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• I - CONSUMO CONSCIENTE -------------------------------------- • II - ORÇAMENTO FAMILIAR ---------------------------------------• III - FINANÇAS FAMILIARES --------------------------------------- • IV - COMO LIDAR COM AS DÍVIDAS ----------------------------- • V - PORTABILIDADE DE CRÉDITO ------------------------------ • VI - DICAS PARA NÃO CAIR NA INADIMPLÊNCIA ---------- • VII - COMO CONSTRUIR SUAS RESERVAS ------------------ • VIII - AS FORMAS DE CRÉDITO ----------------------------------- • IX - ECONOMIA PARA CRIANÇAS ------------------------------ SUMÁRIO050817193630252421
CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA DO PARANÁ
Prezado(a) leitor(a) Conheça a 13ª edição da "Cartilha EnTenda de Economia: Dicas parao Consumo Consciente"Este material foi desenvolvido para ajudar as famílias a organizaremsuas finanças de forma prática e eficiente. Com orientações simples eacessíveis, a cartilha oferece ferramentas para melhorar oplanejamento financeiro doméstico e promover um consumo maisequilibrado.Aqui, você encontrará dicas valiosas para aplicar no dia a dia,contribuindo para uma gestão mais saudável do seu dinheiro e umorçamento familiar bem estruturado.Diante do atual cenário econômico, marcado por altas taxas de juros eaumento nos preços de produtos essenciais, é fundamental revisarseus gastos e evitar dívidas desnecessárias.Pensando nisso, o CoreconPR, disponibiliza este conteúdo como umserviço à população paranaense. A cartilha é um guia para incentivarhábitos financeiros mais conscientes e sustentáveis.Economista Odisnei Antonio Bega – Presidente do CORECONPRAPRESENTAÇÃO
Quem nunca caiu na tentação de comprar algo por impulso, mesmo semprecisar? Vivemos em um mundo inundado por propagandas eestratégias de marketing irresistíveis, que nos levam a consumir movidospor apelos visuais, emocionais e sociais. Essa prática define oconsumismo: adquirir produtos ou serviços em excesso, sem avaliar suareal necessidade ou os efeitos que causam.A solução para os impactos negativos do consumismo está no consumoconsciente. Esse conceito se refere ao ato de consumir com reflexão,buscando equilibrar as necessidades individuais com os limitesambientais e os efeitos sociais das decisões de compra. O consumidor consciente avalia não só o preço e a utilidade de umproduto, mas também a forma como foi produzido, se envolve trabalhojusto, se agride o meio ambiente ou se incentiva práticas sustentáveis.Reflita sobre alguns princípios do Consumidor Consciente. “Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo.” Mahatma Gandhi I CONSUMO CONSCIENTEComo satisfazer necessidadessem desperdiçar dinheiro
2. Consuma com consciência Adquira apenas o necessário e evite excessos, priorizando o essencial.3. Reutilize produtos e embalagens Dê novos usos a produtos e embalagens antes de descartá-los ousubstituí-los.4. Separe e recicle seu lixo Recicle e ajude a preservar os recursos naturais, reduzir os danos aomeio ambiente e gerar empregos por meio da reutilização de resíduos."Recicle hoje para um amanhã mais verde e justo."5. Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social dasempresasEm suas escolhas de consumo, não olhe apenas o preço e a qualidade.Prefira marcas comprometidas com seus trabalhadores, a sociedade e omeio ambiente, e não apenas com o lucro.6. Evite produtos piratas e contrabandeados Compre apenas de comércios legais para gerar empregos e combater ocrime e a violência.7. Ajude a melhorar produtos e serviços Adote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticasconstrutivas sobre seus produtos/serviços. 1. Reflita sobre os impactos de seuconsumo Considere os efeitos das suasescolhas no meio ambiente e nasociedade.
8. Promova o consumo consciente Seja um militante da causa: sensibilize outros consumidores e dissemineinformações, valores e práticas do consumo consciente. Compartilheinformações e mobilize amigos e familiares para adotarem hábitos deconsumo mais responsáveis.9. Cobre responsabilidade dos políticos Exija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações queviabilizem e aprofundem a prática do consumo consciente, bem como, ouso consciente, justo e ético dos recursos públicos. 10. Reavalie seus valores Avalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seushábitos de consumo. O consumo consciente pode mudar sua vida e impactar POSITIVAMENTEseu orçamento, pois quando ele passa a fazer parte de nossas atitudesno dia a dia, ele ajuda: • preservar a natureza;• reduzir desperdícios;• facilitar a realização de sonhos sem dívidas;• contribuir para um futuro melhor.11. Não gaste tudo o que você ganha Use sua renda com prudência; prosperidade exige planejamento.12. Transforme seus sonhos em realidadeUma parte do seu ganho/renda mensal deve ser reservada (poupada),exclusivamente para garantir seus sonhos (os pequenos e,principalmente, os grandes) preferencialmente sem nenhumendividamento.Saiba mais sobre Consumo Consciente, acessando os sites •Sou Mais Nós https://www.akatu.org.br/noticia/sou-mais-nos/ •Exame https://exame.com/invest/minhas-financas/consumo-consciente-onda/amp
Uma prova concreta de que a vida financeira está sendo conduzida deforma consciente é o respeito ao orçamento familiar. Ter um bom relacionamento com o próprio dinheiro começa pelaelaboração cuidadosa e realista do orçamento, com atenção aos ganhose aos gastos do dia a dia. Isso exige DISCIPLINA e RESPONSABILIDADE —não basta apenas planejar, é essencial seguir o que foi definido, evitandocompras por impulso ou gastos acima do que se pode pagar.Todas as famílias têm um ORÇAMENTO com entradas (receitas) e saídas(poupança e despesas) que deve ser respeitado. No entanto, muitaspessoas ignoram os benefícios que esse controle traz para realizarsonhos e melhorar a qualidade de vida, tanto agora quanto no futuro.Indo direto ao ponto, o Orçamento Familiar é simplesmente comparar ototal das saídas (despesas, compromissos e reservas para sonhos) com ototal das entradas (receitas), para saber se estamos no AZUL (sobrou) ouno VERMELHO (faltou).II ORÇAMENTO FAMILIAR
Orçamento Familiar é assunto sério demais para ser feito por umapessoa só. Por isso, MENSALMENTE todos os membros da família —tanto os que gastam quanto os que contribuem com a renda — devemparticipar da análise dos gastos, das receitas e da revisão do orçamentopara os próximos meses. Essa prática garante que, em pouco tempo, além de sobrar dinheiro nofinal do mês, todos percebam que estão construindo um futuro melhorjuntos. Aos poucos, os sonhos da família vão se tornando realidade, semcrises financeiras ou preocupações. O diálogo e a colaboração fazem toda a diferença para manter ocontrole financeiro, criar disciplina e fortalecer o compromisso de cuidardo bem-estar de todos. Quando se gasta apenas aquilo que se tem certeza de que poderá serpago, evita-se o endividamento e o estresse financeiro, promovendomais equilíbrio e segurança para toda a família. Isso significa viver dentrodos próprios limites, priorizando necessidades, controlando desejos etendo consciência de que nem tudo o que se quer é necessário ouurgente.Respeitar o orçamento é também uma forma de valorizar o próprioesforço e garantir um futuro mais estável. Além disso, permite guardarrecursos para emergências e realizar sonhos sem dívidas. Ou seja,consumir com consciência é cuidar bem do presente e construir o futurocom inteligência e tranquilidade.
