Message PROJETORENOVE2025MARÇO
SUMÁRIOObjetivo do ProjetoSobre a ColmeiaO ProjetoA organizaçãoMetodologiaTemas dos conteúdosSexualidadeDrogasVulnerabilidade SocialRegulação Emocional1º WorkshopEvento Extra2º WorkshopQuadroDestaquesDesafios BibliografiaEquipe Resp.030405060708101622283335384042444648
OBJETIVO DO PROJETOPelo Termo de Fomento – Processo nº 012.000.08610/2023-62 – entre a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e a Colmeia – Instituição a Serviço da Juventude, com recursos do fundo estadual dos direitos da criança e do adolescente, foi executado o Projeto Renove, com início em abril de 2024 e encerramento em março 2025.Este material foi elaborado para registrar a experiência vivenciada com a formação de trabalhadores de Serviços de Acolhimento Institucional de crianças e adolescentes – Saica –, e está composto por apresentações dos objetivos, da organização, da metodologia utilizada nos encontros formativos, resultados e depoimentos.Este projeto nasceu do desejo de dar continuidade a experiência obtida com a realização do Projeto Cuidar para Crescer, iniciado em 2022, que atendeu a centenas de tralhadores, em 10 Serviços de Acolhimento Institucional, na cidade de São Paulo|03
SOBRE A COLMEIAA Colmeia é uma organização social fundada em 1942 pela educadora Marina Cintra, apoiada por um dedicado grupo de educadores e assistentes sociais.Recebeu o nome Colmeia, sugerindo o espírito de cooperação, trabalho e união.Todos estavam convencidos de que só pela educação da juventude é que as nações obteriam a paz. A Colmeia se colocava como pioneira das propostas de organizações estudantis, e tinha como lema: “AQUI SE LUTA POR UM MUNDO MELHOR”.MISSÃO:Contribuir para a realização pessoal e profissional de crianças, adolescentes e jovens com orientação e desenvolvimento de suas potencialidades.SERVIÇOS OFERECIDOS::Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV.CCA – Colmeia.Grêmio – Colmeia.Programa de Ações de Promoção ao Mercado de Trabalho.Formação Continuada.Centro de Orientação Vocacional/Profissional.|04
O PROJETOMovidos pelo desejo de contribuir com trabalhadores de Serviço de Acolhimento Institucional, este projeto foi criado para que pudessem aprofundar a compreensão sobre o seu papel junto a crianças e adolescentes, com vistas ao desenvolvimento de ações formativas assertivas no ambiente institucional.O Projeto objetiva a qualificação dos trabalhadores que atuam no âmbito do Serviço de Proteção Especial de Alta Complexidade, parte integrante da organização do Sistema Unificado de Assistência Social, visando o fortalecimento de políticas voltadas para a garantia dos Direitos Humanos dos cidadãos brasileiros. |05
A ORGANIZAÇÃOForam planejados Encontros Formativos em 8 polos da cidade de São Paulo:Zona Leste I e II, Zona Norte I e II, Zona Oeste, Zona Sul I e II e Centro.Em cada um destes 8 polos foram realizados 4 encontros, no período de um ano, totalizando 32 encontros.Também foram previstos 2 (dois) workshops para reunir os participantes em torno de um tema de interesse comum.Os encontros ocorreram na modalidade presencial, em diferentes espaços públicos, estabelecidos a partir da articulação com a rede socioassistencial e com as Supervisões da Assistência Social para apresentação do projeto e análise de possíveis espaços e agendas e, subsequente contato com os Saicas e Casas Lar.|06
METODOLOGIAReflexões e proposições de práticas formativas a partir da revisão literária sobre o tema do encontro: artigos científicos; teses e dissertações;Reconhecimento dos conceitos – chave para a compreensão de cada tema;Reconhecimento das especificidades das temáticas no âmbito das Casas de Acolhimento;Vídeos de apoio para as reflexões sobre o tema do encontro;Trocas de experiências com outros profissionais das instituições parceiras;Modelos de propostas político pedagógicas para gestão das atividades com crianças, adolescentes e jovens.1 2 34 5 6|07
CONTEÚDOSForam eleitos quatro temas, considerados de relevância para a formação dos trabalhadores dos SAICAS. Os temas são parte integrante das Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, documento elaborado pelo Departamento de Proteção Social Especial (SNAS/MDS), aprovado pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), em julho de 2009.Características e necessidades de bebês, crianças e adolescentes: desenvolvimento e sexualidadeDrogas, dependência química e prevenção0102|08
CONTEÚDOSFamílias de crianças em situação de acolhimento: perfil socioeconômico e vulnerabilização socialRegulação emocional, expressão das emoções e enfrentamento dos conflitos relacionais0304|09
