, o sufrágio feminino foi garantido em 1920 com a 19ª Emenda à Constituição.A Primeira Guerra Mundial acelerou a luta pelos direitos das mulheres, expandindo sua participação na sociedade. Esse movimento abriu caminhos para futu-ras conquistas em termos de igualdade de gênero.Disponível em: https://abre.ai/msgf. Acesso em 01 abr. 2025.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/2025153. SarajevoSINOPSE:Classifi cação: Não recomendado para menores de 14 anos.O fi lme retrata os eventos que levaram ao assas-sinato do Arquiduque Francisco Ferdinando em 28 de junho de 1914, evento que desencadeou a Primeira Guerra Mundial. A trama acompanha Leo Pfeffer, um magistrado encarregado de investigar o atentado. Conforme Pfeffer aprofunda suas in-vestigações, ele se depara com inconsistências e pressões políticas, questionando a versão ofi cial dos acontecimentos e revelando uma complexa rede de intrigas e interesses geopolíticos.1. Nada de Novo no FrontSINOPSEClassifi cação: Não recomendado para menores de 16 anos.A história segue o adolescente Paul Baumer e seus amigos Albert e Muller, que se alistam vo-luntariamente no exército alemão, movidos por uma onda de fervor patriótico. Mas isso é rapida-mente dissipado quando enfrentam a realidade brutal da vida no front. Os preconceitos de Paul sobre o inimigo e os acertos e erros do confl ito logo os desequilibram. No entanto, em meio à contagem regressiva, Paul deve continuar lutando até o fi m, com nenhum objetivo além de satisfazer o desejo do alto escalão de acabar com a guerra com uma ofensiva alemã.SUGESTÕES DE FILMES PARA CONTEXTUALIZAÇÃO COM O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA:Caríssimo estudante, estudamos como o imperialis-mo contribuiu para que o mundo entrasse em grandes con itos. Nesse contexto de guerra, a Revolução Russa é um evento importante para a História Contemporânea, pois mesmo dentro de um processo de consolidação do capitalismo, um movimento comunista conseguiu der-rubar um governo e estabelecer um Estado socialista. Compreender as particularidades e os desdobramentos dessa revolução lhe permitirá uma análise mais aprofun-dada dos acontecimentos políticos que se seguiram. 2.As SufragistasSINOPSE:Classifi cação: Não recomendado para menores de 14 anos.No início do século XX, após décadas de mani-festações pacífi cas, as mulheres ainda não pos-suem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordina-ção, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos lo-cais à causa. Maud Watts (Carey Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o comba-te pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.Leia o texto.Texto VIRevolução Russa de 1917A Revolução Russa consistiu em uma série de even-tos políticos e sociais que levaram à queda da monarquia do Império Russo e à formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o primeiro país socialista do mundo. Essa revolução não é importante apenas na his-tória da Rússia, pois trata-se de um período que impactou todo o andamento do século XX.AntecedentesÉ comum que revoluções sejam antecedidas por pe-ríodos de grande insatisfação popular e isso não foi dife-rente com a Revolução Russa. Os principais fatorem que levou o a se rebelar e derrubar o governo em curso foram os seguintes:• Persistência do absolutismo – Antes da Revolução Russa, o sistema político que organizava o país desde o século XVI era o czarismo, tratava-se de uma forma de absolutismo, no qual o czar (imperador) concentrava em suas mãos todos os poderes. Ao czar, estavam submeti-das todas as classes sociais, desde os servos até a nobreza e a Igreja Católica Ortodoxa. Esses dois últimos grupos eram considerados mais livres que os servos, porém, ain-da assim tinham suas liberdades controlados pelo impé-rio. Já os camponeses viviam em extrema miséria e ainda pagavam altos impostos para manter o sistema czarista.• Pobreza e miséria – No século XIX a Rússia, juntamen-te com o Reino Unido, Alemanha, França e Áustria-Hun-