1º Passo: Renda Familiar O primeiro passo é registrar todas as fontes de renda mensal da família,incluindo salários, aluguéis e rendimentos financeiros. É fundamental considerar os valores líquidos — ou seja, o que realmenteentra após descontos como Imposto de Renda, INSS e outras deduções.Com esses dados, deve-se montar uma planilha de “Entradas/Receitasdo Mês”. Ao somar todas as receitas líquidas, obtém-se uma informação essencial:as despesas, prestações e reservas para os sonhos devem ser inferioresao total da renda. Caso contrário, a família corre o risco de recorrer adívidas ou atrasar compromissos, o que compromete o equilíbriofinanceiro e dificulta a prosperidade.Manter as saídas controladas dentro das receitas é fundamental paragarantir saúde financeira, evitar endividamentos e construir um futuromais estável. Esse controle é uma ferramenta poderosa para planejar,economizar e realizar sonhos com segurança.PRIMEIRO MÊS (APRENDIZADO)
2º Passo: Os Gastos/Saídas Neste momento, é fundamental agir com atenção, paciência ehonestidade, mostrando um compromisso real com uma vida melhor,tanto agora quanto no futuro. Omitir ou distorcer informações aoregistrar as saídas (despesas e gastos) no orçamento familiar é como darum tiro no próprio pé, comprometendo o controle financeiro e osobjetivos da família.Mãos à Obra: Na última semana do mês anterior ao primeiro orçamento familiar,antes de convocar toda a família para a reunião, a pessoa responsávelpor conduzir o orçamento — preferencialmente quem atualmentegerencia os gastos — deve:a) Ter em mãos o valor total das entradas e receitas do mês (1º passo:Renda Familiar); b) Elaborar uma planilha listando todas as prestações e compromissosfinanceiros da família para os próximos meses, incluindo informaçõesdetalhadas como:Reúna a família para a “Reunião da Nossa Prosperidade” e, com base nasreceitas totais e na lista de pagamentos futuros, avaliem juntos oscompromissos financeiros. Identifiquem o valor, vencimento e númerode parcelas de cada despesa, para saber quanto será pago mensalmentee o total dos compromissos. Usando a experiência dos meses anteriores, façam uma estimativaaproximada dos gastos mensais da casa. Registrem tudo em umaplanilha chamada Resumo de Saídas/Pagamentos Mensais, que ajudaráa visualizar melhor o orçamento familiar, ajustar despesas e planejar ofuturo com mais segurança e equilíbrio. Essa prática promoveorganização e participação de todos na saúde financeira da família.
Para isso, utilizem registros existentes como notas fiscais, tickets demercado, extratos bancários e de cartão de crédito, além da memória ecooperação de todos os membros da família — essencial para nãoesquecer nenhum gasto ou compromisso. Incentive a participaçãocoletiva para garantir um levantamento completo e preciso. Aproveitemtambém para discutir e definir um valor fixo a ser reservadomensalmente como saída, voltada à realização do próximo sonho dafamília. Essa quantia deve ser tratada como um compromisso financeiroimportante, ajudando a criar o hábito de poupar e a manter o foco nosobjetivos familiares de médio e longo prazo.Modelo da Planilha “RESUMO DE SAÍDAS/PAGAMENTOS MENSAIS”
OBS: Os valores das prestações que vencem no mês devem ser incluídos neste resumo,dentro da respectiva categoria (Ex: prestação do carro, incluir no item 3 – Transporte;prestação da casa própria ou aluguel incluir no item 1-Moradia)Nesta etapa de organização das finanças familiares, é essencial terpaciência e manter a calma. Nem todos os membros da família estarão,de início, igualmente envolvidos ou preocupados com os gastos e o usodo dinheiro. Essa diferença de percepção é comum e tende a diminuircom o tempo, à medida que todos compreendem melhor a importânciade um planejamento financeiro. Com o passar dos meses, o diálogo se fortalece, e a conscientizaçãocoletiva sobre como o dinheiro é ganho e gasto começa a crescer. Issoajuda a família a entender que o orçamento nem sempre permiterealizar todos os desejos de imediato, e que fazer boas escolhasfinanceiras é fundamental. O controle dos gastos permite visualizarmelhor as prioridades, evitar dívidas desnecessárias e direcionar osrecursos para o que realmente importa. Com responsabilidade ecomprometimento, cada membro pode contribuir para um futuro maisestável e equilibrado.3º Passo: Previsão do Resultado Com base nos dados coletados ao final do mês anterior ao primeiroOrçamento Familiar — como a renda total da família, despesas fixas,variáveis e o valor de eventuais prestações — é hora de preencher aplanilha “Orçamento do Mês” (modelo abaixo). Esse preenchimento deveser feito com atenção e realismo, considerando todos os compromissosfinanceiros e fontes de receita.A partir dessa previsão, a família terá uma visão clara da sua situaçãofinanceira. Isso permite identificar excessos, ajustar prioridades eplanejar melhor o uso do dinheiro.