CARACTERISTICAS e necessidades de bebês, crianças e adolescentes: desenvolvimento e sexualidade
01TEMA
TEMA 1Tendo em vista que o curso objetivou abarcar as diferentes faixas etárias atendidas pelas instituições, o encontro foi subdividido em quatro conjuntos temáticos: a) o desenvolvimento dos bebês (zero a dois anos de idade); b) o desenvolvimento infantil (crianças de dois até seis anos); c) o desenvolvimento infantil (crianças de sete a 12 anos) e d) o desenvolvimento dos adolescentes (adolescentes de 13 a 17 anos e 11 meses). No caso dos bebês, assinalamos que aspectos sobre a fase de seu desenvolvimento sexual, bem como sobre o seu desenvolvimento psicomotor, os cursistas tiveram acesso à múltiplas possibilidades de arranjos materiais, espaciais e interações sociais que podem favorecer o desenvolvimento de bebês. Em seguida, assinalamos as características das crianças que compreendem a faixa etária de dois a seis anos, chamando à atenção para os aspectos relativos ao estágio pré-operatório, enfatizando a importância do jogo simbólico infantil como ação que permite às crianças elaborarem seus conflitos afetivos, bem como expressar suas hipóteses acerca do mundo circundante. Enfatizamos a importância do jogo espontâneo, dos jogos dramáticos, dos jogos com regras simples e brincadeiras infantis que podem ser desenvolvidos junto às crianças dessa faixa etária. Ressaltamos também, a importância que assume a “contação de histórias”, sobretudo, no que diz respeito à dimensão simbólica que o universo das narrativas – contos de fadas, contos tradicionais de povos originários – no tocante aos sentimentos relacionados à agressividade, sexualidade e algumas angústias psíquicas características dessa fase do desenvolvimento humano. Sobre as crianças entre sete e doze anos de idade, consideramos uma fase de abertura para relações sociais mais complexas, sobretudo, as conformações dos vínculos grupais. |12
Adentramos nas discussões sobre as características da fase que delimita o período da adolescência, destacando os problemas mais recorrentes no que diz respeito ao desenvolvimento maturacional, sexual e social desse período do desenvolvimento humano. Destacamos, entre outros elementos, a importância do engajamento dos adolescentes em grupos sociais a fim de que possam contar com parceiros de vida na construção e elaboração das questões emergentes nesse período do desenvolvimento humano. Nesse sentido, apontamos a importância dos jogos e brincadeiras, o compartilhamento de atividades cooperativas, visando a humanização por meio da ênfase aos processos grupais, dispositivo considerado muito importante nesse momento do desenvolvimento infantil.Com relação ao tema Sexualidade, atentamos para a delimitação de que se trata de uma dimensão da vida humana relacionada ao prazer, a afetividade, a autonomia e à liberdade humana Também distinguimos os conteúdos referentes às definições de Direitos Sexuais e Direitos reprodutivos bem como apontamos os marcos legais que informam a esse respeito, ressaltando seus aspectos históricos e culturais.|13
Refletimos sobre a especificidade do que os autores delimitam como direitos sexuais infantis. Os Direitos Sexuais Infantis dizem respeito ao direito à liberdade de manusear informações e à expressão de curiosidades e brincadeiras que remetem às curiosidades sexuais características de cada etapa do desenvolvimento sexual humano. A noção de Direitos Sexuais Infantis refere-se à importância das intervenções qualificadas dos adultos no que diz respeito às curiosidades sexuais infantis, expressas nos jogos e brincadeiras, bem como a compreensão dos processos psíquicos subjacentes à construção social dos gêneros sexuais e das orientações sexuais, que culminam em sua expressividade melhor acabada durante o período da adolescência. “Deveria ter mais formações como essa, além de ajudar no nosso trabalho ajuda nas nossas casas e nossos filhos e família.”Maria Livramento da Silva Lima“O tema é importante para qualificar o trabalho do serviço de alta complexidade e deve ter mais vezes e com mais serviços para prevenir a institucionalização.”Rosana“Ampliar o debate no trabalho com crianças, adolescentes e suas famílias, dentro do serviço de acolhimentoVitória Oliveira de Araújo Nascimento|14