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/202516gria, era um dos principais países da Europa. Contudo, os russos caram para trás na Revolução Industrial e viram seus vizinhos modernizarem-se e investirem na indústria, enquanto a Rússia continuava sendo uma economia agrí-cola, ainda com aspectos do feudalismo. Quando a Rússia foi derrotada na Guerra da Criméia (1854-1856) por con-ta dos problemas sociais e econômicos que enfrentava, o czar Alexandre II instituiu algumas mudanças. Em 1861 houve a abolição da servidão, junto com a ocupação de novas terras, vendidas aos camponeses. Isso permitiu o país a aumentar sua produção e tornar-se um exportador de grãos. Com as medidas, também houve um crescimen-to populacional, que acabou aprofundando os problemas sociais na Rússia. Com mais pessoas morando no país, o desemprego cresceu e a produção agrícola insuciente para alimentar a população gerou fome e revoltas. Nas últimas décadas do século XIX, o Império Russo se mo-dernizou, o que ocasionou uma forte migração para as cidades industriais. Porém, o absolutismo e as precárias condições de vida persistiram no campo e na cidade, onde os operários recebiam salários muito baixos. Como a industrialização foi feita com capital inglês e francês, majoritariamente, naquele momento a Rússia não viu surgir uma burguesia local que pudesse alterar a dinâmica política do país. Em contrapartida, os operários – que ainda formavam um grupo pequeno – passaram a se organizar cada vez mais. Os operários, que recebiam inuência de ideias vindas da Europa Ocidental e manti-nham contato com os camponeses, formaram grupos de oposição ao czarismo. Mesmo os partidos políticos sendo proibidos, vários existiam clandestinamente. O Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), inspirado nos ideais marxistas e liderado por Plekhanov e Lenin, era o mais famoso deles.As divergências ideológicas dentro do partido zeram surgir dois grupos essenciais na Revolução Russa:MENCHEVIQUES BOLCHEVIQUESLiderados por Plekhanov, acredita-va que era possível chegar ao poder de maneira pacíca, como por meio de eleições. Apesar de defender a implementação do socialismo na Rússia, eles acreditavam que a transição para esse tipo de governo deveria ser gradual e feita por re-formas políticas e econômicas.Liderados por Lenin, de-fendiam a necessidade de uma revolução arma-da para tirar o czar do poder. Os bolcheviques também pretendiam instalar o socialismo no país, mas de maneira imediata.Em 1904, a Rússia entrou em conito com o Japão e foi derrotado, o que acabou aumentando a oposição ao czar ainda mais. Descontente com a desorganização da economia gerada pelo conito e humilhados pela derrota, o povo organizou um movimento em 1905, que cou co-nhecido como Domingo Sangrento. Nesse dia, um protesto pacíco organizado pelo pa-dre Gregori Gapone, que tinha como nalidade entregar um abaixo assinado com uma série de exigências ao czar, foi violentamente repreendido. O czar Nicolau II orde-A tragédia fortaleceu a oposição de vários setores da sociedade ao czar. Operários, camponeses e soldados formaram conselhos chamados de sovietes, já a burguesia que nascia no país pressionou o czar para que um Parla-mento fosse criado. A m de acalmar os ânimos, o líder russo promulgou uma Constituição e convocou eleições para a Duma (Parlamento). Dessa forma, a Rússia passava a ser uma monarquia constitucional, na qual o czar con-tinuava concentrando grande parte do poder e o Parla-mento tinha suas ações limitadas. Com essas medidas, o czar conseguiu conter as revoltas entre 1907 e 1914.Em 1914, iniciou a Primeira Guerra Mundial, o czar Nicolau II partiu em defesa dos aliados servios e lutou ao lado da Tríplice Entente. Os gastos com o conito apro-fundaram a pobreza no país e prejudicaram a Rússia nos campos de batalha, pois até mesmo com falta de munição as forças russas sofriam. A crise socioeconômica e a insa-tisfação do povo foi, então, o estopim para uma série de acontecimentos que formariam a Revolução Russa.Revolução de FevereiroEm fevereiro de 1917, uma marcha pelo dia das mu-lheres transformou-se em um protesto geral, no qual o povo invadiu o palácio e forçou o czar a