Se os gastos previstos estiverem acima da renda, é importante discutirem conjunto quais despesas podem ser reduzidas ou eliminadas. Oobjetivo é que os pagamentos não ultrapassem os ganhos, garantindo oequilíbrio do orçamento.Esse exercício não serve apenas para cortar gastos, mas principalmentepara tomar decisão.ORÇAMENTO DO MÊS“Para famílias endividadas, o primeiro objetivo deve ser claro: eliminar asdívidas. Isso exige foco, planejamento e ações inteligentes paraaumentar a renda e/ou reduzir os gastos. Enfrentar a realidadefinanceira com responsabilidade é o primeiro passo para sair do apertoe retomar o controle da vida econômica”.“A disciplina financeira é essencial nesse processo. Ela não se resume acortar gastos, mas sim a fazer escolhas conscientes, priorizar o querealmente importa e manter o compromisso com o equilíbrio financeiro.Com organização e persistência, é possível transformar a situação atuale criar um caminho sólido rumo à prosperidade”.
4º Passo – Registro Diário dos Gastos O Orçamento Familiar tem como objetivo organizar as finanças parauma vida melhor. Sua prática mensal pode levar tempo para seconsolidar, mas os benefícios — como a melhoria na qualidade de vida— dependem do compromisso de toda a família em gastar comconsciência e respeitar os limites definidos.Para que sobre dinheiro no final do mês e seja possível realizar ossonhos da família, é essencial que todos os membros se comprometama registrar diariamente todos os gastos, inclusive os pequenos, comocafezinhos, lanches ou passagens. Para isso, recomendamos o uso deum Caderno de Gastos Familiar (ou uma planilha), que deve conter asseguintes informações:a) Data do gasto; b) Descrição do que foi comprado ou pago; c) Valorgasto; d) Forma de pagamento (dinheiro, cartão, PIX, etc.); e) Quem fez ogasto; f) Categoria (alimentação, transporte, lazer, contas, etc.)Esse controle diário traz transparência aos gastos, ajudando a identificardespesas desnecessárias e a ajustar os hábitos financeiros. Comdisciplina e envolvimento de todos, facilita um planejamento mais eficaze aumenta as chances de alcançar os objetivos familiares.REGISTRO DE GASTOS DIÁRIOS E COMPROMISSOS PAGOS - Mês(*) 1-Moradia, 2-Alimentação, 3-Transporte, 4-Cuidados pessoais, 5-Saúde, 6-Vestuário,7-Estudos, 8-Lazer, 9-Desp. Financeiras (juros, taxas, etc.), 10 - Sonhos (valor parareserva de emergência) e 11 - Outras saídas.
No final do mês, some todos os gastos agrupando-os por categoria. Issodará à família uma visão mais realista da sua saúde financeira. Comesses dados reais, elabore novas planilhas: o “Resumo deSaídas/Pagamentos Mensais” e o “Orçamento do Mês” atualizado.NOS PRÓXIMOS MESES (persistência é fundamental para se obterresultados) Para que o “Orçamento Familiar” realmente mostre seus benefícios, éimportante repetir o processo mensalmente, preferencialmente naúltima semana de cada mês, seguindo os mesmos passos do primeiromês.Como todos os pagamentos, gastos e rendas foram anotados ao longodo mês, antes de planejar o próximo, deve-se avaliar o que foi previstocomparando com o que realmente aconteceu no mês que estáterminando.Atenção especial deve ser dada ao elaborar o orçamento no início decada ano, devido à concentração de despesas importantes como IPTU ematrículas escolares. Também é fundamental planejar com cuidado osmeses que costumam ter gastos extras, como férias, Páscoa, Dia dasMães, Dia das Crianças, Carnaval, Natal e aniversários.A repetição mensal desse processo fortalece a cooperação nas reuniõesdo “Orçamento Familiar”, fazendo com que as decisões sobre gastos e abusca por novas fontes de renda sejam mais comprometidas com obem-estar de toda a família, possibilitando a realização de mais sonhos.Nota: Como forma de aumentar a conscientização e o comprometimento decada membro da família na busca de uma vida melhor, fica como sugestão aleitura do livro “O valor do amanhã” do economista Eduardo Giannetti.
Viver em família nem sempre é simples e demanda diversas regras deconvivência para que a harmonia seja mantida. Com o dinheiro, asituação é semelhante: é preciso estabelecer limites e cuidados paraevitar conflitos e problemas financeiros. Situações pessoais delicadas, como desemprego, doenças ouemergências, podem impactar significativamente a economia de umindivíduo ou de toda a família. As decisões financeiras tomadas nessesmomentos críticos costumam repercutir por muitos anos, podendocomprometer a estabilidade financeira e o alcance de objetivos futuros.Por isso, é fundamental agir com cautela e responsabilidade, adotandopráticas de consumo consciente e controle rigoroso dos gastos. Oconsumo consciente implica avaliar a real necessidade de cada compra,priorizando o que é essencial e evitando despesas impulsivas. Já ocontrole dos gastos ajuda a manter o orçamento equilibrado, permitindoque a família saiba exatamente para onde vai cada centavo e identifiqueonde é possível economizar.Perda do emprego Perder o emprego é um medo comum a milhões de pessoas e podegerar grandes dificuldades financeiras. Para minimizar os impactos dodesemprego, recomenda-se que o indivíduo tenha uma reservafinanceira equivalente a pelo menos 3 a 6 meses dos seus gastos III FINANÇAS FAMILIARES
mensais, guardada em investimentos com liquidez rápida, como o CDIdiário ou o Tesouro Selic. O ideal é que essa reserva cubra até 12 mesesde despesas, oferecendo maior segurança e tranquilidade durante operíodo sem trabalho.Se houver dívidas, procure seu credor para renegociá-las e ajuste seuorçamento de acordo com essa nova situação.Gastos inesperados Nem sempre é possível planejar todos os gastos, pois imprevistospodem ocorrer e causar dificuldades financeiras. Os mais comuns e quegeralmente têm grande impacto são despesas médicas e comautomóveis. Por isso, é importante pesquisar e contratar planos deseguro e saúde, garantindo proteção e evitando surpresas quecomprometam seu orçamento.Divórcio Quando um casal se separa, é fundamental que a vida financeira, antesconjunta, também seja dividida gradualmente. Durante esse período detransição, as dívidas existentes devem ser pagas, mesmo que hajaacordo para que apenas um assuma a responsabilidade total. Casocontrário, qualquer dívida contraída nesse momento pode afetarnegativamente o nome de ambos junto às agências de crédito,comprometendo a reputação financeira de ambos.