No que diz respeito à fase da adolescência, destacamos a importância da instituição de dispositivos dialógicos nas instituições, sobretudo, as rodas de conversa, por meio dos quais os adolescentes possam conversar com um adulto qualificado, cientificamente embasado, sobre suas dúvidas e angústias que caracterizam essa fase do desenvolvimento humano. Para tanto, apresentamos um pequeno vídeo que apresenta como se institui uma roda de conversa calcada no respeito à diversidade e em informações cientificamente embasadas.|15
Drogas, dependência química e prevenção
02TEMA
TEMA 2Para o encontro referente à temática “drogas, dependência química e prevenção”, percorremos o seguinte itinerário formativo: Definição de drogas – nesse tópico delimitamos a definição de drogas como substâncias que interferem no sistema nervoso do usuário e que fazem parte do conjunto de experiências humanas, diferençadas quanto ao seu uso social, na forma como as sociedades regularam sua circulação e comercialização, bem como os sentidos a elas atribuídas em diferentes momentos históricos. Nesse contexto, definimos as drogas no âmbito da produção e circulação de mercadorias às quais são conferidos diferentes usos em contextos diversificados. Nesse sentido, com relação à sua tipologia, definimos três categorias: as drogas farmacológicas – de uso permitido para crianças e adultos mediante o receituário médico; as drogas lícitas de uso adulto – como o álcool e o tabaco; as drogas ilegais – de uso proibido: como a maconha, a cocaína, o crack, o MD, LSD e heroína.Por meio da recorrência às pesquisas que informam sobre a temática, mostramos a distribuição dos tipos de drogas no contexto do universo adolescente e da juventude. O recorte etário – adolescentes – deu-se devido ao fato de que pesquisas sobre a temática informam que o primeiro contato com as drogas, em média, ocorre entre os 13 e os 15 anos de idade.|18
Destacamos as contradições sociais e as representações que incidem sobre a adolescência na vida social, apontando para o fato de que há um verdadeiro imperativo que atribui à juventude a necessidade da vivência dessa fase da vida como uma fase de felicidade, de gozo e de ode ao prazer, justamente numa fase do desenvolvimento humano segundo a qual, para além das representações midiáticas, trata-se de uma fase complexa, envolta de diferentes matizes – biológicas, culturais, socioeconômicas e psicodinâmicas – que apontam para experiências de medo, da insegurança de si, mudanças de ordem corporal, construção da imagem de si, da identidade de gênero e orientação sexual, bem como da necessidade de se pertencer a um grupo social e de ser amado. Tomando como base a abordagem da teoria psicanalítica, destacamos algumas das motivações que levariam as pessoas a usarem os psicoativos de modo a procurar responder à questão: por que entre as pessoas que têm contato com as drogas, algumas delas se tornam dependentes químicas e outras não? Por meio de uma abordagem compreensiva da psicanálise, foi possível delimitar que atrás da denominação “drogado” há um sujeito que está em sofrimento e que, grosso modo, por não suportar sua dor, acaba por recorrer a um prazer substitutivo que tem como consequência uma espécie de apagamento da subjetividade, sobretudo, no momento em que há a obtenção do prazer oriundo do efeito químico da droga. Demonstramos que tal aporte teórico considera que a droga em si não o problema, mas os sentidos atribuídos a ela pela pessoa em situação de farmacodependência, que pode ser a expressão de uma dificuldade de elaboração subjetiva. Por meio de uma aproximação sociológica abordamos a questão sobre o uso de drogas nas diferentes sociedades, épocas e culturas destacando a historicidade e a diversidade como cada cultura se relaciona com o tema. Os diferentes usos, percepções e significados que mudam ao longo da história e nas diferentes culturas. Temas como urbanização e homogeneização das drogas, além de discussões sobre tráfico e mercado.| 13|19
Por fim, apresentamos alguns dos fatores que incidem sobre as dimensões culturais, sociais, interpessoais e biogenéticos, que concorrem para a constituição de contextos de vulnerabilidade que podem resultar no uso abusivo de tais substâncias. Além de identificar tais dimensões, delimitamos, também, os fatores protetivos para o uso abusivo das drogas, tais como: a promoção de ambientes estáveis intrafamiliares nos quais a vinculação positiva entre pais e filhos constitui-se como um fator protetivo, bem como a vinculação a instituições pró-sociais, associação a amigos não usuários, a participação em grupos sociais que podem conferir um sentido à existência, sobretudo, no que diz respeito aos adolescentes e jovens, e no caso de adolescentes e jovens já comprometidos com o seu uso abusivo, a necessidade da criação de grupos de referência mediados por profissionais especializados.“Eu gostei muito desse encontro, ampliou meu olhar e, com certeza, me ajudará muito enquanto serviço e até mesmo na vida.”Aline Ruth Guedes“ O tema discutido possibilita varias vertentes de discussões as quais sempre ocorrem nos encontros. Ricardo, grande profissional“Amanda Ramiro dos Santos|20