renunciar. Assim, começava a Revolução Russa. Esse primeiro episódio, em especíco, cou conhecido como Revolução de Feverei-ro e levou os mencheviques – grupo moderado, apoiado pela burguesia russa – ao poder.Após o acontecimento, também conhecido como Re-volução Menchevique, um governo de caráter liberal foi instalado na Rússia – a República de Duma. Na liderança do governo estava o príncipe Lvov, que manteve a Rússia na Primeira Guerra mesmo sofrendo sucessivas derrotas. Seu fracasso levou à substituição de Lvov por um socia-lista moderado (menchevique), Alexander Kerensky, que também não retirou a Rússia da guerra.Com os russos ainda lutando a Primeira Guerra e a pobreza agravando-se no país, a oposição bolchevique se fortaleceu. Leon Trotsky, que liderava o soviete de Petrogrado, organizou a Guarda Vermelha – composta por operários bolcheviques. Lenin, que estava exilado na Finlândia, voltou à Rússia clandestinamente e passou a organizar os sovietes. Para Lenin, os operários deveriam tomar o poder por meio da revolução.nou sua guarda, que abriu fogo contra os manifestantes e deixou centenas de mortos. Mais tarde, Lenin considerou esse episódio um “ensaio geral para a Revolução de 1917”.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/202517Com lemas simples como “pão, paz e terra”, “todo o poder aos sovietes” e promessas de reforma agrária, os bolcheviques recrutavam mais operários e camponeses para sua causa.Revolução de Outubro Após meses de organização, os bolcheviques – apoia-dos pelo povo – derrubaram a República da Duma e insta-laram o Conselho dos Comissários do Povo, presidido por Lenin. Começava, assim, a nova fase da Revolução Russa.A partir desse episódio, iniciaram-se mudanças no sis-tema econômico russo. Terras da Igreja, nobreza e burgue-sia foram desapropriadas e concedidas aos camponeses, as indústrias passaram a ser controladas pelos operários e os bancos foram estatizados. Essas ações eram guiadas pela ideia marxista de que sem propriedade não existiriam exploradores (proprietários) e explorados (trabalhadores). Em março de 1918, a Rússia nalmente deixava a Pri-meira Guerra Mundial. Através da assinatura do Tratado de Brest-Litovsk, a Rússia se rendeu à Alemanha, aceitan-do entregar a Polônia, Ucrânia e Finlândia. Além disso, os bolcheviques também instituíram o unipartidarismo no país – ou seja, apenas o Partido Comunista Russo (antigo POSDR) era permitido. Nicolau II e toda a sua família fo-ram executados pelos bolcheviques.Guerra Civil na Rússia (1918-1921)Os mencheviques não caram satisfeitos em perder o comando da Rússia. Assim, apoiados pelo Reino Uni-do, França, Japão e Estados Unidos – países que tinham investido capital na Rússia e/ou temiam que uma onda socialista se espalhasse em direção ao Ocidente –, os mencheviques reagiram. O Exército Branco (menchevi-ques) então entrou em confronto direto com o Exército Vermelho (bolchevique – antiga Guarda Vermelha) e, em 1918, o país mergulhou em uma guerra civil.Como não recebiam nanciamento externo, os bol-cheviques implantaram uma política econômica chamada de “comunismo de guerra” para conseguirem combater o Exército Branco. Assim, o governo conscou toda a pro-dução russa para destiná-la à guerra e perseguiu a oposi-ção, considerada “anti-revolucionária”.Em 1921 o Exército Vermelho derrotou seus inimigos e “salvou” a Revolução Russa, mas teve que pagar um alto preço: a paralisação quase completa da economia por conta do comunismo de guerra. Para voltar a desenvolver a economia russa, Lenin criou a Nova Política Econômica (NEP). Uma política que se caracterizou pela nacionalização da economia e pela luta contra a desigualdade social, a miséria e a fome. Tam-bém dentro dessas medidas, estava a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).Mesmo conferindo algumas liberdades econômicas ao povo, o Estado mantinha-se extremamente presente. A NEP deu resultados, alimentando o crescimento indus-trial e agrícola na Rússia, mas também aprofundou a de-sigualdade social.Fonte: https://abre.ai/msQE. Acesso em 02 abr. 2025. Texto de Pâmela Morais. Adaptado.ATIVIDADES26. Qual