Antes de tudo, as dívidas devem ser evitadas, e para isso o consumoconsciente e a elaboração de orçamentos são essenciais. Quando esseshábitos são praticados, é pouco provável que a pessoa enfrenteproblemas financeiros. No entanto, algumas situações da vida podemdesorganizar as finanças e causar grandes dificuldades, mesmo paraquem tem cuidado.Os principais sinais de que você pode estar entrando em uma situaçãofinanceira difícil são: ·manter saldo devedor constante no cheque especial; ·usar um cartão de crédito para pagar outro; ·pagar apenas o valor mínimo da fatura do cartão; ·não saber o total das suas dívidas; ·receber cobranças por pagamentos atrasados; ·atrasar o pagamento das contas com frequência; ·ter propostas de crédito recusadas; ·gastar mais do que ganha mensalmente; · usar o cartão de crédito para compras sem ter certeza de que terá odinheiro para quitar a fatura na data de vencimento.Se você identificar alguns desses sinais na sua vida, é importante fazeruma avaliação completa da sua situação financeira, listando todas asdívidas e o patrimônio, podendo contar com a ajuda de um profissional,se necessário. IV COMO LIDAR COM AS DÍVIDAS
As prioridades para pagamento ou renegociação devem ser as dívidascom garantia, como financiamentos de imóvel ou veículo, asrelacionadas aos gastos essenciais da casa e aquelas que geram juros,multas e encargos altos em caso de atraso, como o cartão de crédito.Negociando para reduzir as dívidas Após definir as prioridades, é fundamental criar um plano para quitartodas as dívidas. Negociar com os credores costuma ser a melhor opção,incluindo alongar prazos, revisar ou refinanciar empréstimos. Ao fecharum acordo, avalie se realmente conseguirá cumprir os novos termos,para evitar apenas adiar os problemas.Se tiver dificuldades para negociar com o banco ou financeira, siga estepasso a passo:·Envie uma carta registrada com aviso de recebimento (AR) à instituição;·Use sua conta online para solicitar negociação;·Proponha uma forma de pagamento compatível com sua renda;·Se o credor recusar condições justas, busque auxílio na Justiça contracobranças abusivas;·Guarde todas as notificações como prova de boa fé.Obs: Evite parcelar dívidas antigas. O ideal é juntar uma reserva de pelomenos 50% do valor total e tentar uma negociação à vista.
Essa é uma alternativa para conseguir juros menores e melhorar ascondições de pagamento ao transferir sua dívida para outra instituiçãofinanceira.1. O que é a portabilidade de crédito? Portabilidade de crédito é a possibilidade que o cliente tem de transferirum empréstimo, financiamento ou contrato de arrendamento mercantilde uma instituição financeira para outra. Essa transferência é feita poriniciativa do cliente, mediante a quitação antecipada da dívida com ainstituição original. As condições do novo contrato devem ser negociadasdiretamente entre o cliente e a nova instituição, que oferecerá créditoem condições mais vantajosas para quitar o saldo devedor anterior.2. O que fazer para transferir o que se está devendo para outrainstituição financeira?Antes de solicitar a portabilidade de crédito, é necessário obter junto àinstituição original o valor total da sua dívida — seja de empréstimo,financiamento ou arrendamento mercantil. Esse valor deverá serinformado à nova instituição, que será responsável por transferir osrecursos diretamente à instituição original para quitar a dívida de formaantecipada. Ou seja, a quitação será feita pela nova instituição, não porvocê.É fundamental solicitar o Custo Efetivo Total (CET) antes de realizar aportabilidade. O CET permite comparar de forma clara todos osencargos e despesas envolvidos nas operações de crédito, facilitando a V PORTABILIDADE DE CRÉDITO
avaliação da real vantagem da troca. Também é importante revisartodas as condições do novo contrato para garantir que a portabilidadetrará benefícios.Observação: Do ponto de vista financeiro, a portabilidade só serávantajosa se o CET oferecido pela nova instituição for menor, o quegeralmente significa parcelas mensais mais baixas para o mesmo prazode pagamento.3. A instituição financeira pode se recusar a efetuar a portabilidade? A instituição com a qual você possui o contrato atual é obrigada a aceitarseu pedido de portabilidade. No entanto, essa transferência só ocorre seoutra instituição financeira concordar em oferecer um novo crédito ouarrendamento mercantil para quitar a dívida original. A nova operação depende de negociação entre as partes e da aprovaçãoda nova instituição, que não é obrigada a conceder o crédito. Assim, aportabilidade só se concretiza se houver interesse da nova instituiçãoem assumir a dívida, mantendo-se as condições do contrato original,salvo negociação diferente entre as partes envolvidas.Isso significa que, para realizar a portabilidade, você deve encontrar umanova instituição financeira disposta a conceder um novo crédito paraquitar a dívida atual. Vale ressaltar que essa nova instituição não éobrigada a aprovar a operação — a contratação é voluntária e dependedo interesse e da análise de crédito das duas partes envolvidas.4. E se o banco se recusar a me fornecer o valor para a quitação? A instituição financeira é obrigada a informar o valor necessário para aquitação antecipada da sua dívida. Se essa informação não for fornecida,você pode recorrer à Ouvidoria da própria instituição, que tem até 15dias para responder.