|21“ Temática essencial para os serviços de acolhimento já que promove reflexões acerca das praticas institucionais”Bruna C. de Sousa Nascimento
Famílias de crianças em situação de acolhimento: perfil socioeconômico e vulnerabilização social
03TEMA
TEMA 3Iniciamos os encontros com os trabalhadores dos SAICAS circunscrevendo o conceito de família presente no CONANDA, que compreende a família como um conjunto de pessoas que mantém vínculos afetivos e de cuidado, ampliando noção de família das concepções de consanguinidade. Após essa introdução conceitual, apresentamos dados de pesquisas que tratam sobre o perfil socioeconômico das famílias atendidas pelos SAICAS. Exploramos categorias analíticas como: empregabilidade; motivos do abrigamento; cor da pele dos familiares; opiniões que têm sobre as casas de atendimento; dificuldades enfrentadas para a reinserção das crianças e adolescentes no convívio familiar, entre outros aspectos. As pesquisas arroladas apontam para o fato de que, na maior parte dos casos, as crianças e adolescentes são retiradas das famílias devido a sua condição econômica, procedimento que vai na direção contrária ao preconizado pelo ECA. Considerando pontos de vista histórico analisamos as diversas funções que a família exerce na contemporaneidade a partir de 4 eixos analíticos:• Provisão material – alimentação, abrigo, vestuário, utensílios para o desenvolvimento – brinquedos, jogos, livros• aos cuidados afetivos – carinho, atenção, amor...limites• à socialização – escola, comunidade, família ampliada• à visão de mundo de seus componentes. Valores de liberdade, igualdade, participação, de respeito, justo/injustoNessa perspectiva refletimos que em nossa realidade social, família é sobretudo o conjunto de pessoas que convivem, constroem uma história, mantêm laços afetivos e estabelecem uma variedade de vínculos na vida cotidiana.|24
Assim, procuramos mostrar e analisar os dados dispostos em pesquisas acadêmicas, de modo a sensibilizar os profissionais para a compreensão das condições objetivas que incidem sobre os motivos que fazem com que o Estado afaste as crianças e adolescentes da convivência familiar. Nesse sentido, é importante que os Serviços possam encaminhar os familiares para programas de transferência de renda, programas de moradia, acesso a cestas básicas, entre outros, a fim de auxiliar na sua reestruturação socioeconômica, condição necessária para que as crianças e adolescentes possam retornar ao convívio com a família de origem, sempre que possível.Acho que causaram bastante reflexões sobre temas do dia a dia e que por ser do dia a dia a gente acaba não pensando muito sobre eles e vindo uma pessoa de fora do serviço e lembrando de alguns assuntos, de algumas temáticas, a gente para e pensa, hoje eu agi dessa maneira, mas posso agir de outra, são outros pontos que as vezes a gente deixa passar, que no dia a dia acaba relembrando. Alexandre dos AnjosA idéia de partilhar com outros profissionais, ter esse espaço para gente ampliar o debate, ouvir o que o outro, outros profissionais do mesmo setor estão fazendo e pensando e a gente pensar nisso em conjunto. Justamente criar esse debate com os trabalhadores que estão ali vivenciando os casos e é muito importante para não cair em ruídos, a falta de comunicação, então foi muito valido, muito importante, acho que deveria ampliar também para os educandos um tipo de formação assim, e que no ano que vem, tenha mais. (risos).(Giovanna dos Santos)|25
“Continuarei voltando para melhor acolher”Marinalva José Ribeiro Leme|26“todas as etapas do curso foram fundamentais para pensar a prática profissional|”Michele S. FerreiraEu achei muito valido, porque tem muitas situações dentro da casa que a gente fica meio perdido, não sabe o que faz, como se posicionar e acho que essa formação é muito boa sim, porque a gente tem caminhos, as vezes a gente nem pensou e na formação a gente vê que tem um lugar pra seguir, se direcionar. (Tatiane Veiga)
“ Adorei as reflexões foram bem humanizadas e dão suporte ao trabalho no contexto real.Lidiany Schuede|27
Regulação emocional, expressão das emoções e enfrentamento dos conflitos relacionais
04TEMA