era o papel do czar no sistema político russo an-tes da Revolução e como era estabelecida as relações com as classes sociais?27. Como a modernização tardia na Rússia no nal do sé-culo XIX afetou a população camponesa e operária?28. A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial agravou as condições internas que levaram à Revolução de 1917. De que forma a guerra e a defesa dos aliados sérvios, inuenciaram a crise socioeconômica do país e a insatisfação popular?29. No decorrer do processo de deposição de poder do czar, surgiram dois grupos com propostas diferentes a to-mada de poder. Quais eram eles e sua diferença?30. Após a Revolução de Outubro de 1917, quais mudan-ças signicativas foram implementadas pelos bolchevi-ques na Rússia, tanto em termos de política interna quan-to em relação à sua posição na Primeira Guerra Mundial?31. Como a intervenção internacional, apoiada por países como Reino Unido, França, Japão e Estados Unidos, in-uenciou a Guerra Civil Russa e quais medidas os bolche-viques adotaram para enfrentar o Exército Branco?32. Explique o que foi a NEP e quais foram os resultados dessa política?A criação da União das Repúblicas socialistas sovié-ticas (URSS), em 1922, consolidou o poder dos bolche-viques após a Revolução Russa de 1917. A URSS surgiu como uma federação repúblicas soviéticas, unindo so-bre o mesmo regime diversas regiões que antes eram parte do Império Russo. A nova estrutura, visava cen-tralizar o controle político e econômico promovendo a ideologia marxista-leninista e buscando eliminar as disparidades sociais através da coletivização e da pro-priedade estatal dos meios de produção.Após a morte de Lenin em 1924, uma luta pelo po-der se desenrolou entre os líderes bolcheviques, resul-tando na ascensão de Joseph Stalin. Sobre a liderança de Stalin, a União Soviética passou por uma rápida in-dustrialização e coletivização de terras, principalmente durante os Planos Quinquenais, que tinha como propó-sito transformar a URSS de uma economia agrária em uma potência industrial. Esses planos resultaram em um crescimento econômico signicativo, mas também
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20251833. Explique as consequências da criação da União Sovi-ética e do governo Stalin para a sociedade soviética e o cenário geopolítico global.1. O Círculo do PoderSINOPSE:Classifi cação: Não recomendado para menores de 14 anos.Ivan Sanchin, um humilde projecionista do clube da KGB, é requisitado para projetar fi lmes para Stalin, ocupando função no período entre 1939 até a morte do ditador, em 1953. Frequentando o círculo do poder, ele se torna ao mesmo tempo um privilegiado e uma marionete nas mãos de assessores do líder, ar-riscando o futuro seu e de sua esposa. Baseado em história verídica.2. Adeus Lenin!SINOPSE:Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner passa mal, entra em coma e fi ca desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente SUGESTÕES DE FILMES PARA CONTEXTUALIZAÇÃO COM O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA:em uma imensa perda de vidas e sofrimento humano, especialmente entre os camponeses, que resistiram à coletivização e foram duramente reprimidos.A era stalinista é marcada pela criação de um Estado totalitário, onde a propaganda e a repressão eram fer-ramentas essenciais para manter o controle. Stalin uti-lizou a ideologia comunista para justi car sua ditadura, promovendo a noção de que a construção do socialismo exigia um poder central forte e incontestável.Apesar das graves violações dos direitos humanos e do autoritarismo, a União Soviética sob Stalin emergiu como uma superpotência após a Segunda Guerra Mun-dial, estabelecendo uma esfera de in uência na Europa Oriental e competindo com os Estados Unidos durante a Guerra Fria. A URSS também fez avanços signi cati-vos na ciência, tecnologia e exploração espacial, mas o custo humano e a estagnação econômica que se segui-ram às políticas de Stalin deixaram um legado complexo e muitas vezes sombrio.A morte de Stalin em 1953 marcou o início de uma nova fase na história soviética, com