Caso não haja retorno no prazo ou se houver dificuldade para entrar emcontato com a Ouvidoria, é possível registrar uma reclamação junto aoBanco Central. Para isso, acesse o site www.bcb.gov.br e siga asorientações disponíveis para formalizar sua reclamação ou denúncia.Esse processo ajuda a garantir o cumprimento dos seus direitos comoconsumidor.5. As instituições podem cobrar tarifa pela portabilidade? Se você ainda não for cliente da instituição que concederá o novocrédito, ela poderá cobrar uma tarifa de confecção de cadastro parainício de relacionamento, conforme autorizado pela Resolução CMN nº3.919/2010. Essa cobrança é permitida apenas uma vez e deve estarclaramente informada.Para mais detalhes, consulte a Resolução CMN nº 4.292/2013, disponívelno site do Banco Central em formato PDF. A leitura do regulamentocompleto pode esclarecer eventuais dúvidas sobre seus direitos e asregras da portabilidade de crédito. Acesse: www.bcb.gov.br.
Cartão de crédito Entre em contato com a administradora do seu cartão de crédito e verifiquea possibilidade de um acordo para cancelar ou suspender o cartão. Alémdisso, avalie a alternativa de quitar toda a dívida do cartão por meio de umempréstimo com bancos ou financeiras, que geralmente oferecemcondições de pagamento parcelado com taxas de juros mais baixas. Essa pode ser uma forma mais vantajosa de reorganizar suas finanças eevitar o acúmulo de encargos elevados típicos do rotativo do cartão decrédito.Cheque especial Procure o gerente do banco onde você possui cheque especial e negocie aquitação do saldo devedor por meio de um empréstimo com pagamentoparcelado. Normalmente, esses empréstimos têm juros significativamentemenores do que os cobrados no cheque especial. Também é possível considerar alternativas como a antecipação darestituição do Imposto de Renda, das férias, do 13º salário ou a contrataçãode um empréstimo consignado em folha de pagamento, que costumaoferecer taxas mais baixas e prazos mais longos. Essas opções podemajudar a reorganizar suas finanças e reduzir o custo da dívida.Observação: Se o novo empréstimo for aprovado, negocie descontos nasmultas e juros do saldo do cheque especial, explicando suas dificuldades.Muitas instituições facilitam a quitação para evitar inadimplência.Imóveis Utilize o FGTS e/ou o 13º salário para abater parte do saldo devedor dofinanciamento. Essa amortização pode resultar na redução do número deparcelas restantes ou na diminuição do valor das parcelas mensais futuras.VI DICAS PARA NÃO CAIR NA INADIMPLÊNCIA
Poupar não significa deixar de comprar o que é necessário, mas simadiar alguns gastos para garantir que eles possam ser feitos no futuro.Isso é possível quando você separa uma parte da sua renda mensal. As pessoas constroem reservas financeiras por diferentes motivos: paraassegurar um futuro mais estável, investir na própria educação ou nados filhos, adquirir bens, viajar, acumular patrimônio, abrir um negócio,garantir uma renda passiva para a aposentadoria, entre outros — enfim,para realizar sonhos. Apresentamos a seguir um roteiro com 4 passos: 1º Passo: Defina objetivos/metas (sonhos a realizar) Estabelecer objetivos é fundamental. Definir quanto você irá reservarpor mês e com qual finalidade ajuda a manter o foco e evita desistênciasao longo do caminho. Isso vale tanto para metas de curto prazo, comoem até 2 anos, quanto para objetivos de longo prazo, como os que seestendem por 20 anos ou mais.2º Passo: Seja coerente no valor Reserve um valor que não comprometa seu orçamento mensal — algoem torno de 10% a 15% da sua renda líquida. O ideal é que essa quantianão cause dificuldades no dia a dia da sua família nem leve ao uso docheque especial, cujos juros são muito mais altos do que os rendimentosde uma aplicação financeira.VII COMO CONSTRUIRSUAS RESERVAS
Como cada sonho tem um custo, defina quanto precisará guardar pormês para alcançá-lo. Quanto maior o valor reservado, mais rápido vocêpoderá realizá-lo. Inclua essa quantia no seu orçamento como umcompromisso fixo — uma espécie de dívida consigo mesmo — etransfira o valor para uma aplicação logo no dia em que receber seusalário. Assim, você garante disciplina e constância na sua jornadafinanceira.3º Passo: Não gaste este dinheiro Sua reserva financeira não deve ser usada sempre que aparecer umanova tentação de consumo. Caso contrário, você corre o risco de nuncaalcançar os objetivos que planejou. Disciplina é essencial paratransformar seus sonhos em realidade.4º Passo: Invista Não deixe seu dinheiro parado. Há várias opções de investimento, comofundos de renda fixa, títulos do Tesouro Direto, entre outras, e todaselas oferecem algum tipo de rendimento. O ideal é buscar a orientaçãode um economista ou especialista financeiro de confiança para entenderqual alternativa é mais adequada ao seu perfil. Lembre-se: no longoprazo, os juros compostos têm um grande poder de multiplicar o valorinvestido.Por exemplo, imagine que você consiga poupar R$ 200 por mês e invistaesse valor em uma aplicação que renda 6% ao ano. Ao final de 20 anos,você terá acumulado cerca de R$ 92.408,00. Desse total, R$ 44.400,00serão apenas de juros — ou seja, quase metade do valor final virá dorendimento gerado pelo investimento. Esse é o poder dos juroscompostos ao longo do tempo.Observação: Caso haja inflação no período — o que é bastante comum— recomenda-se ajustar o valor investido mensalmente, ao menos umavez por ano. Esse reajuste deve considerar o índice de inflaçãoacumulado nos últimos 12 meses.
No exemplo anterior, se a inflação for de 4,5% ao ano, o valor daaplicação mensal deveria ser corrigido para, no mínimo, R$ 209,00. Issoajuda a manter o poder de compra do valor investido ao longo dotempo.Realize seu Sonho Chega o momento em que você atinge o objetivo que o levou a fazer suareserva. Esta é a hora em que as coisas fazem todo o sentido e vocêpercebe que o esforço e a disciplina valeram a pena, ou seja, essa é ahora de aproveitar sem endividamento. Dicas Confira a seguir algumas dicas para reduzir suas despesas familiares e,assim, começar ou aumentar sua reserva financeira, tornando seussonhos cada vez mais viáveis. Muitas dessas mudanças envolvemhábitos simples, que podem parecer pouco eficazes no início, mas,quando somados, podem gerar uma redução significativa nos gastosmensais.1. Compre à vista Esta é a melhor opção, pois além de evitar o pagamento de juros, épossível conseguir descontos ao negociar. Outra vantagem é que vocênão compromete seu orçamento futuro com prestações. Caso não sejapossível pagar à vista, pesquise as taxas de juros dos financiamentos eescolha a menor, sempre respeitando seu orçamento para garantir queconseguirá pagar todas as parcelas no vencimento.2. Pesquise preços Os preços dos produtos no varejo podem variar bastante entrediferentes estabelecimentos. Por isso, pesquise na internet, emcatálogos e nas lojas antes de comprar, escolhendo sempre a opçãomais econômica. Essa prática vale também para as despesas básicas dosupermercado, que fazem parte do seu orçamento.