TEMA 4Tendo como base o apoio da revisão bibliográfica empreendida sobre o tema, estabelecemos os seguintes tópicos para a discussão sobre a importância do cuidado com o cuidar de crianças e adolescentes que estão em situação de acolhimento: Definição sobre emoções; A importância de cuidar do cuidador; Definição de Stress e Burnout; A especificidade do stress e do burnout que acometem os cuidadores que atuam nas casas de acolhimento; a importância do apoio institucional; Estratégias de cuidado do cuidador.Concebemos Experiência Emocional como uma dimensão da vida humana que abarca todo vínculo social. Nós somos movidos e comovidos pela emoção. Ela é o caldo de cultivo, a matéria prima por meio da qual se desenvolvem as sementes das capacidades pensantes racionais e irracionais, poéticas e criativas, que nos permitem ou dificultam o contato com a realidade. Sobre a “regulação emocional” destacamos que “Indivíduos bem regulados emocionalmente têm capacidades de responder às exigências ostentadas ao longo da vida, recorrendo a um vasto leque de respostas emocionais, que são socialmente aceites e suficientemente flexíveis para permitir a espontaneidade, bem como a inibição de comportamentos desadequados. Assim, a regulação emocional evidencia-se como uma capacidade crucial para iniciar, motivar e organizar comportamentos adaptativos e prevenir elevados níveis de stress emocional. Refletimos sobre quais os processos que incidem na aprendizagem da regulação emocional, circunscrevendo a importância do convívio cotidiano e o vínculo afetivo com pessoas da família ou de modelos de autoridade, como professores e cuidadores. Situamos a especificidade da situação emocional das crianças e adolescentes atendidos pelos serviços de acolhimento. Demos destaque para os sentimentos de infelicidade e de culpa que acompanham o processo de institucionalização das crianças e adolescentes, sobretudo, nos primeiros momentos do seu afastamento da convivência com os familiares de origem. |30
À luz de uma perspectiva de vinculação, o processo de institucionalização é acompanhado de sentimentos de perda, abandono e solidão, à medida em que implica o confronto com a realidade que é comumente e superficialmente traduzida como negligência e insensibilidade parental. A perda traduz-se na noção de quebra nos laços afetivos que é vivida de forma dolorosa e temerosa por parte de crianças e adolescentes. Discutimos sobre quais estratégias os serviços de acolhimento poderiam adotar em seu cotidiano de modo a favorecer a construção de um ambiente favorável para a elaboração e a construção dos processos que atuam na aprendizagem da regulação emocional. Nesse sentido, conferimos grande destaque para os processos grupais, compreendendo esse dispositivo como fundamental na construção de uma ambiência que possa favorecer a elaboração dos sentimentos e a vivência de sentimentos de cooperação e ajuda mútua, bem como, a importância para a ação de adultos capazes de poder acolher e ajudar a elaborar emoções conflituosas, próprias do processo de institucionalização. Destacamos a importância da vida cotidiana, a possibilidade de os serviços de acolhimento serem um espaço de promoção de encontros felizes e boa convivência.Com relação à saúde mental dos trabalhadores dos SAICAS, refletimos sobre algumas profissões nas quais a ocorrência de stress se dá de forma mais acentuada do que outras, sobretudo, aqueles referentes às esferas do cuidado, da segurança, da saúde e educação. No caso dos profissionais que atuam nos serviços de acolhimento, o cuidado de crianças e adolescentes vulnerabilizados, a especificidade dessa esfera do cuidado, acaba favorecendo a emergência de situação estressoras que, se não tomadas de modo atento, podem vir a favorecer a emergência do burnout. Se a exposição frequente ao stress pode ocasionar problemas de ordem psicossomática e agravos emocionais, seu aumento significativo pode ocasionar o fenômeno do burnout Compreendido como um agravo de saúde, já que implica num processo de exaustão física e mental. Tal exaustão pode vir acompanhada de desenvolvimento de uma série de consequências físicas e emocionais, impossibilitando a continuidade do exercício laboral. Diante esse quadro, as instituições devem desenvolver respostas sociais para constituir ações de suporte emocional para os seus trabalhadores, pois trabalhadores com altos níveis de stress combinados com um elevado suporte institucional apresentam menor intenção de abandonar o trabalho, mantendo um forte vínculo com a organização. |31