a desestalinização e a tentativa de reformas internas, embora muitas de suas políticas tenham continuado a re etir até a dissolução da URSS em 1991.Fonte: Equipe NUREDI.modifi cada. Seu fi lho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásti-cas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, de-cide esconder-lhe os acontecimentos. Enquanto a Sra. Kerner permanece acamada, Alex não tem muitos problemas, mas quando ela deseja assistir à televisão ele precisa contar com a aju-da de um amigo diretor de vídeos.Caríssimo estudante, agora vamos estudar o perí-odo entre guerras, um momento de grandes transfor-mações no mundo. Após a Primeira Guerra Mundial, os EUA se destacaram como uma grande potência política e econômica. Porém, o crescimento descontrolado da produção de bens de consumo e a oferta exagerada de crédito, sem controlo do governo, transformara esse período instável. Estudar esse contexto, é de grande importância para compreender como essas mudanças contribuíram para a crise de 1929 e marcou a história do século XX.Leia o texto.Texto VIICrise de 1929: Como surgiu a Grande Depressão?Um dos principais marcos da história contemporânea, foi a crise de 1929. Esse evento é considerando um dos mais devastadores em termos de impacto econômico e social. A crise de desdobrou rapidamente, afetando pra-ticamente todos os países industrializados e provocando um declínio acentuado na produção industrial. Vamos entender um pouco os processos que levaram o mundo a essa crise.AntecedentesDurante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), enquanto os principais países da Europa estavam com-pletamente envolvidos no processo da guerra, com suas indústrias e produções afetadas, os Estados Unidos pas-sam a suprir a demanda da Europa de produtos como aço, comida, máquinas, carvão entre outros itens básicos para a manutenção da guerra. Desde a Guerra de Seessão, os Estados Unidos pro-duziam armas e munições em larga escala. Por estar do outro lado do Oceano Atlânticco, se bene ciava geogra-
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/202519camente produzindo para suprir a necessidade da Guer-ra, com praticamente nenhum ataque em seu território. Após o conito, os Estados Unidos emergiram como uma daas principais potências mundiais, tanto em termos econômicos quanto políticos. A guerra destruiu a capaci-dade industrial de muitos países europeus, e os EUA se beneciaram ao se tornarem os principáis fornecedores de bens e alimentos para a Europa devastada. Isso resul-tou em um crescimento econômico considerável, prin-cipalmente no início dos anos 1920, conhecido como os “Roaring Twenties” (anos vibrantes), caracyterizaddo po uma prosperidade econômica que elevou o padrão de vida de muitos americanos e consolidou a posição dis EUA como líder econômico mundial.Além disso, após a Primeira Guerra, o presidente Woodrow Wilson teve um papel central na Conferência de Paz de Paris, apresentando seus "Quatorze Pontos" como uma visão para a nova ordem mundial, embora nem todos os pontos tenham sido implementados. Os Estados Unidos também se beneciaram ao estabelecer institui-ções nanceiras como o Banco de Reconstrução e De-senvolvimento Internacional, que ajudaram a estabilizar a economia europeia e a reforçar a inuência americana no cenário internacional.Grandes empresas passaram a investir em títulos na bolsa. A economia demonstrava um mar innito de possi-bilidades, e um consumo exagerado de produtos. É nesse contexto que surge o modo americano de vida “American Way of Life”, caracterizado por um conjunto de valores como a liberdade individual, o consumismo, a prosperida-de econômica, a mobilidade social e a crença no trabalho árduo como caminho para o sucesso pessoal. A produção em massa de bens de consumo, como automóveis e ele-trodomésticos, tornou esses produtos acessíveis a uma parcela signicativa da população. O rádio e o cinema também se popularizaram, ajudando a espalhar a cultura americana e esse modo de vida não só dentro dos EUA, mas também em outras partes do mundo. Todos viviam no apogeu do capitalismo. No