3. Controle o impulso de comprar Quando o preço do produto que você deseja cair, esse é um ótimomomento para comprar. No entanto, cuidado para não exagerar eadquirir mais do que realmente precisa, evitando compras por impulso.4. Bom e barato Esqueça a ideia de que o mais caro é sempre melhor. Atualmente,muitos fabricantes investem em oferecer produtos de qualidade compreços mais acessíveis, buscando conquistar o consumidor.5. Gastos desnecessários ou adiáveis Corte ou reduza gastos com serviços e bens supérfluos, que muitasvezes atendem apenas a desejos momentâneos e não agregam valor aoseu patrimônio — na verdade, podem até prejudicá-lo.6. Lazer O lazer é fundamental para a qualidade de vida, mas nem sempre épreciso gastar muito para aproveitá-lo. Explore a natureza comcaminhadas ou passeios de bicicleta, troque livros, CDs e filmes comamigos, e aproveite descontos em cinemas, teatros, bares, restaurantese viagens.7. Datas comemorativas Em datas como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia dasCrianças, Páscoa e Natal, você sabe que as despesas aumentam. Porisso, quando surgir uma boa oportunidade, aproveite para anteciparsuas compras e economizar. 8. Pesquise prestadoras de serviços As empresas prestadoras de serviços nas áreas de telefonia, TV a cabo,internet, seguro, bancos, financeiras, entre outras, estão semprebuscando conquistar mercado e, frequentemente, oferecem pacotes quepodem ser mais vantajosos em relação ao que você já paga.
9. Luz e água Água e energia elétrica são essenciais no dia a dia, mas o desperdíciopode ser evitado. Confira algumas dicas para reduzir o consumo e,assim, aumentar suas reservas para realizar seus sonhos:Regule torneiras e descargas para evitar vazamentos;Feche a torneira enquanto escova os dentes ou lava a louça;Evite banhos demorados;Prefira não usar mangueiras para regar plantas ou lavar o carro;Apague luzes que não estiverem sendo usadas e aproveite aomáximo a luz natural;Mantenha desligados os equipamentos eletroeletrônicos quandonão estiverem em uso.10. Viagens Um planejamento detalhado torna a viagem mais tranquila e evitagastos excessivos. Pesquise hotéis com bons preços, conheça as rotas detransporte público como ônibus, metrô ou trem para visitar as atraçõesturísticas, e defina previamente um orçamento para compras. Assim,você garante uma experiência sem preocupações e evita dores decabeça ao voltar para casa.DESPERTE O ECONOMISTA QUE ESTÁ DENTRO DE VOCÊ: Conquiste mais benefícios com o mesmo salário/renda, evitando odesperdício.
Dentro do Sistema Financeiro existem diversas formas de créditodisponíveis. Vamos apresentar as formas mais comuns e difundidas, esepará-las de acordo com a facilidade de obtenção e também com adestinação do dinheiro: Limite de Conta Corrente (Cheque Especial) Esta é a forma de crédito mais comum, mas também uma das maiscaras. Trata-se de um limite que o banco permite usar além do saldodisponível na conta, com juros que podem ultrapassar 8% ao mês.Estabeleça uma regra para o uso desse recurso: utilize o limite porperíodos curtos e somente em situações emergenciais, como despesasmédicas ou compra de medicamentos.Limite de Cartão de Crédito O cartão de crédito é um meio de pagamento que oferece um limitepara que você compre agora e pague em uma data futura determinada.No entanto, se não conseguir quitar o valor total da fatura e deixar opagamento para o mês seguinte, serão aplicados juros altos — muitasvezes superiores a 10% ao mês — além de multas e outros encargos.Esse mecanismo pode criar a falsa impressão de que sua renda é maiordo que realmente é, especialmente porque é comum parcelar ascompras. Por exemplo, ao parcelar uma compra de R$ 500 em 10 vezes,você pode pensar que “não vai sentir” no bolso. Porém, na prática, vocêestá comprometendo R$ 50 da sua renda mensal durante 10 meses.VIII AS FORMAS DE CRÉDITO
Se não houver um bom controle de todas as compras parceladas —especialmente se você usar mais de um cartão — é muito provável quenão consiga pagar o valor total da fatura na data de vencimento. Osvalores não pagos acumulam juros altos, fazendo sua dívida crescerrapidamente, como uma bola de neve.Crédito Consignado O crédito consignado é uma forma de financiamento destinada atrabalhadores com carteira assinada, aposentados e pensionistas. Nessetipo de empréstimo, as parcelas são descontadas diretamente da folhade pagamento ou do benefício do INSS. Por ter menor risco deinadimplência, os juros costumam ser mais baixos do que os cobradosem outras modalidades, como crédito pessoal, cartão de crédito echeque especial.Crédito para Veículos Esse tipo de empréstimo é conhecido como financiamento comalienação fiduciária. Nele, o bem adquirido (como um carro, porexemplo) fica como garantia do pagamento, ou seja, permanece"alienado" ao banco ou à financeira até a quitação total da dívida. Porcontar com essa garantia, a taxa de juros costuma ser menor do que aspraticadas no crédito automático ou consignado.Antes de fechar negócio, solicite simulações tanto no banco quanto naconcessionária e compare o valor total que será pago ao final dofinanciamento. Essa análise ajuda a escolher a opção mais vantajosa eeconômica.Dica: dê o valor máximo que você puder de entrada, para financiar omínimo necessário e, assim, estará pagando menos juros, taxas eimpostos sobre operações.