Dentre os suportes voltados para construção de uma boa ambiência institucional, que acaba por incidir sobre a saúde mental dos trabalhadores, destacamos o dispositivo da Roda de Conversa.A Roda de Conversa é um dispositivo que vem sendo utilizado como um apoio importante para diversos âmbitos laborais e compreendida como uma estratégia voltada para a promoção de cuidado dos integrantes de uma equipe de trabalho. Caracterizada como uma estratégia metodológica voltada para a promoção da saúde, as rodas de conversa surgem como um espaço de escuta cuidadosa, que produzem o desenvolvimento de capacidade individual e coletiva. Além disso, também é considerada uma intervenção comunitária designada por um método que possibilita a discussão, expressão de desejos e desabafos, tendo como resultado as trocas e o aprendizado. Em síntese, considera-se que esta estratégia reproduz um espaço de cuidado e que permite o desenvolvimento de atividades que pontua a promoção da saúde mental do trabalhador.De trazer exemplos práticos, e as vezes a gente participa de algumas formações que são só formações, ai chega lá e coloca em prática, mas como? Hoje por exemplo foi mostrado, como colocar em prática, como trazer esse coletivo, a oficina, o ateliê, uma vez por semana, uma horinha, duas horas, uma vez por dia você consegue colocar isso e foi dado exemplos, no exemplo coletivo de fazer uma pipoca, sentar e assistir um filme, é um ateliê, foi pensado coletivamente, eles vão entender o momento de cada um, numa atividade simples A ideia é essa, não trazer coisas mirabolantes (Diogo Nunes)“ Excelente curso com conteúdos ricos e específicos de extrema importância para a formação profissional.Maria Aparecida Nascimento Saito|32
1º WORKSHOP54Participantes
TRAUMASO 1º Workshop com tema: "Vamos conversar sobre saúde mental" ocorrido em 28 de maio de 2024, apresentou o tema “traumas”.A definição do tema surgiu da escuta de profissionais da área que mencionavam sobre a dificuldade em acolher as crianças e os adolescentes ao chegarem nos serviços de acolhimento, pois muitos não entendem o motivo de estarem na situação de acolhidos.A organização convidou Reinaldo Nascimento, terapeuta social, faz parte do time internacional de emergência, que visa fortalecer a resiliência e crianças e jovens em situação de pisicotrauma, na capacitação de educadores.O tema tratou sobre tipos e características de traumas e formas de superação. Os exemplos sobre possíveis formas de abordagem junto a crianças e adolescentes foram adequados a realidade dos Serviços, pois não se limitaram a conceitos, mas a prática profissional. Estiveram presentes 54 participantes, entre coordenadoras de CREA’s e da Proteção Especial, gerentes, gestoras de parceria, sendo a maioria psicólogos, pedagogos e orientadores socioeducativo. Pode-se verificar pelas avaliações que apreciaram, principalmente, a troca de experiência, a escolha do tema e consideraram como diferencial dois aspectos: a didática do palestrante e o acolhimento da organização.|34
EVENTO EXTRA107Participantes
AUTOMUTILAÇÃOOs participantes, durante avaliações escritas e verbais, trouxeram a necessidade de refletirem sobre o tema de saúde mental, tendo em vista o aumento de número de casos que acompanham no cotidiano dos acolhidos.Por esta razão, foi realizado um encontro extra ao planejado, no dia 30 de janeiro, na sede da ESPASO, que gentilmente acolheu o evento.Foram inscritas 161 pessoas, sendo necessário interromper as inscrições e criou-se uma lista de espera. 107 profissionais estiveram presentes, estes números revelam a necessidade dos profissionais para falarem sobre o assunto.Para desenvolver o tema: "Automutilação e tentativa de suicídio em crianças e adolescentes. Como compreender e o que podemos fazer para ajudar? " foi convidado Flávio José Gosling. Mestre em medicina preventiva, Médico psiquiatra e do trabalho e psicanalista. Membro filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de SP. Docente na Colmeia. Flávio tem domínio no conteúdo, é uma pena que o tempo seja escasso, Tem conteúdo para uma capacitação de pelo menos 3 dias.Renata dos Santos Cardoso.Ótimas reflexões, pensamentos, ideias e açõesLuiza Fabiane AraújoSugestão de mais encontros sistemáticos sobre o tema da saúde mental de crianças e adolescentes institucionalizados. Atual demanda real dos SaicasRuth Pereira|36A partir da apresentação de casos reais e ficticios foram discutidos o manejo, a abordagem inicial e o que fazer em situações de risco,.As avaliações apontaram que o tema é de extrema importância, proporcionou ideias de atuação no cotidiano e queixaram-se sobre o tempo ter sido insufuciente.