entanto, esse crescimento se projetou a crise de 1929. Uma cri-se sistêmica, onde o modelo capitalista até ali vencedor, entra em decomposição. A economia que em boa parte girava emtorno da especulação na bolsa, encontrou seu limite com a “Quebra da Bolsa de Nova York” em outubro de 1929.Quebra da Bolsa de valores de Nova YorkOs principais fatores que levaram ao caos america-no foram os resultados da propria euforia econômica. O auemnto no consumo fez com que indústrias também aumentassem suas produções, mas em determinado mo-mento, já não havia mais mercado consumidor para uma produção tão extensa. A produção industrial entrou em declínio, o desemprego começou a subir e o setor agrícola enfrentou diculdades. O crash da Bolsa iníciou em outubro de 1929, com uma queda abrupta e acentuada dos preços das ações. O pânico se instalou entre os investidores, levando a uma venda em massa de títulos e a uma perda signicativa de valor no mercado de ações e, logo as consequências de-vastadoras começaram a aparecer. Bancos e emprasas faliram, o desemprego disparou, e a conança no mercado nanceiro foi abalada. A crise se espalhou pelo mundo, afentando países que dependiam do comércio e do investimento ammericano. A produção industrial nos EUA caiu cerca de 50% entre e o desempre-go atingiu aproximadamente 27% da força do trabalho, entre 1929 e 1933, período mais crítico da crise.A resposta governamental à crise veio com o New Deal, um conjunto de programas e reformas inventadas pelo presidente Franklin D. Roosevelt, que visava recupe-rar a economia e reformar o sistema nanceiro. Medidas como a criação de empregos públicos, a regulamentação do mercado de ações e a introdução de um sistema de previdência social foram fundamentais para a recupera-ção gradual da economia dos EUA. A crise de 1929 transformou a economia global e leva-ram a mudanças signicativas na forma como os governos e as economias são geridos, destacando a necessidade de regulação dos mercados nanceiros e de redes de segu-rança social para proteger os cidadãos durante tempos de crise econômica.Fonte: https://abre.ai/mwlH. Aceso em 03 abr. 2025.Texto de Lucas Xavier. Adaptado.ATIVIDADES34. Explique os principais fatores que permitiram aos Es-tados Unidos emergirem como uma potência econômica após a Primeira Guerra Mundial?35. Explique a relação entre a especulação da bolsa de va-lores e a “Quebra da Bolsa de Nova York” em outubro de 1929.36. Quais foram as consequências globais imediatas da crise de 1929, e como ela afetou a produção industrial e o comércio internacional?37. Explique quais foram as principais medidas do New Deal, implementadas para combater os efeitos da crise de 1929 e como essas medidas irão inuenciar as gestões econômicas futuras.
Revisa GoiásSecretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa 9º Ano - História - 2º Bimestre/20252038. A crise de 1929 nos Estados Unidos foi um abalo gi-gantesco em todo o sistema capitalista. Dentre os moti-vos principais destacam-se:(A) O protecionismo em excesso, a falta de crédito ban-cário e a alta produção.(B) A falta de mercado, a crise na pecuária e o crash da bolsa de Nova York.(C) A superprodução, a saturação do mercado e a ex-pansão desmedida do crédito bancário.(D) A adoção de programas sociais nanciados pelo Es-tado para diminuir o desemprego.39. Roosevelt implementou um plano de recuperação da economia chamado New Deal, elaborado pelo economis-ta John Maynard Keynes, que consistia em:(A) Uma presença maior do Estado intervindo na eco-nomia para evitar uma nova crise.(B) Socializar progressivamente a economia norte-a-mericana através de mecanismos nitidamente esta-tizantes. (C) Emprego de mão-de-obra pelo governo, tanto na in-dústria quanto na agricultura.