Financiamento da Casa Própria Existem diversos programas de financiamento habitacional oferecidospelos bancos, com condições que variam conforme o valor do imóvel e arenda do comprador. Cada programa possui regras específicas decontratação, prazos, taxas de juros e formas de pagamento.Atualmente, os principais sistemas de financiamento imobiliáriodisponíveis no mercado são:Sistema Financeiro da Habitação (SFH): Voltado para imóveis demenor valor, com limites estabelecidos pelo governo e taxas de juroscontroladas. É o mais utilizado em programas habitacionaispopulares.Sistema Financeiro Imobiliário (SFI): Indicado para imóveis de maiorvalor, sem os limites e restrições do SFH, mas com taxas de jurosgeralmente mais elevadas.Carteira Hipotecária (CH): Modalidade usada por alguns bancos, naqual o imóvel também é dado como garantia, mas com regrascontratuais mais flexíveis, definidas pela própria instituiçãofinanceira.O Que é Necessário Saber? Antes de se candidatar a um financiamento imobiliário, é importantereunir algumas informações básicas para avaliar se o financiamento éviável e adequado ao seu perfil financeiro:Preço do imóvel que você pretende adquirir;Valor disponível para entrada, incluindo a possibilidade de usar osaldo do FGTS (válido para os sistemas SFH e SFI);Sua renda mensal, seja individual ou familiar;Capacidade de comprometimento da renda: o valor das parcelasmensais não pode ultrapassar 30% da renda bruta (individual oufamiliar).Com esses dados em mãos, você poderá simular o financiamento eescolher a melhor opção de acordo com sua realidade financeira.
Microcrédito O microcrédito é uma modalidade de empréstimo voltada parapequenos empreendedores informais e microempresas que,geralmente, não têm acesso ao sistema financeiro tradicional —especialmente por não conseguirem oferecer garantias reais.Esse crédito é destinado à produção, ou seja, pode ser usado comocapital de giro ou para investimento no negócio. A concessão é feita pormeio da metodologia chamada “Concessão Assistida do Crédito”, na qualo empreendedor recebe orientação e acompanhamento durante o usodo recurso.Importante: o microcrédito só pode ser oferecido por instituiçõesautorizadas e supervisionadas pelo Banco Central do Brasil.As principais características dessa modalidade são:Valores reduzidos: o valor médio dos empréstimos costuma serinferior a R$ 5.000,00;Prazos curtos: pagamentos podem ser semanais, quinzenais oumensais;Crédito rotativo: há possibilidade de renovação do empréstimo,como uma linha de crédito;Empréstimos progressivos: os valores aumentam gradualmente,conforme a capacidade de pagamento do empreendedor e a políticade crédito da instituição;Juros mais baixos: as taxas costumam ser bem menores do queaquelas cobradas em modalidades como cheque especial ou créditodireto ao consumidor.Atenção: Nunca recorra a empréstimos com agiotas — pessoas queemprestam dinheiro sem autorização do Banco Central. Além de seruma prática ilegal, eles costumam cobrar juros abusivos e exigirgarantias excessivas, o que pode colocar seu patrimônio e sua segurançaem risco.
Sempre busque crédito em instituições financeiras regulamentadas efiscalizadas, que oferecem condições mais justas e proteção legal.Saiba mais sobre o microcrédito: www.abscm.com.br www.ibam.org.br www.bndes.gov.br www.bancodamulher.org.br www.sebrae.com.br www.afpr.pr.gov.br FINANCIAR OU RESERVAR PARA COMPRAR À VISTA? Economizar é mais vantajoso do que financiar!!!Na maioria dos casos, guardar dinheiro para comprar à vista é maisbarato do que optar pelo financiamento. Veja o exemplo abaixo:Se você financiar um bem (como uma geladeira ou televisão) no valor deR$ 1.000,00 em 12 parcelas mensais, com uma taxa de juros de 3% aomês, pagará R$ 97,54 por parcela. No fim do período, o totaldesembolsado será de R$ 1.170,48, ou seja, R$ 170,48 a mais apenas emjuros.Agora, imagine que você opte por guardar mensalmente o mesmo valordas parcelas (R$ 97,54), aplicando esse dinheiro na poupança comrendimento de 0,5% ao mês. Em:10 meses, você terá acumulado R$ 1.002,63, já o suficiente paracomprar o bem à vista;12 meses, o total acumulado será de R$ 1.239,72.Evite juros e ganhe com os rendimentosAlém de fugir dos juros cobrados em financiamentos, você ainda podeobter ganhos ao investir o valor das parcelas em uma aplicaçãofinanceira.
Atenção: Atualmente, considere guardar seu dinheiro no Tesouro Selic,uma opção segura e com rendimento superior à inflação — maisvantajoso que a poupança.Veja o que acontece se você optar por economizar:Após 10 meses, guardando R$ 97,54 por mês (o valor da parcela dofinanciamento), você terá aproximadamente R$ 1.002,63, o suficientepara comprar o bem à vista. E ainda poderá negociar desconto porpagamento à vista, além de evitar os R$ 170,48 de juros que pagariano financiamento.Após 12 meses, você terá acumulado cerca de R$ 1.239,72(considerando rendimento de 0,5% ao mês na poupança). Nessecaso, além de evitar o pagamento de juros, ainda terá umrendimento de R$ 239,72 no período.Evite financiar (ou parcelar) bens de consumo, como geladeira,televisão, carro ou móveis, sempre que puder esperar e juntar o valornecessário — ou pelo menos uma boa parte para dar de entrada.Quanto menor for o valor financiado, menos juros você pagará e maiorserá a economia. Assim, conseguirá guardar mais dinheiro e seaproximar mais rapidamente da realização dos seus sonhos.