AUTOMUTILAÇÃOAdorei a formação. Sempre trazem ótimos temas pra reflexão e formam para melhor lidar com o cotidianoAyesha Gabriela PortoAgradeço pelo convite e quero parabenizar a Colmeia por dispor de um profissional qualificado que fala a linguagem dos profissionais e também nos ajudará bastante a lidar com as situações de “riscos” com as quais nos deparamos quase sempre no nosso âmbito de trabalho, espero poder participar dos próximos encontros. Gratidão!Camila Gomes|37
2º WORKSHOP25Participantes
AUTOMUTILAÇÃODevido ao fato do evento extra ter recebido grande adesão e com lista de espera de 44 interessados, foi decidido repetir o tema para o II workshop, a fim de atender a demanda.O II workshop ocorreu na sede da instituição no dia 27 de fevereiro de 2025 e contou com 25 participantes Com mais tempo para debates e um número menor de participantes, foi possível realizar uma roda de conversa, que possibilitou mais aprofundamento e trocas de experiências entre os trabalhadores.|39
QUADRO ENCONTROSMESES LESTE1 LESTE 2 NORTE 1 NORTE 2 SUL 1MAIOJUNHO 16 23JULHO 13 17AGO 7 10 22SET 17 22 10 11OUT 4 15 8 13NOV 9 7 26DEZ 7JANFEVMAR 8TOTAL INSCRITOS NOS WORKSHOPSTOTAL PARTICIPANTES POR POLO40 49 44 59 73TOTAL GERAL DE PARTICIPANTES|40*Nestes polos ocorreram dois encontros formativos nos meses novembro e dezembro.
SUL 2 OESTE CENTRO1º WORKSHOPEVENTO EXTRA2º WORKSHOP5412262010 13156 *42*291072510QUADRO ENCONTROSJAN 89 161 102FEV68 44 71 54 107 25MAR634|41
DESTAQUES
DESTAQUES POSITIVOSConsideramos que a abordagem pedagógica adotada para os encontros foi muito acertada, de tal modo que muitos dos cursistas se sentiram confortáveis em narrar suas experiências. A mobilização e a troca de experiências dos profissionais e, por vezes, experiências pessoais, foram momentos importantes do processo formativo. Proporcionaram a identificação de desafios e acontecimentos similares entre as instituições.A troca de repertórios de estratégias de enfrentamento desses problemas foi importante para a ampliação do conjunto de práticas institucionais que podem ser encampadas pelos trabalhadores em suas instituições.O uso de diferentes suportes para o processo formativo (power point e vídeos) foi importante, a medida em que constituíram diferentes possibilidades de apreciar as múltiplas dimensões concernentes a cada conjunto temático. A alternância, sempre que possível, de momentos de apreciação de vídeos, reflexão de excertos de textos e trocas de experiências em pequenos grupos, foi estratégia eficaz para a manutenção da atenção, vínculo e compromisso dos cursistas nos encontros formativos.Avaliamos que a perspectiva metodológica adotada durante o curso auxiliou na ampliação da compreensão sobre os conhecimentos que os trabalhadores que atuam nos SAICAS devem se apropriar para atender às características e necessidades das crianças e adolescentes acolhidos. Das reflexões empreendidas durante os encontros formativos, sempre que possível, foram derivadas proposições de práticas de cuidado e formação voltados para os usuários do serviço, práticas fundamentais para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes institucionalizados. |43
DESAFIOSENFRENTADOS| 31
DESAFIOS ENFRENTADOSAinda que o processo formativo seja considerado exitoso em alcançar os seus propósitos, há desafios que devem ser equacionados para outra versão da formação:Observamos que os cursistas, em sua maioria, apresentaram dificuldades em realizar leituras dos textos recomendados. Entendemos que, entre outros motivos, a falta de uma identidade profissional (sobretudo, para os educadores sociais), acrescido da ausência de plano de carreira para esses profissionais, podem ser fatores que não estimularam os cursistas para encampar as leituras propostas. A proposição da leitura dos textos teve como objetivo favorecer o reconhecimento acerca dos conteúdos que seriam trabalhados em cada encontro, a fim de favorecer a qualificação das discussões e reflexões