(D) Abrir a economia para capital estrangeiro.O “American Way of Life” ou “Modo Americano de Vida”, é uma expressão que associa um conjunto de va-lores e um modo de vida idealizado aos Estados Unidos, especialmente durante o período pós Primeira Guerra Mundial. Este conceito foi amplamente promovido e se tornou um símbolo de aspiração global, representando a prosperidade econômica, a liberdade individual, o consu-mismo e a crença no trabalho árduo como caminho para o sucesso pessoal. O American of Life, valorizava a compe-tição e o sucesso material. O surgimento de ícones como o cinema de Hollywood, imagens de uma vida americana glamurosa e próspera, passou a ser espalhar por todo o mundo. O Rádio também, terá um papel importantíssi-mo para a difusão dessa cultura. Contudo, esse estilo de vida também tinha um lado sombrio. A prosperidade era desigual, com uma disparidade de renda entre as classes sociais e o entusiasmo consumista, massacrava uma eco-nomia à beira do colapso.Após a Grande Depressão, o conceito passou por uma reavaliação, mas continuou a in uenciar a cultura americana, e por extensão, a mundial. No pós-Segunda Guerra Mundial, o American Way of Life ressurgiu com força, simbolizando a hegemonia econômica dos Esta-dos Unidos e a disseminação de seus valores através do poderio econômico e cultural, especialmente na forma de produtos de consumo e entretenimento.Disponível em: https://abre.ai/mvhJ. Acesso em 08 de abr. 2025.Disponível em: https://abre.ai/mviK. Acesso em 08 de abr. 2025.1. A Grande ApostaSINOPSE:Classifi cação: Não recomendado para menores de 14 anos.O fi lme apresenta personagens que percebem, antes da maioria, que o sistema imobiliário dos Estados Unidos está prestes a entrar em colap-so. Michael Burry, um investidor atento, decide apostar contra o mercado imobiliário, algo nunca feito antes. A história ajuda a entender como o excesso de confi an-ça no mercado, a falta de fi scalização e a ganância contribuíram para a crise fi nanceira de 2008, mostrando o impacto de decisões econômicas irresponsáveis sobre a sociedade.SUGESTÕES DE FILMES PARA CONTEXTUALIZAÇÃO COM O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA:
Secretaria de Estadoda EducaçãoSEDUCRevisa GoiásExpedienteGovernador do Estado de GoiásRonaldo Ramos CaiadoVice–Governador do Estado de GoiásDaniel VilelaSecretária de Estado da EducaçãoAparecida de Fátima Gavioli Soares PereiraSecretária–AdjuntaHelena Da Costa BezerraDiretora PedagógicaAlessandra Oliveira de AlmeidaSuperintendente de Educação Infantil e Ensino FundamentalFátima Garcia Santana RossiSuperintendente de Ensino MédioOsvany Da Costa Gundim CardosoSuperintendente de Segurança Escolar e Colégio MilitarCel Mauro Ferreira VilelaSuperintendente de Desporto Educacional, Arte e EducaçãoElaine Machado Silveira Superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais Rupert Nickerson SobrinhoDiretor Administrativo e FinanceiroAndros Roberto BarbosaSuperintendente de Gestão AdministrativaLeonardo de Lima SantosSuperintendente de Gestão e Desenvolvimento de PessoasHudson Amarau De OliveiraSuperintendente de InfraestruturaGustavo de Morais Veiga JardimSuperintendente de Planejamento e FinançasTaís Gomes ManvailerSuperintendente de TecnologiaBruno Marques CorreiaDiretora de Política EducacionalVanessa de Almeida Carvalho Patrícia Morais Coutinho Superintendente de Gestão Estratégica e Avaliação de ResultadosMárcia Maria de Carvalho PereiraSuperintendente do Programa Bolsa EducaçãoMárcio Roberto Ribeiro CapitelliSuperintendente de Apoio ao Desenvolvimento CurricularNayra Claudinne Guedes Menezes ColomboChefe do Núcleo de Recursos DidáticosEvandro de Moura RiosCoordenador de Recursos Didáticos para o Ensino FundamentalAlexsander Costa SampaioCoordenadora de Recursos Didáticos para o Ensino MédioEdinalva Soares de Carvalho OliveiraProfessores elaboradores de Língua PortuguesaEdna Aparecida dos SantosEdinalva Filha de Lima Ramos Katiuscia Neves AlmeidaMaria Aparecida Oliveira PaulaNorma Célia Junqueira de AmorimProfessores elaboradores de MatemáticaAmanda Martinhago ChavoniBasilirio Alves da Costa NetoTayssa Tieni Vieira de SouzaThiago Felipe de Rezende MouraTyago Cavalcante BilioProfessores elaboradores de Ciências da NaturezaLeonora Aparecida dos SantosSandra Márcia de Oliveira SilvaSílvio Coelho da SilvaProfessor elaborador de Ciências Humanas e SociaisEila da Rocha dos SantosRevisãoCristiane Gonzaga Carneiro SilvaDiagramaçãoAdriani Grun