1. Procure saber Antes de comprar algo, converse com seus pais sobre a situaçãofinanceira da família. Todos têm vontades, mas é importante entenderque existem limites e que nem sempre é possível atender a todos osdesejos.2. Interesse Procure sempre se informar sobre os principais gastos da família.Converse com seus pais e pergunte quais são as despesas maisimportantes. Faça uma lista com as cinco mais relevantes. Participar ecolaborar com a organização financeira ajuda toda a família — quandotodos contribuem, a felicidade é compartilhada.3. Programação Ao sentir vontade de comprar algo, procure se informar bem sobre oproduto: O que é? Para que serve? Existe alguma alternativa ousubstituto? Depois de esclarecer essas questões, converse com seus pais e decidamjuntos o melhor momento para fazer a compra.4. Família Antes de pensar em compras ou desejos pessoais, observe asnecessidades da sua família e converse com seus pais sobre os desafiosque enfrentam. Pais se sentem valorizados e reconhecidos quandopercebem que os filhos compreendem e se importam com o esforço quefazem para manter tudo em ordem.IX DICAS DE ECONOMIAPARA CRIANÇAS (ACIMA DE 10 ANOS)
5. Mesada Peça mesada apenas se seus pais tiverem condições de oferecer. Todopai ou mãe gostaria de poder dar esse apoio, mas a realidade financeiranem sempre permite. Compreender isso demonstra maturidade erespeito pelo esforço da família.6. Em casa Crie o hábito de ajudar seus pais a cuidar das despesas da casa. Coisassimples fazem diferença: apagar as luzes ao sair dos cômodos, usar aágua com consciência, desligar os aparelhos que não estão em uso eevitar o desperdício de comida — que está cada vez mais cara. Pequenasatitudes ajudam muito no dia a dia da família.7. Propagandas Quando receber folhetos de supermercado em casa, observe comatenção os preços e converse com seu pai ou sua mãe sobre as ofertas.Compare os valores dos mesmos produtos em diferentes lugares eajude a identificar onde é mais vantajoso comprar. Isso contribui paraeconomizar e planejar melhor as compras da família.8. Roupas Cuide bem das suas roupas para evitar sujeiras e rasgos desnecessários.Lembre-se de que elas têm um custo e muitas vezes representam oesforço e o sacrifício dos seus pais. Valorizar o que se tem é uma formade respeito e responsabilidade.9. Família Pense no bem-estar de toda a família — seus irmãos, avós e demaisparentes. Ao pedir algo, reflita se o que deseja pode beneficiar maispessoas. Todos merecem atenção, e escolhas que servem ao coletivotornam o ambiente mais harmonioso e solidário.
10. Material escolar Cuide bem dos seus livros, lápis e canetas, evitando danificá-los. Oconhecimento é o caminho para melhorar sua vida, e para adquiri-lo,você precisa das ferramentas certas. Por isso, valorize e preserve seumaterial escolar, pois ele é fundamental para o seu aprendizado.11. Supermercado Participe junto com seu pai e sua mãe na hora de fazer a listagem decompras do supermercado. Isso ajuda muito. Escrever as coisasnecessárias, perceber o que é importante e o que não é. “Sociedade de consumo que privilegia não o que se é, mas o que setem.” Autor desconhecido“Vivemos em um mundo onde tudo tem preço, mas quase nada temvalor.” Clarice Lispector
APOIO AOS 17 ODS DA ONU O CORECONPR, através da “Cartilha EnTenda de Economia: Dicas para oConsumo Consciente”, apoia os 17 Objetivos de DesenvolvimentoSustentável (ODS), que são um apelo universal da Organização dasNações Unidas (ONU), fruto do trabalho conjunto de governos ecidadãos de todo o mundo.Essa iniciativa baseia-se em um novo modelo global voltado paraerradicar a pobreza, incentivar a prosperidade e o bem-estar, proteger omeio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas.
REFERÊNCIAS: (1) Dicas Econômicas – DINHEIRO: Sabendo usar não vai faltar!,Publicação do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais -CORECON-MG. (2) www.imovelweb.com.br, www.infomoney.com.br, citado em: DicasEconômicas – DINHEIRO: Sabendo usar não vai faltar! - publicação doConselho Regional de Economia de Minas Gerais– CORECON-MG. (3) BARONE, Francisco Marcelo; LIMA, Paulo Fernandes; DANAS, Valdir eREZENDE, Valéria. Manual de Introdução ao Microcrédito (Brasília:Conselho da Comunidade Solidária, 2002). (4) EWALD, Luis Carlos. Sobrou Dinheiro: lições de economia doméstica(Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,2009).
ELABORAÇÃO: Agradecemos especialmente a todos que colaboraram na elaboração destacartilha. Acreditamos que ela será mais um importante instrumento paraapoiar a construção de uma sociedade mais próspera, justa e consciente deque o futuro que desejamos é responsabilidade de cada indivíduo, masdepende também de uma ação coletiva e solidária.Presidente: economista Odisnei Antonio Bega Autoria do Projeto em 2010: criado pelo grupo de trabalho da UniversidadeFederal do Paraná/Curso de Ciências Econômicas. Acadêmicos: Cassiano Ribatski Ramos, Gilberto Agenor, Gustavo Litwinski,Heron Goedro de Sousa, Jefferson Antonio Baptista, Pablo Alejandro Ramiro,Roberta Kalinke Iori . Professores/economistas: Adilson Antonio Volpi, Françoise Lima e JoséWladimir Freitas da Fonseca. Orientação econômica para Crianças em 2013: Faculdades SantaCruz/Departamento de Economia. Colaboração: professor e economista José da Silveira Filho e os acadêmicosdo Curso de Ciências Econômicas, Márcio Chede e Fernanda Laureano daSilva. Atualização 2016: economista Adilson Antonio Volpi – Departamento deCiências Econômicas da UFPR. Atualização em 2023: economista Andréa Prodhol Kowalczuk. Atualização em 2025: economista Luís Alberto Ferreira GarciaImagens 2025: Algumas imagens foram geradas por IA/CanvaCoordenador do Projeto em 2010: Eduardo Moreira Garcia Gerente: Amarildo de Souza Santos Produção de conteúdo: Evidência ComunicaçãoJornalista responsável: Inês Dumas DRT 6468 2010 a 2025Presidente em 2025: economista Odisnei Antonio Bega
Conecte-se ao CORECONPR pelas redes sociais:Acesse o site: www.coreconpr.gov.brConselho Regional de Economia do ParanáRua Professora Rosa Saporski, 989 - Mercês - Curitiba - ParanáContato telefone/whats: 41 3336-0701 E-mail: coreconpr@coreconpr.gov.br