coletivas.Como se tratava de uma formação oferecida para que os cursistas pudessem replicar, em alguma medida, as discussões realizadas nos encontros em seus próprios SAICAS, não foi possível saber se essa intenção alcançou os fins desejados no processo formativo. Tendo em vista os desafios cotidianos que os trabalhadores enfrentam na vida institucional, pensamos que os cursistas não conseguiram levar adiante, para seus colegas dos SAICAS, as discussões desenvolvidas em cada encontro formativo.Sempre que possível, cada encontro formativo culminava em proposições de práticas formativas que deveriam ser desenvolvidas junto às crianças e adolescentes nos SAICAS. Porém, foi possível verificar que, devido à diferentes fatores, as práticas preconizadas durante o curso não foram aplicadas pelos trabalhadores das instituições. Em poucos casos, recebemos devolutivas que apontaram para a fertilidade das práticas defendidas durante o processo formativo.Compreendemos que o maior desafio do trabalho diz respeito a questões de ordem estrutural. Os educadores sociais têm formação em nível médio. Contraditoriamente, os conhecimentos que embasam suas práticas junto às crianças e adolescentes são aprendidos, geralmente, em cursos de nível superior, como a Pedagogia, Sociologia, Psicologia, entre outras ciências. Os salários não são atraentes para reter os trabalhadores na instituição. A intensidade das demandas das crianças e adolescentes endereçadas aos trabalhadores e a falta de formação dos mesmos, acarretam agravos de saúde mental para todos (trabalhadores, crianças e adolescentes), resultando em significativa troca de trabalhadores que atuam na casa ao longo de cada ano. Por fim, a rotatividade de trabalhadores acaba por dificultar a constituição de laços e vínculos duradouros entre as crianças, adolescentes e trabalhadores, resultando, em muitas vezes, em situações de violência, desânimo e apatia.01020304
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EQUIPE RESPONSÁVELPsicóloga, com especialização em antroposofia, atua como coordenadora técnica e administrativa da Colmeia – Instituição a Serviço da Juventude, Responsável por relacionamento institucional, parcerias , elaboração de projetos, e pelos serviços e programas ofertados pela instituição.Coordenação Geral: Marisa DonatielloMARÇO2025Pedagogo, graduado e Licenciado em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo. Mestre em Psicologia Escolar pelo Instituto de Psicologia da USP. Doutor em Educação pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade. Pós-Doutoramento em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.Instrutor/Formador: Ricardo CascoCientista social, pós-graduado em economia e relações do Trabalho, pesquisador e líder de projetos do Centro de Estudos em Educação, Cultura e Ação Comunitária CENPEC de 1999 à 2021. Atuou na área da infância e juventude em projetos com meninos e meninas em situação de rua e como diretor de unidades de internação para meninas infratoras. Foi presidente do CMDCA de Guarulhos e supervisor pedagógico do Espaço Criança Esperança em São Paulo. Diretor estadual da Abong São Paulo há 10 anos. É autor e coautor de diferentes publicações de educação pelo CENPEC e outras instituições.Instrutor/Formador: Alexandre IsaacLicenciada em Educação Artística, pós graduada como analista ambiental e orientadora educacional. Atuou no projeto até outubro/24 auxiliando em pesquisas e relacionamento institucional do projeto.Assistente de Projeto: Renata Moura|48
Material criado por: SP Click Agência em março de 2025 para Colmeia Instituição a Serviço da Juventudewww.agenciaclickpme.com.br/instagram.com/agenciaclickProjeto realizado por:Colmeia Instituição a Serviço da JuventudeRua: Marina Cintra, 97Jardim Europa - São Paulo - SPwww.colmeia.org.bryoutube.com/colmeiasp@colmeiaorgoficialwww.linkedin/company/colmeiaorgoficial@facebook.com/ColmeiaOrgOficial/Pelo Termo de Fomento Processo nº 012.000.08610/2023-62